REFLEXÕES SOBRE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
E AS PRÁTICAS AVALIATIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
É necessário que se pense sobre o papel fundamental
do professor no processo de ensino-aprendizagem e na função que as avaliações desempenham
nessa engrenagem. O educador precisa assumir uma postura libertadora e permitir
ao aluno ser autônomo na construção do conhecimento, sendo ali o mediador desse
processo. As avaliações aplicadas precisam ser pensadas como uma continuidade
do processo de construção de aprendizagens significativas pelo aluno, e não
como uma atividade-fim em que o objetivo principal é atingir uma nota mínima
para ser aprovado na disciplina.
O objetivo deste texto é trazer algumas reflexões e
proporcionar o debate sobre a avaliação da aprendizagem na disciplina de
História, e algumas possibilidades de atingir aprendizagens
significativas nessa área de Ensino.
Aprendizagem
Mecânica X Aprendizagem Significativa
Na teoria os meios educacionais almejam a
aprendizagem significativa, mas na prática:
“[...] a aprendizagem que mais ocorre na escola é
outra: a aprendizagem mecânica,
aquela praticamente sem significado, puramente memorística, que serve para as
provas e é esquecida, apagada, logo após.” [Moreira, 2012, p. 12]
Para David Ausubel [1980] quando a aprendizagem é
arbitrária ela se resume a uma memorização, o que ele chama de aprendizagem
mecânica, na qual o aluno tende rapidamente a esquecer, pois não relacionou o
que aprendeu com o que já sabia, daí a arbitrariedade, e também, por não ter
aprendido o conceito em sua substância, só sabe reproduzi-lo da forma que
memorizou.
Foi
buscando transformar a educação tradicional de sua época, que o pesquisador
norte-americano David Paul Ausubel [1918-2008] dedicou-se á teoria da
Aprendizagem Significativa. Estudou a mudança da aprendizagem mecânica em
significativa, mesmo que uma não anule a outra, pois há conhecimentos que são arbitrários, tais como
conceitos e fórmulas, os quais precisam ser memorizados. Contudo, esta deve ser
considerada a etapa inicial, devendo o professor avançar para estratégias de
aprendizagem contínua, incluindo os subsunçores para a construção do
conhecimento, tornando a aprendizagem significativa.
Para Ausubel [1980] a chave para a aprendizagem
significativa é o conhecimento prévio do aluno, que ele chamava de subsunçor ou ideia âncora. Ensinar sem levar em conta o que o aluno já sabe,
segundo Ausubel, é um esforço vão, pois o novo conhecimento não tem onde se
ancorar. [Ausubel, 1980]. E a partir deste conhecimento já existente serão
ampliados e relacionados os novos conteúdos, consolidando cada vez mais o seu
conhecimento, facilitando novas aprendizagens significativas.
O papel do professor
A teoria de Ausubel foi pensada para o contexto da escola,
com situações didáticas de interação entre estudantes e docentes, e traz a
reflexão sobre a importância dos professores no preparo das situações que
levarão ao processo de ensino-aprendizagem e que estas devem levar em conta a
história de cada sujeito ou de cada aluno. Segundo Moreira [1997, 2012],
Ausubel afirma que há duas condições para que a aprendizagem significativa
ocorra, uma questão é o conteúdo que será ensinado, através do material de
aprendizagem, que precisa instigar a curiosidade do aluno e a outra questão é o
estudante que tem que estar disposto a aprender, não de forma arbitrária.
Esse material de aprendizagem é selecionado pelo
professor e deve ser “potencialmente significativo”, com significado lógico de
acesso pelo aluno e que não seja relacionável de maneira arbitrária e literal.
Para isso, o aluno tem que ter os conhecimentos prévios relevantes para
relacionar com o material de aprendizagem a ser usado [livros, aulas,
aplicativos...] e o educador precisa ter um bom diagnóstico do que seus alunos
já têm de subsunçores.
Entendemos aqui, como material potencialmente
significativo o próprio planejamento de aula do professor, em que ele faz as
escolhas didáticas e metodológicas que possibilitem a aluno aprender de forma
significativa.
Para que essa relação ocorra, é fundamental
repensar as práticas avaliativas que utilizamos em sala de aula, pois são elas
que na maioria das vezes, dão sentido para que o aluno queira aprender. Por
isso o papel do professor, na compreensão da sua função na construção da
aprendizagem significativa, é primordial. A construção do conhecimento só irá
ocorrer com a mediação do professor, entre o que o aluno já sabe e os conteúdos
novos, através do material de aprendizagem, e com a predisposição do aluno em
aprender. [Moreira, 2012]
Avaliação
A avaliação no contexto de uma aprendizagem
significativa deveria ocorrer de forma processual, no dia a dia da sala de
aula, no momento das discussões coletivas, da realização de tarefas em grupos
ou individuais. São nestes momentos que o professor pode perceber se os alunos
estão ou não se aproximado dos conceitos e habilidades considerados
importantes, localizar dificuldades e auxiliar para que elas sejam superadas
por meio de intervenções, questionamentos, informações complementares e novos
caminhos que levem à aprendizagem. [Smole, 2002]
Nesse contexto é que refletimos a avaliação, como
parte fundamental da construção de uma aprendizagem significativa, dialogando,
prioritariamente com as ideias dos autores: Jussara Hoffman, Cipriano Carlos
Luckesi e Celso Vasconcelos. Consideramos então que a avaliação deve ser: emancipatória
na construção de alunos críticos e reflexivos e com metodologia participativa
[Vasconcelos, 2005]; mediadora e considerar o erro como parte do processo de
aprendizagem, percebendo o aluno em um processo contínuo de aprendizagem
[Hoffmann, 2012] e a avaliação como função diagnóstica, abandonando a função
prioritariamente classificatória da avaliação escolar [Luckesi, 2005]. Com
estes conceitos estaremos progredindo na constituição de avaliações que levem a
construção de aprendizagens significativas aos nossos alunos.
Estas concepções de avaliação exigem uma mudança de
postura do professor o qual deve investir, não no controle do que foi
transmitido e sim na aprendizagem dos alunos.
Aprendizagem
Significativa e as práticas avaliativas
Considerando a questão das avaliações na efetivação
de aprendizagens significativas, é preciso que se leve em conta que o foco deve
estar no processo de aprendizagem e não nos resultados obtidos:
“A aprendizagem significativa é progressiva, a
construção de um subsunçor é um processo de captação, internalização,
diferenciação e reconciliação de significados que não é imediato. Ao contrário,
é progressivo, com rupturas e continuidades [...]. [...] um processo que
envolve uma negociação de significados entre discente e docente e que pode ser
longo.” [Moreira, 2012, p.13]
Se a construção da aprendizagem significativa se dá
em um processo contínuo, as avaliações realizadas em sala de aula também devem
ser contínuas, sem ênfase em uma avaliação preponderante ao final do semestre/
bimestre ou trimestre. E o que se deve
avaliar é a compreensão, captação de significados, capacidade de transferência
do conhecimento a situações não conhecidas, não rotineiras. [Moreira, 2012]
Para Ausubel, “a melhor maneira de evitar a
simulação da aprendizagem significativa é propor ao aprendiz uma situação nova,
não familiar, que requeira máxima transformação do conhecimento adquirido.”
[Ausubel apud MOREIRA, 2012, p. 24]. Porém, essas
propostas devem ser inseridas gradativamente para o aluno ir mudando sua forma
de perceber a construção do conhecimento. “A aprendizagem significativa é
progressiva, grande parte do processo ocorre na zona cinza, na região do mais
ou menos, onde o erro é normal.” O “erro” é parte essencial, em que o aluno
deve reconstruir significados para ancorar o conhecimento novo. [Moreira, 2012,
p. 24]
De fato, a avaliação da aprendizagem significativa
é mais difícil, pois implica uma nova postura frente à avaliação.
A
Aprendizagem Significativa no Ensino de História
As pesquisas na área do Ensino de História se
preocupam na formação de um aluno que se perceba sujeito da história, com
consciência de si e do seu papel frente à sociedade em que vive, constituindo
uma consciência histórica. Para o pensador alemão Jörn Rüsen [2009], a
consciência histórica não é uma construção exclusivamente escolar. Ela é
inerente ao ser humano e se faz presente fora do saber histórico obtido em sala
de aula, pois não se limita a ideia de conhecer as experiências do passado.
Para Seffner [2013a] a função do ensino de História
é a possibilidade do ser humano, através do conhecimento da história da
humanidade, conhecer a si mesmo e aos outros, e entender melhor a sociedade em
que vive. [Seffner, 2013a, p. 31]
Sobre a aprendizagem significativa, Alegro [2008],
parte da premissa que as características dos conhecimentos prévios são
determinantes para novas aprendizagens. A sua pesquisa
apontou que estudantes ingressantes e concluintes apresentam ideias gerais
semelhantes, apenas com uma maior diferenciação conceitual ao final do Ensino
Médio. Indicou também que os alunos produzem significado e sentido ao construir
narrativas sobre o tema. Os resultados sugerem, ainda, que “os mapas
conceituais apresentam-se como ferramenta compatível com a narrativa histórica
quando captam o essencial nas ideias dos estudantes.” [Alegro, 2008, p. 56]
As produções do professor Seffner [2013a, 2013b],
preocupam-se com as aprendizagens significativas no Ensino de História. Trazem
alguns critérios que, segundo ele, podem auxiliar a pensar as práticas em sala
de aula, buscando “identificar boas condições de produção de aprendizagens
significativas em História”. [Seffner, 2013b, p.50]. São eles:
§ reconhecer e valorizar o saber que os alunos
já possuem e se a
aprendizagem serve para modificar impressões e opiniões que o indivíduo tem a
respeito da situação presente;
§ operar com conceitos e nomeações e entender que os
conceitos estão muitas vezes materializados em instituições que nos governam, e
que devem ser estudados, conhecidos e visitados se possível;
§ utilizar uma diversidade de fontes de leitura
e pesquisa, tanto para consulta do aluno quanto do professor;
§ utilizar as questões do presente para extrair
boas propostas de estudo do passado, cuidando o anacronismo, além de dar um
sentido de funcionalidade para o ensino de História;
§ os alunos precisam ter boa aceitação, boa
receptividade às atividades propostas, podendo sugerir tópicos e negociar;
§ atividades de diálogo entre alunos e
professores, estimulando a argumentação e o confronto de pontos de vista;
§ o professor tem que ter um bom ouvido e
estabelecer sintonia com a turma, além de buscar ser um adulto de referência
para seus alunos;
§ toda a atividade deve ser estruturada sobre
critérios claros para os alunos, do que vai ser feito e critérios de avaliação da aprendizagem. [grifo nosso].
O trabalho de
Scheiner [2012], também traz reflexões sobre a Aprendizagem Significativa
Crítica no Ensino de História, apresentando sugestões de como preparar
atividades significativas para a sala de aula. Ela elenca alguns princípios como: o conhecimento prévio; a
interação social e o questionamento; o diálogo com
materiais variados e distintos, abordando diferentes linguagens; o
aluno como “preceptor/ representador da realidade”, e com isso passaria a
“mobilizar ideias fundamentais a respeito de como se aprende ou como se produz
o conhecimento” e o quinto princípio, o do conhecimento como
linguagem. [Scheiner, 2012, p.29]
A listagem de critérios trazida acima por Seffner
[2013a, 2013b] e Scheiner [2012] são ferramentas essenciais para que o
professor da disciplina de História pense e repense a sua prática didática e
metodológica, a fim de se atingir a aprendizagem significativa.
A prática de pesquisa de Scheiner tinha também o
objetivo de iniciar os alunos no mundo acadêmico e científico, o que seria importante na
construção de aprendizagens significativas, e também foi verificado na pesquisa
de Alegro [2008] e nos estudos de Rüsen [2009], que nos
estimula a buscar alternativas para a sala de aula, aproximando o mundo
científico do escolar.
Outra forma de construção de aprendizagens
significativas em História é apresentada por Maria da Silva [2011]. A autora
procura mostrar a relevância do peddy
paper. O efeito esperado desta atividade requer um
processo metodológico com três fases distintas: o antes, o durante e o após a
realização. E os alunos precisam estar envolvidos em todas as fases. Já
Bascheira [2015] utiliza a interdisciplinaridade como forma de atingir uma
aprendizagem significativa. A autora conclui que a interdisciplinaridade rompe
as fronteiras das disciplinas e os muros entre as pessoas.
Nesse sentido, entende-se que aprendizagem
significativa em História serve para modificar de alguma forma impressões e
opiniões que o indivíduo tem a respeito da situação presente. [Seffner, 2013b]. E quanto mais diversas, autorais e interativas as
metodologias, mais fácil em alcançar essa aprendizagem.
Aprendizagem
Significativa em História e as Práticas Avaliativas
Para Seffner [2013b], o tema das aprendizagens
significativas em História é muito controverso. Porém, uma das poucas questões
em que a maioria concorda é que a prática de memorização não constrói uma
aprendizagem significativa. Mesmo assim, segundo
este autor, ainda é uma das
práticas mais encontradas nas avaliações realizadas pelos alunos.
As avaliações realizadas em sala de aula precisam
ser repensadas, a fim de atingir os objetivos de construção de aprendizagens
significativas na disciplina de História, que não seja apenas um produto final
com “um conjunto de informações sobre processos e eventos históricos”. A
avaliação deve ser processual e buscar antecipar as decisões,
e deve deixar claro ao aluno o que vai ser feito em sala de aula e quais serão
os critérios utilizados pelo professor para realizar a avaliação da
aprendizagem. [Seffner, 2013b,
p.62-63]
Seffner [2013b] sugere que os trabalhos avaliativos
devem ser recolhidos e em seguida devolvidos, para manter um ritmo de
aprendizagem. É preferível ler poucos trabalhos bem escritos, mas com atenção,
fazendo comentários. [Seffner, 2013b]. Este feedback
auxilia a construir aprendizagens significativas.
Outra possibilidade é avaliar de forma processual
através de uma produção autoral pessoal em cada atividade, feito em sala de
aula, sem consulta. Essa produção pode ser escrita, desenho, história em
quadrinho, música, etc. E, devem ter conexão com as fontes trabalhadas em aula.
Podem ser opinativos, mas com argumentação, dialogando com o que foi debatido.
E não precisa ser longo, “melhor cinco linhas autorais do que cinquenta
copiadas do livro”. [Seffner, 2013a, p. 39-40].
Sobre a avaliação no trabalho interdisciplinar,
Bascheira [2015], coloca que nessa perspectiva a avaliação do professor deve estar
sendo feita em todos os momentos,
e não somente ao final. Salienta a importância da avaliação coletiva e da
autoavaliação, de modo que todos expressem as expectativas que tinham no início
da pesquisa e as dificuldades encontradas no processo.
Noda [2005] traz uma atenção ao significado do
planejamento para que uma avaliação comprometida com a aprendizagem se realize.
O professor de História, ao planejar, teria que
levar em consideração os problemas sociais do nosso tempo, e, através do estudo
de outras épocas, preparar o terreno para a sensibilização dos alunos aos
problemas do seu tempo. [Noda, 2005, p. 144]
Noda [2005] também alerta que é necessário estar
atento aos aspectos subjetivos, que poderiam estar representados em uma “lista
de verificação de participação em aula, atitude de cooperação na aula, noções
de responsabilidade, relação com o professor.” Mas a autora sabe que diante da
burocracia que o professor deve cumprir é difícil atribuir mais uma função ao
educador. [Noda, 2005, p. 146]
Entre as diversas metodologias possíveis no ensino
de História, o método da investigação é bastante propício, pois ele não
despreza o conhecimento trazido pelo aluno e os erros não devem ser objetos de
punições, mas pontos de partida para a elaboração de conhecimentos mais
complexos. [Schmidt e Garcia, 2003, p. 228 apud Noda, 2005]. Nesse método o professor ao trabalhar com
estudos de fontes em sala de aula, proporciona ao aluno aprender história com
os mesmos instrumentos com que os historiadores a constroem. Assim
proporcionando a “recuperação da historicidade do método da História”. [Noda,
2005, p. 58]. Isto leva a uma mudança na perspectiva de
avaliação, pois o aluno deixa de ser o que aprende passivamente e o professor o
que ensina.
Para Hoffmann [2004], a
fim de que se desenvolvam práticas avaliativas mediadoras em História, é
preciso refletir sobre o que significa promover de fato o desenvolvimento do
aluno nessa área. Em relação ao ensino de História:
[...] mais
importante que conteúdos de História de caráter fatual, é necessário que, no
Ensino Fundamental, os alunos construam noções temporais básicas para
localizarem-se e organizarem-se no tempo histórico, diferenciarem e
relacionarem temporalidades, identificarem referências e medições temporais,
perceberem a existência de diferentes ritmos e épocas e compreenderem que tempo
é uma convenção social. Complementa a autora que tal concepção do ensino de
História sugere o entrelaçamento de histórias individuais e coletivas dos
alunos e irá se valer de várias fontes de informação, como jornais, livros,
depoimentos, documentos familiares, a organização de linhas de tempo com
acontecimentos significativos vividos por eles em suas cidades e regiões.
[Hoffmann, 2004, Não paginado]
Dessa forma, o cenário avaliativo deve ser
diferente da prática tradicional, no sentido de que as tarefas avaliativas
propostas deverão valorizar, principalmente, “expressões singulares de noções
de tempo e lugar, construídas pelos estudantes, o ‘aprender a ser e conviver em
determinado espaço de pertencimento', a formação de identidades, da própria
cidadania”. [Hoffmann, 2004]. O
artigo de Penna [2014] também traz a relevância do tempo histórico como uma
categoria importante na análise do Ensino de História e que a maneira como o
professor trabalha o tempo histórico é determinante no sucesso em propiciar uma
aprendizagem significativa em História.
O acompanhamento do aluno deve ocorrer através de
tarefas que permitam a expressão de suas ideias e de suas vivências,
preferencialmente dissertativas, tais como narrativas e textos. E “a análise de
tais tarefas dissertativas representará uma questão de abordagem
multidimensional, pelo caráter qualitativo e subjetivo que a leitura de seus textos
poderá implicar”. [Hoffmann, 2004]
Acredita-se que os alunos estarão sendo preparados
para enfrentar o mundo quando as avaliações sejam compreendidas como parte
integrante de uma prática metodológica que busque significado no saber que se
constrói em sala de aula, [Noda, 2005], ou seja, que busque construir uma
aprendizagem significativa. E, quando os
educadores se interroguem de maneira crítica e
construtiva sobre o seu trabalho desenvolvido em sala de aula, e tente
aperfeiçoá-lo, procurando formar alunos capazes de intervir na construção do
mundo de forma criativa e consciente. Porém, não se tem uma receita pronta para
isso, depende das possibilidades dos diferentes contextos das salas de aula e
do estilo pessoal de cada professor. É na experiência que nos construímos.
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ProfHistória, da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/RS e professora de
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Levando em conta a disposição do aluno em aprender, como despertar o interesse do discente na disciplina de História, visto que existe uma objeção em relação a mesma?
ResponderExcluirMILENA SANTOS DA SILVA
Agradeço pela tua colocação.Trazendo para a reflexão da prática avaliativa, que tem sido as minhas principais leituras, a forma de despertar o interesse do aluno na disciplina de História é principalmente não incentivando a aprendizagem mecânica, com a simples memorização dos fatos e eventos históricos. E, sim dando a oportunidade para ele se expressar, de preferência de forma dissertativa. Também desenvolvendo a metodologia da investigação, dando a ele a oportunidade de se iniciar no ofício do historiador, tendo contato com fontes históricas e propiciando a reflexão e construção histórica. Pela teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1980) a predisposição do aluno em prender está diretamente relacionado ao material de aprendizagem elaborado pelo professor, que deve ser dinâmico e partir da realidade do aluno, instigando-o a ser protagonista da construção do seu conhecimento.As aulas de História tem que parar de estimular a reprodução.
ExcluirEspero ter respondido e estimulado algumas reflexões...Abraços
CAROLINA BITENCOURT BECKER
Gostaria de entender como funciona a metodologia de Maria da Silva chamada de Peddy Paper.
ResponderExcluirFRANCISCA BORGES DE SOUSA
Boa noite, Francisca! A pesquisadora Maria Madalena da Silva apresentou esta metodologia em sua dissertação de 2011. No seu escrito ela colocou que teve dificuldade para encontrar bibliografia que trabalhasse especificamente este recurso e o utilizou buscando uma oportunidade de construir aprendizagens significativas no Ensino de História, estimulando os subsunçores, ou seja, o conhecimento prévio do aluno. Essa atividade é um tipo de jogo, de forma lúdica, e constituído por equipes, geralmente ligada à aquisição de conhecimentos sobre um determinado tema ou local. Para essa autora, o peddy paper apresenta muitas
Excluirvezes uma relação muito estreita com a visita de estudo. Ela é constituída por desafios que cada equipe deve cumprir, com critérios de classificação (como formas de perder pontos), e tem documentos de apoio para resolver os desafios. Todos os alunos recebem a orientação do desafio, mas no final cada grupo entrega apenas um para o professor avaliar.
A autora organizou uma visita a uma Vila de Portugal, a fim de se investigar o estilo barroco. O início do peddy paper se deu com algumas charadas que davam pistas sobre como se guiarem pela visita ao local, e irem resolvendo os desafios propostos.
Eu nunca usei este tipo de atividade. Mas me parece ser bem incentivadora e os alunos terem uma participação ativa na construção da sua aprendizagem.
Para saber mais tem o link da dissertação, em que ela explica como fez a sua aula usando esta metodologia: file:///C:/Users/User/Desktop/34528.pdf.
Espero ter colaborado!
CAROLINA BITENCOURT BECKER
Como trabalhar a aprendizagem significativa na História Local se existem tão poucos materiais e os livros ainda são voltados para a hegemonia centro-periferia?
ResponderExcluirFRANCISCA BORGES DE SOUSA
Boa noite, Francisca! Agradeço pela leitura e seu questionamento.
ExcluirNão sou uma especialista em História Local, mas penso que diante dos poucos materiais disponíveis, uma possibilidade de trabalhar a temática e construir aprendizagens significativas, possa ser a construção desse material através da história oral local. Partindo dos conhecimentos prévios da própria comunidade escolar e quem sabe, à partir daí, construir um material que até então não exista. O aluno sendo o protagonista do desenvolvimento do seu conhecimento. No meu Município também são poucos os material para pesquisa de História Local. Acabamos envoltos do que se passa de geração para geração. Creio que em muitos lugares também seja assim.
Espero ter respondido.
CAROLINA BITENCOURT BECKER
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ResponderExcluirBom dia prezada Msa. Carolina Bitencourt Becker. A Aprendizagem Significativa e sua teoria é sem dúvida um tema central nos estudos sobre educação e didáticas em geral. Porém enquanto professores em sala de aula sabemos e entendemos melhor do que ninguem a realidade da mesma, principalmente à paulatina diminuição de nossas cargas horárias relativas à disciplina de história.
ResponderExcluirNa sua opinião, como diminuir esse dano(diminuição da carga horaria) levando em consideração que para uma Aprendizagem realmente Significativa ao aluno ele deve seguir os passos especificos de introduzir o conteudo, acessar conhecimentos subsunçores, aderir novos conhecimentos e ao final avaliar esse conteúdo? A senhora acha importante lutarmos pela ampliação da carga horaria da disciplina de história como uma forma de ajudar na implementação da aprendizagem significativa, principalmente na disciplina de história, ou acredita que podemos trabalhar nessas 1 ou 2 horas/aula semanais os conteúdos necessários para o aprendizado significativo e crítico de história?
RAFAEL LEITE SOBREIRA VIANA
Boa noite, Rafael! Agradeço a leitura e a tua questão!
ExcluirA tua colocação e muito pertinente. Nas leituras que tenho feito, alguns autores, como o professor Fernando Seffner, trazem essa mesma preocupação. De fato, precisaríamos de mais carga horária para dar conta de todas as habilidades e competências que a BNCC tem nos trazido. Infelizmente não temos e temos que lutar constantemente para ampliarmos a área das Humanas na Educação Básica. Enquanto não conseguimos, penso que deveríamos adaptar o nosso planejamento ao interesse dos nossos alunos, e aprofundar alguns assuntos que considerarmos mais relevantes para a comunidade escolar em que trabalhamos, sendo que cada realidade é diferente uma da outra. Mas também sei que isso depende muito da liberdade que o Projeto Político de cada Escola possibilita e também da Equipe Gestora de cada instituição. A construção de uma aprendizagem significativa exige um tempo maior de dedicação em sala de aula.
Espero ter colaborado!
CAROLINA BITENCOURT BECKER
Boa Tarde Carolina, de acordo com suas leituras, qual melhor método você apontaria para que o professor, possa através do aprendizado significativo, iniciar o aluno no mundo acadêmico e científico nas aulas de História?
ResponderExcluirBoa Tarde Carolina, de acordo com suas leituras, qual melhor método você apontaria para que o professor, possa através do aprendizado significativo, iniciar o aluno no mundo acadêmico e científico nas aulas de História?
ExcluirKainara Fernandes da Silva
Boa noite, Kainara! Agradeço a tua questão.
ExcluirDiante das leituras que tenho feito, penso que o melhor método para iniciar o aluno no mundo acadêmico e científico nas aulas de História, seja através do método investigativo, na medida em que coloca o aluno em situações variadas de aprendizagem, além de desenvolver sua autonomia e criatividade crítica. Nesse momento incentiva-se o espírito investigativo, proporcionando ao aluno o contato com diversas fontes históricas, iniciando o aluno no ofício do historiador, e tirando a centralidade do texto no livro didático. Dessa forma o incentivo ao aluno para o conhecimento científico se torna fundamental. Ele precisa compreender como se dá o processo de produção do conhecimento histórico científico e perceber o dinamismo dessa construção. Com certeza isso fará com que os alunos sintam-se participantes da construção histórica e deixem de considerar as aulas de História chatas e sem sentido. O que muitas vezes ocorre pelas aulas ainda serem muito mais explanadas e copiadas do que reflexivas.
Espero ter contribuído de alguma forma!
CAROLINA BITENCOURT BECKER
Boa noite cara colega, primeiramente parabéns pelo texto, é sempre bom ler novas abordagens sobre avaliações no ensino de história. Meu questionamento é sobre a relação entre estas aprendizagens significativas e as consciências históricas defendidas por Rüsen, apesar de citá-lo no texto você não se aprofundou muito no assunto, gostaria de saber sua opinião sobre o entrelaçamento dessas duas teorias.
ResponderExcluirKaroline Fin
Boa noite, Karoline. Agradeço a reflexão proposta, e aproveito para responder também a questão do colega Wilverson, que trata do mesmo assunto.
ExcluirDavid Ausubel defende que os conhecimentos prévios ou subsunçores, são fundamentais para a construção de uma aprendizagem significativa, pois o conhecimento novo tem que ter onde se ancorar para gerar essa aprendizagem. No Ensino de História, temos que levar em consideração o que cada aluno traz de conhecimento prévio, que faz parte da construção da consciência histórica de cada um. Jörn Rüsen (2010) fala de uma construção de consciência histórica através da narrativa de vida desse sujeito, que deve ser mediada pelo professor, em sala de aula, de forma reflexiva. Dessa forma, no Ensino de História a construção de aprendizagens significativas tem de levar em consideração a consciência histórica de cada aluno, que muitas vezes é construída fora do ambiente escolar, e dar importância ao esse conhecimento prévio para que um novo conhecimento possa fazer sentido. Trazemos aqui a importância do professor para o pensamento de Rusen, pois o processo de construção da consciência histórica para a Didática da História coloca o professor de História como o articulador desse desenvolvimento na Escola, quando possibilita aos alunos uma aprendizagem significativa da História para uma compreensão da vida e da sociedade. A condução desse processo, na perspectiva do autor, traz para compreensão não somente a sua história, a história de onde vivem, mas levará esses a constituir uma orientação temporal desfazendo a ideia de que consciência histórica seria uma identidade local ou nacional. Nesses pressupostos é que compreendo que o planejamento de uma aula de História deveria estar ancorada. Penso que as ideias de Rusen auxiliam a reforçar a importância de se levar em conta o conhecimento prévio do aluno e a relação com a consciência histórica de cada um, para a construção de aprendizagens significativas no Ensino de História.
Sugiro aqui a leitura de: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Resende: Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: UFPR, 2010.
Espero que tenha conseguido responder a pergunta.Abraços
CAROLINA BITENCOURT BECKER
Obrigada pela resposta, e este livro é ótimo mesmo!
ExcluirSaudações Prezada Carolina Bitencourt Becker e demais!
ResponderExcluirPrimeiramente quero parabenizar pelo texto, penso ser um ponto fulcral abordar esta temática do ponto de vista do processo de aquisição, retenção e desenvolvimento da aprendizagem.
Dito isto, e compreendendo que mais que garantir uma aprendizagem histórica, o postulado do Ensino de História é instigar o aluno a ser um cidadão crítico e entender que ele é um sujeito histórico protagonista de sua história e permeado por noções de historicidade e espaços geográficos.
Gostaria de poder estabelecer um diálogo com você, para saber: como você entende a relação da Aprendizagem Significativa de Ausubel com os pressupostos de Didática da História de Rüsen?
Vamos dialogando,
Cordialmente, Wilverson Melo.
Boa noite, Wilverson! Agradeço pela oportunidade de trocar experiências. Tomei a liberdade de te responder na questão da colega Karoline, pois se tratava do mesmo assunto.
ExcluirA didática da historia na concepção de Rüsen nos leva a compreender que o significado de História refere-se a uma aprendizagem histórica tomada como essencial na orientação da vida prática das pessoas, com isso a história teria o papel de instruir os sujeitos no tempo. Dessa forma, a aprendizagem significativa no Ensino de História deveria levar em conta esses pressupostos, a fim de trazer um sentido crítico e reflexivo o aluno e que ele se perceba como um sujeito histórico protagonista da sua história.
Espero ter respondido. Estou a disposição para outras considerações.
CAROLINA BITENCOURT BECKER
Olá novamente Carolina!
ExcluirPerfeito suas colocações. Acrescentaria que devemos historiografar os níveis de consciência histórica proposta por Rüsen as possíveis ações metodológicas específicas para os diferentes públicos da Educação básica a luz da BNCC.
Mas é isso aí, vamos dialogando e aprimorando nossas investigações e postulados sobre o Ensino de História no âmbito da práxis educativa.
Cordialmente, Wilverson Melo.
Agradeço pelas considerações e reflexões propostas!
ExcluirBoa tarde, gostei bastante da proposta de reflexão, sendo um tema muito importante para a educação, pensar que a muito tempo é debatido essa questão de memorização do conteúdo e construção de conhecimento, infelizmente ainda se encontrar muito o método de memorizar no ensino fundamental e ensino médio, por vezes até na universidade, sendo que o modelo de avaliação não contribuí muito para que essa mudança ocorra, ainda é muito comum alunos serem definidos por uma nota de uma prova específica, limitados a uma resposta "certa" sem espaço para debate, critica, onde acaba decorando respostas prontas penso que o professor deveria ter esse papel abordado no texto, sobre abrir um diálogo e construir progressivamente o conhecimento, abrindo espaço para críticas e autonomia do indivíduo, acredito que o melhor modo de avaliação seria por olhar no geral como esse aluno se desenvolve, seus avanços durante todas as aulas, porém sabemos que é uma norma esse tipo de avaliação, gostaria de saber algumas propostas para diminuir o impacto desse tipo de avaliação, como um professor que deseja mudança nessas questões pode avançar sem que haja o descobrimento das exigência atuais da educação quanto a avaliações bimestrais e semestrais?
ResponderExcluirBianca da Silva Guimarães
Boa noite, Bianca! Obrigada pela leitura e reflexão do meu texto.
ExcluirÉ um desafio muito grande, mas podemos, mesmo tendo a "obrigação" de realizar as famosas avaliações finais de bimestre, trimestre ou semestre, não incentivarmos a aprendizagem mecânica. Depende da nossa abordagem na questões propostas. Elas deveriam ser mais reflexivas, dissertativas, com análise de fontes, levando o aluno a desenvolver a criticidade e a serem reflexivos. O problema é que muitas vezes, pela quantidade de alunos que temos, nos acomodamos nas questões objetivas (que facilitam a correção) ou em questões exatamente iguais as do caderno do aluno, que geralmente são feitas com respostas exatamente iguais aos livros didáticos usados em sala de aula. São mudanças de hábitos metodológicos. São muitas as possibilidades, mas a mudança na avaliação tem que ser trabalhada com os alunos previamente, para que eles saibam o que queremos que eles desenvolvam de habilidades e competências. Enfatizo que a avaliação deveria ser contínua e buscando desenvolver nos alunos o sentido da disciplina de História na Educação Básica. O importante é darmos o primeiro passo.
CAROLINA BITENCOURT BECKER