SAÍDAS A CAMPO: METODOLOGIA PARA O ENSINO
INTERDISCIPLINAR EM ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL
A preparação do corpo discente, docente
e da comunidade em geral para gerir as demandas sociais, políticas e econômicas
se dá para muito além das paredes da escola. A convivência em sociedade já
propicia a formação do indivíduo como cidadão. Para Maria Auxiliadora Dessen:
“A escola é como um microssistema da
sociedade, ela não apenas reflete as transformações atuais como também tem que
lidar com as diferentes demandas do mundo globalizado. Uma de suas tarefas mais
importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar tanto alunos como
professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em um mundo de
mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o processo de
desenvolvimento do indivíduo.” [Dessen et al., 2007, p. 25].
A educação integral se faz na sociedade
pois a criança não depende apenas do educador [Paro, 1988, p. 27]. Todavia, a
vivência em comunidade acaba por perpetuar conceitos deturpados de uma visão
elitista de "cidadania" – esta, que baseia-se, na contemporaneidade,
como integração no mercado de trabalho e contribuição assídua e ativa para economia do país. Esta
realidade não alcança a todos. Assim, a função preparatória da escola deve
ocorrer também nessa vivência, transmitindo a valorização do indivíduo como um
todo.
A crítica à escola tradicional se
desenvolveu tanto dentro de movimentos sociais populares como no liberalismo,
mas foi através do lema “educação integral para o homem integral” que chegou ao
Brasil [Gallo, 2002, p. 14]. A ampliação da jornada escolar foi pensada no
contexto da realidade educacional brasileira por Anísio Teixeira e pelos
Pioneiros da Educação Nova em 1932, onde 26 educadores redigiram o documento
"A reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao governo". Os
educadores afirmavam que a escola tradicional deixava o indivíduo numa
autonomia isolada e estéril; de tal forma, a Escola Nova objetivava ser
pública, laica, obrigatória, gratuita, em tempo integral e que tivesse como
preocupação a formação integral das pessoas para viverem na nova sociedade democrática e liberal que despontava
no cenário brasileiro. Segundo o redator do
documento, é "[...] assentado o princípio do direito biológico de cada
indivíduo à sua educação integral, e cabe evidentemente ao Estado a organização
dos meios de o tornar efetivo." [Azevedo, 1932, p. 23].
Segundo o Documento Projeto Escola
Pública Integrada [2003, p. 6]:
“No planejamento da matriz curricular
para ampliação do tempo pedagógico é importante manter equilíbrio entre
atividades de caráter mais lúdico e aquelas com características mais
acadêmicas. O currículo em tempo integral deve prever espaços para realização
das atividades relacionadas ao lazer, ao desenvolvimento artístico e cultural,
ao esporte, ao acesso a novas tecnologias e a práticas de participação social e
cidadã, como componentes essenciais à formação humana.”.
Apesar das mudanças de conceito, de
tempo, de espaço, de gestão e de ensino que a escola de tempo integral sofreu ao longo da história,
sempre se manteve a ideia de que a ampliação do tempo qualifica o processo de
aprendizagem e diminui as desigualdades. A luta pela democratização da educação
passa a ser priorizada pelo governo brasileiro em 2007, pela Portaria
Interministerial nº 17 e, posteriormente, pelo Decreto Presidencial nº 7.083/2010
que instaurou o Programa Mais Educação. A partir deste, a Rede Municipal de
Ensino [RME] torna-se prioridade para a implantação das Escolas de Tempo
Integral.
A Escola Municipal de Ensino
Fundamental Governador Leonel Brizola, espaço onde as saídas a campo foram
implementadas como metodologia inovadora – objeto de estudo deste trabalho –,
foi uma das quatro escolas de ensino fundamental do município de Caxias do Sul,
Rio Grande do Sul, onde o conceito de Escola de Tempo Integral foi aplicado.
Para Guimarães [2016, p. 13], foi inaugurada em agosto de 2014 com o objetivo
de oferecer educação para o segundo ciclo do ensino fundamental [do 6º ao 9º
ano], atendendo crianças e jovens moradores do Loteamento Campos da Serra –
este, implantado para suprir a “demanda de habitação popular das famílias com
renda de zero até mil e seiscentos reais que se inscreveram nos projetos
habitacionais e outras famílias que, por necessidade de obras públicas, foram
reassentadas”. Famílias de diversas localidades da cidade foram realocadas em
um espaço comum, e alunos dos 11 aos 17 anos passaram a frequentar uma escola
tida como “integral”. O loteamento edificado nos limites urbanos do município é bastante isolado do resto da cidade.
Todavia, as características da instituição
em questão fugiam aos aspectos básicos do projeto-piloto do município, que
pressupunha que a escola estivesse dentro dos limites da comunidade que a utilizava e
dispusesse de ambientes adequados para a permanência dos alunos por ao menos
nove horas diárias, como quadra poliesportiva, sala adequada para refeições,
laboratório de informática e química, sala de artes, dentre outros, para ser
considerada integradora. A realidade enfrentada pelos alunos era bem diferente.
Incorporada temporariamente ao subsolo
de um bloco localizado na Universidade de Caxias do Sul [bem distante do
Loteamento Campos da Serra, local de origem dos alunos] e sem qualquer ambiente
pensado para a permanência dos discentes nas idades referentes ao ensino
fundamental, o prédio ainda era utilizado à noite por estudantes da
Universidade, o que impossibilitava a utilização específica dos espaços pelos
alunos. Ainda segundo Guimarães [2016, p. 20]: “[...] diante disso, há uma
indagação sobre o quanto esses alunos se sentem pertencentes de fato a essa
escola, do quanto eles sentem, de fato, esse espaço físico como seu”, e isso
acaba por dificultar, ainda, na inserção da comunidade do Loteamento no
cotidiano escolar – presença fundamental na construção da Escola Integral.
O Subprojeto Interdisciplinar do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência [Pibid] da Universidade de Caxias do Sul passou atuar
na Escola Governador Leonel Brizola sob supervisão da Profª Dra. Eliana Rela e
mediação do professor de História e Geografia, Márcio Rodrigues, a partir de
agosto de 2016, tendo em vista a necessidade de acompanhamento lúdico à escola
como um todo. No início do ano de 2017, o Grupo Interdisciplinar passou a
contar com seis bolsistas, sendo estes, Andressa Bernardi de Jesus, Carla Josiane
Born, Geovana Erlo, Lucas Sobroza, Natalia Ferreira e Steffany Cardoso, que
participaram ativamente das atividades desenvolvidas pelo projeto até o fim do
corrente ano – período onde as saídas a campo foram incorporadas como
metodologia emancipadora e que será analisado neste estudo.
A busca por métodos de ensino eficazes
e adequados é discutida nos Parâmetros Curriculares Nacionais, os quais
estimulam a busca de atividades diferenciadas e inovadoras que possam explorar
o ambiente de aprendizagem por meio de uma abordagem multidisciplinar [BRASIL,
1998, p. 79]. A atuação do subprojeto interdisciplinar do Pibid-UCS no
Governador Leonel Brizola, por meio do
acompanhamento intrínseco nas aulas do professor de História e Geografia do
turno da tarde, especificamente mediadas para os oitavos anos A e B,
proporcionou uma série de inovações metodológicas no andamento do período
letivo, desde aulas com ferramentas digitais,
oficinas e saídas a campo – dessas, as saídas a campo foram as que mais
evidenciaram uma efetiva mudança comportamental dentro e fora da sala de aula.
A saída a campo, quando vista como
atividade complementar para o conteúdo visto dentro de sala de aula, favorece a
interdisciplinaridade ao proporcionar ao aluno um ambiente pragmático de ensino-aprendizagem.
Ela “permite aos estudantes o conhecimento do modo de vida e da cultura dos
diferentes espaços que fazem parte da comunidade, sendo uma atividade
importante para uma metodologia de ensino que favoreça o desenvolvimento
integral do indivíduo” [Roncato, 2015, p. 3]. Nas disciplinas de História e
Geografia, as saídas a campo desempenham papel ainda mais decisivo para a
apreensão da teoria, pois os alunos põem em prática no ambiente de estudo o
resultado da reflexão sobre o papel do homem na transformação do ambiente e das
relações humanas ao longo do tempo [Leal, 2010, p. 14]. É esta a metodologia
aqui descrita e analisada.
A primeira saída a campo se deu no dia
31 de agosto de 2016, por meio da ida ao LEPAR-UCS [Laboratório de Pesquisas Arqueológicas
da Universidade de Caxias do Sul] que se situava próximo ao bloco cedido à
escola, de tal forma, os alunos foram a pé. A oficina ocorreu nos parâmetros
teórico-práticos, isto é, com uma breve apresentação do trabalho do arqueólogo
– desde suas funções até os objetos utilizados em uma escavação – por uma
mediadora que acompanhou os alunos para o segundo momento da visitação; A
prática, por sua vez, se deu através de uma escavação simulada, onde os alunos
receberam os materiais necessários para escavarem em uma pequena área com
objetos previamente enterrados, e, após isto, catalogar os que tiver encontrado. O comportamento dos
alunos ao identificar peculiaridades que caracterizam a natureza e utilização
de um artefato evidenciou empenho ao pôr em prática o que foi instruído na fala
inicial da mediadora. Na volta, todavia, também a pé, alguns alunos se
dispersaram e chegaram atrasados na escola.
Embora o resultado não tenha sido
satisfatório em uma primeira saída a campo, o grupo de bolsistas não deixou de
apostar na melhoria da postura dos alunos, e continuou a possibilitar saídas a
campo após a reflexão sobre o que poderia ser feito para proporcionar uma
experiência positiva.
Conforme o relato no blog do Subprojeto Interdisciplinar Pibid-UCS
[2016-2017], na segunda saída a campo, ocorrida no dia 17 de maio de 2017, as
turmas do 8º ano foram levadas ao Museu da Força Expedicionária Brasileira. A
estrutura da visita foi alterada para introduzir conceitos trabalhados pelo
período de guerras.
“[...]
foram usadas 15 imagens, sendo 3 panfletos e 12 fotografias de diversos
contextos: juventude hitlerista, fascistas em Caxias do Sul, meninas da
metalúrgica Gazola, o monumento às que foram mortas na explosão, um menino
sendo condecorado pelo Ministro da Propaganda Joseph Goebbels, um panfleto
alemão incentivando brasileiros à deserção, um panfleto brasileiro incentivando
alemães à rendição incondicional da tropa, outro panfleto brasileiro
argumentando quanto à participação da FEB na Guerra, um grupo de civis
italianos partigiani muito bem
armados, uma mulher partigiani com
uma arma, pilhas de corpos do extermínio dos campos diante de americanos, e uma
‘sombra nuclear’. Além destas imagens, foram utilizadas fotos do acervo da
exposição ‘Nossos Pracinhas na Segunda Guerra Mundial’, como buracos da
artilharia, uma peça de canhão, os alemães rendidos, o acampamento provisório,
o sargento Max Wolff Filho, um soldado ferido sendo medicado, a FAB, dentre
outras.” [BLOG PIBID-UCS, 2016].
As
imagens servem para exemplificar alguns fatos e despertar problematizações e
curiosidades, além de chocar os alunos. As imagens utilizadas durante a visita
surtiram efeito ao despertar observações interessantes, diferentemente do que
teria acontecido se elas fossem apresentadas em sala de aula, sem a ambientação
para isso. O ensino se torna mais abrangente quando utiliza representações
visuais, pois elas permitem a aprendizagem de tudo o que os textos escritos não
conseguem revelar [Eisner, 2008, p. 10].
Na
terceira visita, os alunos demonstraram maturidade, prestaram atenção no que
foi dito, contribuíram para o bom andamento da visita, se interessaram, fizeram
perguntas e participaram ao visitarem o Memorial da Marcopolo [empresa
transnacional brasileira fabricante de carrocerias de ônibus com sede em Caxias
do Sul] e a Escola de Fábrica [parte da empresa voltada para o aperfeiçoamento
profissional de aprendizes]. Segundo o relato:
“[...]
a monitora contou a história de um dos fundadores, senhor Valter Gomes Pinto,
que dá nome ao Memorial, a história da empresa, seguida de um vídeo de alguns
funcionários e alguns depoimentos escritos. Depois destes momentos, foi a hora
de entrar no ônibus Nicola, modelo antigo produzido pela empresa, que gerou
animação e curiosidade nos alunos. O professor que os acompanhou para a visita
na Escola da Fábrica relatou sua experiência de Marcopolo e levou-os ao passeio
pela escola. Os alunos se mostraram particularmente interessados neste momento,
tiraram fotos e fizeram comentários. Ao final da visita, receberam um jornal
comemorativo e um paper toy do ônibus
Nicola. Houve muitos comentários posteriores demonstrando interesse em
participar da escola da empresa.” [BLOG PIBID-UCS, 2017].
Na visita ao Instituto Hércules Galló
[complexo de edificações históricas que remetem à industrialização da região de
Caxias do Sul] e à vila operária, em Galópolis, quarta saída a campo dos
alunos, ocorrida no dia 29 de agosto de 2017, os alunos aproveitaram a
visitação, mantendo-se atentos durante as explicações sobre a imigração
italiana, a vinda do empreendedor Hércules Galló e a indústria caxiense na sua
primeira fase de adaptação, e questionando acerca do conteúdo apresentado e os
espaços que integram o instituto e a vila. Ativeram-se, principalmente, nos
espaços peculiares da segunda residência pertencente a Galló, como o porão e o
sótão, além das peças do acervo pessoal da família que lá morou até a segunda
metade do século XX, expostos nas diversas salas que compõem a residência. Já
na vila operária, que circunda o espaço que hoje compreende a praça do bairro,
dispersaram-se, mas retornaram ao transporte que os levaria de volta à escola
no horário estipulado. Tiraram várias fotos, tanto para mostrar aos colegas,
professores e familiares como para utilizá-las no posterior trabalho com
diários de campo. O retorno à escola e os dias que se seguiram foram marcados
por discursos vindos dos próprios alunos para professores e coordenação
pedagógica sobre como foi a visitação e o que lá foi aprendido, todos
ilustrados com diversas fotos.
Na última saída a campo, ocorrida no
dia 5 de outubro de 2017, os alunos visitaram a Feira do Livro de Caxias do
Sul, evento anual que reúne leitores e autores em um mesmo espaço. Os alunos
leram, previamente o livro “Meu Avô tem Oito Anos” de Sônia Travassos, autora
carioca que os recebeu para uma sessão de debates sobre o livro e sua temática.
Segundo o relato:
“Apesar do atraso em virtude do
transporte, os estudantes chegaram animados, demonstraram interesse na fala da
autora e entusiasmo principalmente no momento em que se viram nas fotos e
vídeos que foram passados no telão do teatro. Ficaram tímidos para fazer as
perguntas que haviam elaborado em aula, mas a atividade bem como a saída a
campo foram enriquecedoras; ao final da conversa com a autora, a escola se
dispersou pela Feira do Livro sem organização prévia, mas mesmo assim
reuniram-se no local combinado e voltaram à escola com segurança.” [BLOG PIBID-UCS, 2017].
Uma Escola de Tempo Integral deve
transformar o padrão tradicional da realidade educacional brasileira, criando
uma perspectiva de emancipação para seus alunos que, em sua maioria,
encontram-se nas periferias, justamente onde as Redes Municipais de Ensino
atuam. Todavia, conforme o estudo acerca da Escola Municipal de Ensino
Fundamental Governador Leonel Brizola, nota-se que a única modificação efetiva
para a transformar em um ambiente de Ensino Integral vem por parte da direção,
professores e funcionários – não dos órgãos que propuseram o projeto de Escolas
de Tempo Integral. Isso evidencia-se no processo iniciado logo após a
finalização das atividades do Subprojeto Interdisciplinar na instituição
[dezembro de 2017], quando a Universidade pediu a restituição das suas
dependências, o que culminou com a realocação da escola para a o prédio da
Escola Professora Ivanyr, há 2,3 quilômetros da atual sede, onde as aulas
passaram a acontecer somente no turno da tarde, já que no período da manhã
ocorrem as aulas dos estudantes da escola estadual, perdendo ainda mais seu caráter integral.
Antes da saída definitiva do Subprojeto
e da escola das dependências da UCS, realizou-se uma pesquisa com membros da
comunidade escolar acerca da atuação dos docentes em formação na instituição.
Conforme evidenciou o levantamento, cerca de 86% dos professores e funcionários
da Escola Governador Leonel Brizola entrevistados notaram uma melhora
significativa após as atividades propostas pelo subprojeto interdisciplinar
Pibid-UCS, assegurando que esta melhora ultrapassa a sala de aula, atingindo
desde o relacionamento entre colegas, profissionais, até mudanças na comunidade
onde vivem. Ainda se constatou que cerca de 74% dos alunos entrevistados também
notaram melhoras comportamentais nos colegas e em si mesmos, afirmando que as
oficinas e saídas a campo desempenharam papel determinante para a construção de
uma Escola de Tempo Integral mais íntegra, agradável e condizente com suas
premissas. Além disso, foram importantes
na medida em que propiciaram aos alunos a circulação em espaços e regiões da
cidade aos quais por questões geográficas e de mobilidade urbana, estão
privados no seu dia a dia.
Conclui-se, de tal forma, que a
participação ativa do Subprojeto Interdisciplinar do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência [Pibid] nas aulas de Geografia e História mediadas às
turmas do oitavo ano, além das oficinas ministradas a todos os alunos da escola
e, em especial, as saídas a campo – conforme o estudo organizado,
dirigido, aplicado e aqui analisado –, foram alternativas que surtiram efeito
para a construção de um ambiente escolar e de trabalho adequado para o corpo
discente, docente e demais funcionários, trazendo a escola próxima à uma perspectiva
integral e integradora.
Referências
Geovana Erlo é licenciada em História
pela Universidade de Caxias do Sul [UCS] e mediadora cultural do Instituto
Hércules Galló [IHG], em Caxias do Sul [RS].
Lucas Fernando Sobroza é licenciado em história pela Universidade de Caxias
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desenvolvimento de uma educação integral. Porto Alegre, 2015. Monografia
[Especialização em Educação Integral] - UFRGS.
O texto deixa claro a eficácia da educação integral para o desenvolvimento dos discentes, desde que sejam empregadas metodologias inovadoras que busquem se contrapor a velha escola. Neste sentido o processo ensino-aprendizagem tem sido enriquecido e principalmente o desenvolvimento de um indivíduo protagonista que é o principal beneficiado pelo ensino multidisciplinar desenvolvido no projeto.
ResponderExcluirFrancisco Pereira Dos Santos Júnior.
Caro Francisco, obrigada por sua contribuição! Com certeza foi muito pertinente para reforçar o foco do trabalho: sem metodologias inovadoras, a educação integral não basta! É necessário que o educador, por meio das estratégias emancipadoras e interdisciplinares, como as citadas no texto e tantas outras que também podem ser referidas, incentive a autonomia do aluno.
ExcluirAbraços,
Geovana Erlo.
Parabéns pelo texto. Uma leitura agradável e dinâmica. A vivencia como pibidiana é algo que tenho muito afeto, pois foi a minha primeira imersão na sala de aula. Foi através do PIBID que me descobri como professora e amando estar em sala de aula.
ResponderExcluirA experiência pedagógica da aula visita pertence ao universo dos temas geradores de interesse dos alunos. Explorar os espaços educativos não formais é tentar compreender a importância dessa metodologia na interação com o cotidiano do aluno. Brandão (1981, p 10) nos ajuda a refletir: A educação existe onde não há escola e por toda parte pode haver redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra. Portanto, instrumentalizar os docentes para utilizar o potencial da aula passeio, contribui para a efetivação do conhecimento in loco. Para compartilhar minha experiência com vocês, tenho percebido com a utilização da metodologia da saída de campo, ou aula visita, que as turmas reagem de maneiras diferentes, mas 90% nunca esquecerão a saída.
1.Gostaria de saber quais foram os procedimentos antes da saída de campo? Poderia fazer parte do texto, desta forma os professores teriam uma sequência de preparação.Autorizações, acertos antecipados de transportes, argumentar com os alunos sobre o comportamento no local visitado e como serão as anotações, etc...
2. Deixaram claro que não seria um passeio, mas uma aula visita?
3. A primeira saída foi com a turma de 8º ano?
Abraços
Maria Cristina Pastore
Bom dia, Maria! Obrigado por sua contribuição!
ExcluirO PIBID realmente marcou uma geração de professores. Poder ter as primeiras experiências como docentes ainda antes dos estágios currículares e com o suporte do professor titular e do orientador é uma experiência fantástica. Poder perceber e refletir sobre o ambiente escolar, não mais como alunos e sim como futuros professores, foi muito importante e potencializou o significado dos conteúdos apreendidos nas disciplinas pedagógicas da nossa graduação.
Sobre os aspectos mais burocráticos da visita, autorizações, contratação do ônibus, etc... recebemos todo o apoio do professor titular e da secretaria e direção da escola, sempre muito parceiros!
Sim, foram os dois oitavos. Os alunos foram preparados e orientados pelos membros do grupo do PIBID e da escola, sobre qual a postura que era esperada deles durante as visitas. Além de ser mencionado que as saídas à campo seriam retomadas durante as aulas e que faríamos atividades. Não tivemos problemas durante as visitas, os alunos cooperavam muito bem com os mediadores dos espaços que visitamos!
Abraços,
Lucas Sobroza.
Primeiramente, gostaria de parabenizar-los pelo texto, ao retratar essa abordagem importante, mas pouco discutida, o tema ganha notoriedade na sociedade e novas formas de viabiliza-los.
ResponderExcluirCursei todo o meu ensino médio em escola de período integral, além disso possuía um currículo técnico o que estimulava bastante as saídas de campo.
Entretanto, algo crucial que percebi durante esse período é que nem todos os alunos possuía pleno acesso a essa vivência, tendo em vista que ela não era totalmente gratuita e alguns gastos tinham que ser acardos. Sendo assim, se tornava seletiva e ao voltar para a sala de aula se abordava um novo conteúdo.
Dessa forma, quais critérios podem ser adotados para que a vivência das saídas de campo se torne mais homogênea e não excludente?
É quanto aos alunos que não puderem, por motivos maiores, frequenta-las, como trazer a experiência externa para sala de aula abordando o mesmo conteúdo?
Cinthia Mirelly Gomes Barbosa
Bom dia, Cinthia! Muito obrigada pela sua contribuição!
ExcluirAs suas colocações e questionamentos são muito pertinentes, uma vez que somente com o pleno acesso dos alunos aos espaços visitados garante-se a efetividade da metodologia - embora, como levantaste, isso raramente aconteça.
Posso afirmar que as saídas a campo aqui analisadas se enquadram nestes raros casos, uma vez que todas elas foram custeadas pela Universidade de Caxias do Sul por meio de valores destinados ao Pibid e os alunos, mesmo os com baixa frequência nas aulas, compareceram.
Todavia, os que não conseguiram frequentá-las por motivos maiores, puderam inteirar-se do que foi abordado e visto nas visitas com as discussões feitas em sala de aula nos dias que seguiram, onde os bolsistas e alunos que estiveram presentes puderam compartilhar suas vivências verbalmente e por meio de fotografias tiradas para o projeto do Diário de Bordo, que também foi importante para frisar os debates propostos.
Com certeza a experiência dos que compareceram e dos que não o fizeram foi diferente, mas a abordagem posterior, em sala de aula, do que foi visto, foi determinante para recapitular e focar nos objetivos propostos para as visitas - que em sua maioria, foram cumpridos satisfatoriamente.
Uma sugestão para os casos onde o comparecimento dos alunos é limitado por motivos financeiros ou outros, é gravar a saída e disponibilizar o vídeo posteriormente - quando for possível.
Espero ter esclarecido suas dúvidas e colocações e, novamente, agradeço pela contribuição!
Abraços,
Geovana Erlo.