O ENSINO DE
HISTÓRIA E A TEMÁTICA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NUMA VISÃO AMPLA DA HISTÓRIA
Se
pensarmos as Leis 10.639/2003 e a 11.645/2008, estaremos diante de um contexto
histórico com diversos pontos a serem discutidos tanto pela historiografia do
próprio ensino de história quanto da própria história do Brasil, pois ambas
dizem respeito e trazem a necessidade de pensar e trazer para o contexto do
ensino e também da pesquisa partes de agentes sociais que compunham a sociedade
brasileira, mas que por tempos foram postos como agentes secundários, sendo
assim, quais seriam esses diversos motivos? Seria o eurocentrismo, que na
história educacional do Brasil ainda se encontra marcado na escrita da história?
São
muitos desafios diante dessas duas Leis, que historicamente nos parece recente,
porém para serem promulgadas passaram por um longo período de luta
principalmente dos movimentos sociais que nem sempre ganham o devido
reconhecimento, mas que historicamente estão marcados por suas lutas e sua
resistência diante seu longo período de inferioridade na escrita da História.
A
princípio a obrigatoriedade de uma Lei não tem o poder de equacionar o grave
desvio que a história da sociedade e formação brasileira cometeu, mas podemos
pensar quais seriam os caminhos que devem ser traçados para equilibrar a
balança dos desafios, não só do ensino de história, mas da própria mentalidade
enraizada pelo eurocentrismo.
Muitas
publicações marcaram o contexto histórico que a Lei 10.639/03, trouxe para a
LDB, assim como as dificuldades de torná-la efetiva, como falamos anteriormente
esta lei foi marcada por lutas de movimentos sociais que estiveram presentes
desde o final do século XIX, e a própria resistência dos africanos diante a
escravidão brasileira nos mostra uma luta muito mais distante na História do
Brasil, se pensarmos que esta Lei só foi aprovada no ano de 2003, e neste
contexto nem estamos falando na 11. 645/08, que posteriormente impôs um outro
desafio na mesma proporção ou até mesmo maior do que a luta dos negros pelo seu
espaço social.
Desta
forma, quais seriam os movimentos que foram tão marcantes para que então
chegássemos a aprovação desta Lei, no texto de Domingues [2007], nos mostra os
caminhos percorridos pela lutas do Movimento Negro Brasileiro, que em certos
contextos foram mais expressivos e em outros perderam sua força social devido
falta de liberdade de expressão que a Ditadura Militar incorporou ao Brasil,
mas ainda no século XIX o autor nos mostra que os movimentos já estavam
presentes, com o intuito de assegurar seu lugar social e combater a
marginalização da população negra.
A
luta contra a discriminação racial, ao longo do tempo é marcada por dois viés,
primeiramente o biológico, que seria a inferiorização racial, e depois a
inferiorização de cunho científico. Domingues [2007], divide o contexto
histórico dos movimentos nos principais momentos que marcaram a História do
Brasil, principalmente no aspecto político, mas que influenciaram diretamente o
contexto social. O período após a Abolição foi marcado pelos primeiros
movimentos de união pela causa negra no
Brasil, a luta pelo seu lugar social foi evidente por vários Estados brasileiro
e uma das formas de divulgação foi a própria imprensa negra, iniciada nesta
época com a finalidade de divulgar suas questões, que sem querer valorizar uma
mais que a outra temos o primeiro jornal que cuidava das causas negra o “A
Pátria”, e posteriormente podemos também citar a FNB [Frente Nacional
Brasileira] que se tornou um partido político, vindo de um Movimento Negro,
expressa claramente a importância da união por uma causa justa, apesar do
período ditatorial ter extinguido vários Movimentos ou quase todos, alguns
projetos de leis foram escritos, mesmo que sem sucesso.
Esses
movimentos foram significativos para os avanços educacionais, apesar de um
longo período de luta as décadas de 70 e 80 foram de grandes avanços nesse
sentido, principalmente na revisão dos conteúdos de livros didáticos, a
formação de professores e o ensino de história. Para Silva Júnior e Sousa
[2006], é importante compreender quais são as contribuições do ensino de
história para as relações étnico-raciais, superar a ideia do branco como raça
superior ou mesmo as questões do eurocentrismo na escrita da história. Além
deste texto, comentado anteriormente, os currículos também são focos de
diversos discursões acerca do ensino, no caso de Santos Junior [2010] a
tendência de um currículo afrocentrado também compõem um dos meios para uma
educação efetiva para vencer o eurocentrismo.
O
currículo afrocentrado seria um ensino onde partimos da premissa do protagonismo
do negro na história, não seria o apagar dos outros agentes, mas um ponto de
partida para a valorização da cultura negra, que gera uma afirmação positiva
para o contexto social brasileiro, pois nossa cultura é fortemente marcada pela
africana. Stuart Hall um grande estudioso das relações étnico-raciais no
Brasil, nos possibilitou a compreensão de vários conceitos necessários para
compreender nossa sociedade, pois pensar o multiculturalismo presente no Brasil
sem a devida atenção em conceitos essenciais sobre raça, identidade ou mesmo
racismo nos deixariam em um espaço pouco explorado. No âmbito educacional é
importante se reconhecer, saber seu lugar de fala, ter sua identidade
fortalecida, e para isso a compreensão do conceito de cultura se faz presente,
e neste sentido podemos dizer que “a cultura abarca todos os fenômenos da vida
social e também nossos modelos cognitivos” [Zurbaran; Wortmann; Kircho, 2016,
p. 13].
A
compreensão da dimensão que a cultura ocupa em uma sociedade multicultural como
a nossa é um caminho a ser percorrido, e a escola é um lugar onde a cultura
deve ser valorizada como um dos meios de compreensão do outro, conhecer o
outro, através de sua cultura.
A
importância da cultura negra para a formação social, cultural e econômica no
Brasil se faz presente de uma forma que não podemos negá-la, apesar de ainda
ser tratada com certa irrelevância. Uma pesquisa feita em escolas públicas e
privadas no Brasil mostra que os jovens ainda tem uma certa dificuldade em lhe
dar com esse assunto, independente se são brancos ou negros, e que seu
conhecimento sobre a África ainda precisa melhorar bastante, muitos desconhecem
a relevância desse continente para a história, relacionar a importância da
África para o Brasil ainda são desafios presentes no processo educacional.
O
cumprimento da Lei 10.639/03 apesar de ser do conhecimento dos profissionais da
Educação os seus reflexos após anos de sua aprovação ainda mostra efeitos
sensíveis no aprendizado dos alunos sobre a temática da História e Cultura Afro-brasileira,
e isso pode ser verificado na pesquisa realizada por Janz e Cerri, onde fizeram
um balanço após treze anos da Lei, uma de suas constatações foi que “a falta de
conhecimento em opinar sobre isso ou a concordância com um enunciado
preconceituoso” [2015. p. 196] ainda estão presentes nas respostas dos alunos,
demonstrando ainda uma insegurança ou mesmo um desconhecimento sobre o assunto.
Esta
pesquisa é importante no sentido de verificar os avanços que a Lei proporcionou
e onde ela ainda precisa ser melhor trabalhada no sentido de trazer para a
escola muito mais sobre a África. A África ainda precisa ser descoberta, pouco
sabemos do continente, apesar do reconhecimento dos abusos coloniais, o período
antes do processo de colonização precisa ser de nosso conhecimento.
Em uma pesquisa voltada para o ensino de
história em Angola e Moçambique mostra dois momentos da educação e seu papel
social, a princípio o período colonial é marcado pela sobreposição do branco e
do uso da educação para manter a hierarquia social, a ideia seria civilizar a
África e justificar sua dominação, e neste sentido a educação seria um dos
vetores para atingir seus objetivos. [Ribeiro, 2015]
No
caso da Angola o ensino dos indígenas era mais voltado para o trabalho enquanto
para os europeus uma educação diferenciada, em Moçambique a ideologia também se
assemelha, a ideia seria civilizar o selvagem, sendo que para obter mão de
obra. Esse tipo de educação distanciou a possibilidade de uma História local,
as disciplinas estavam voltadas para o estudo da Metrópole.
Já
no período de descolonização a Educação passa a ser um dos mecanismos da
construção de uma identidade nacional, e os manuais didáticos foram neste caso
um objeto de grande valia. No caso específico de Angola, Oliva [2014], busca a
representação dos portugueses nos manuais escolares produzidas pelos africanos
após a independência. Um dos grandes desafios seria superar a recente marca que
o colonialismo deixou de herança e buscar através dessas representações suas identidades.
O
autor analisou dois manuais didáticos angolanos com o intuito de buscar como os
portugueses eram representados e como se constituiu o ensino de história, e uma
de suas primeiras impressões seria a presença de narrativas com uma forte
“perspectiva eurocêntrica encontradas em manuais escolares de outros países,
como no Brasil e em Portugal”. [Oliva, 2014, p. 239]
Isso
tudo nos faz crer que as consequências do eurocentrismo estão presentes em
vários países e que os desafios se assemelham aos nossos. Neste sentido as
políticas educacionais voltadas para a educação no Brasil, no sentido das
relações étnico-raciais propõe através das Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica e a própria LDB a valorização do negro, com intuito de desmitificar
os estereótipos através de estudos das culturas negras, divulgar os contextos
históricos, diminuir os preconceitos raciais presentes em nossos país.
Quanto
maior a divulgação de conhecimentos sobre a África e sobre os africanos, não
apenas nas escolas, mas também na mídia ou mesmo através da Literatura, teremos
um contexto histórico significativo acerca das políticas afirmativas. Perceber
a presença negra, valorizar e proporcionar igualdade de acesso, combater o
preconceito racial, isso só é possível com o empenho de todos.
Para
Houtondji [2008], seria importante que o conhecimento sobre a África seja
também produzido e divulgado pelos africanos e que esses conhecimentos não
sejam analisados apenas pelo viés ocidental, ou mesmo apenas pelos historiadores,
ela deve difundir-se pelas demais ciências que concomitantemente ganhariam uma
ênfase de discursão maior, pois boa parte dos debates ainda estão voltados para
as disciplinas que a Lei 10.639/03 abrange. Assim o autor nos diz que:
“[...]
entre a história africana e a sociologia africana existe, claramente, uma
complementaridade objectiva, visto que a situação presente de qualquer
sociedade decorre, directa ou indirectamente, do respectivo passado. Por outro
lado, um bom conhecimento do presente e da lógica dos acontecimentos na vida
actual pode oferecer pontos de vista úteis para compreender o passado. Assim, a
sincronia remete para a diacronia e vice-versa. A história e a sociologia são
apenas um exemplo. Podem encontrar-se relações similares entre todas as
disciplinas que constituem os estudos africanos”. [Hontondji, 2008, p. 150]
Neste
caso para que possamos obter um estudo sobre África, a interdisciplinaridade e
o diálogo entre outras ciências não apenas esses presentes nas escolas
ocasionariam um ganho muito significativo para as propostas que a Lei tem como
objetivo, para além disso, esse campo de estudo deve abranger a possibilidade
ampliar os diálogos entre as fronteiras, no sentido de aproximar esses
conhecimentos.
O
âmbito educacional é bastante flexível, dificilmente ocorrerá um progresso
quando uma disciplina se fechar a outra, afinal as disciplinas e os
conhecimentos de modo geral devem se complementarem sobre a luz de bem maior,
Para Slenes, essas aproximações se trata “de uma questão de direitos sociais,
[...] de um projeto visando a maior aproximação entre as preocupações dos
pesquisadores na área de humanas” [2010, p. 29], apesar da Lei 10.639 citar a
História, Literatura e Artes, não impede que outras áreas se comuniquem e que juntas
dialoguem em prol das relações étnico-raciais.
O ensino de História, a partir da Lei n°
10.639/03, passou por um processo significativamente importante, pois incluiu
nos seus currículos a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, no que diz
respeito a educação foi um ganho incontestável para que todos os envolvidos
possam compreender as relações que o continente africano tem para a formação da
sociedade brasileira, sendo assim, esta lei ampliou o ensino proporcionando
tanto aos docentes quanto aos discentes que possam a partir de reflexões
críticas, discutir esta temática, com o objetivo de desconstruir o reducionismo
criado pela escrita da História.
As
temáticas da pluralidade cultural, podem assumir um novo olhar para além do
Atlântico, enfatizando a formação étnica brasileira, demonstrando as injustiças
cometidas com a escravidão. O processo educacional pode ser o principal o vetor
para o fortalecimento da consciência negra, e para combater este cenário de
preconceitos presentes na sociedade, apresentar os negros como parte integrante
da História do Brasil, entre outros aspectos fazem parte do ensino de história
e do próprio processo educacional.
Muito
ainda temos que superar e avançar no campo educacional, pois os desafios traças
pela Lei e as demandas que culminaram na sua promulgação ainda são demandas
atuais, e para agregar e abarcar todos
os preceitos que esta Lei impactou no ensino, haja visto que, foi necessário
reformular o currículo educacional, além de rever certos conceitos, reescrever
uma História de resgate cultural, social político e econômico, se despir dos
preceitos eurocêntricos, além de pensar nos professores e o seu processo de
formação que diretamente como agente ativo do processo devem estar conectados
não apenas as finalidades desta Lei, mas para toda uma questão teórica e
metodológica.
Mesmo
com os desafios o ensino de História tem sua contribuição significativa nesse
contexto social e nos processos didáticos e metodológicos podem ser inseridas
dinâmicas de conscientização para a temática, sendo que o objetivo seria sempre
voltado para criar uma sociedade mais consciente de sua formação étnica, e
ainda desmitificar a escrita eurocêntrica. E neste sentido a educação contínua
dos professores envolvidos, a constante revisão dos livros didáticos, o uso dos
livros sobre ensino de história que discutem a temática vem sendo os caminhos
utilizados para o cumprimento da Lei, não apenas por sua obrigatoriedade, mas
pelo fato de ter sido antes mesmo dela uma necessidade da própria concepção
histórica brasileira.
REFERÊNCIAS
Márcia
de Nazaré Tavares é Professora de História na Secretaria de Estado de Educação
[SEDUC-AM], cursando Mestrado em História Social pelo Programa de Pós-Graduação
em História da Universidade Federal do Amazonas [UFAM].
JANZ,
Rubia Caroline, CERRI, Luis Fernando. Treze anos após a Lei 10.639: o que os
estudantes sabem sobre a história da África? [PONTA GROSSA]. Afro-Ásia, 57 [2018], 187-21.
SANTOS
JÚNIOR, Renato Nogueira dos. Afrocentricidade e educação: os princípios gerais
para um currículo afrocentrado. Revista
África e Africanidades, Ano 3, n° 11, Nov/2010. ISSN 1983-2354.
ZURBARAN,
Maria Angélica; WORTMANN, Maria Lúcia; KIRCHO, Edgar Roberto F. Stuart Hall e
as questões étnico-raciais no Brasil: cultura, representações e identidades. Projeto História. São Paulo, n. 56, pp.
9-38, Mai.-Ago. 2016.
SLENES,
Robert W. Importância da África para as Ciências Humanas. História Social, n. 19, segundo semestre de 2010.
DOMINGUES,
Petrônio. Movimento Negro Brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo [online]. 2007, vol. 12, n. 23,
pp. 100-122.
HOUNTONDJI,
Paulin J. Conhecimento de África, conhecimento de africanos: duas perspectivas
sobre os Estudos Africanos. Revista
Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008: 149-160.
RIBEIRO,
Fabia Barbosa. Educação e ensino de História em contextos coloniais e
pós-coloniais. MNEME – Revista de
Humanidades. Caicó, v. 16, n. 36, p. 27-53, jan./jul. 2015.
OLIVA,
Anderson Ribeiro. Espelhos Pós-Coloniais, Imagens coloniais: discursos e
representações sobre os portugueses em livros didáticos angolanos de História
elaborados no pós-independência [1979-2000]. Anos 90, Porto Alegre, v. 21, n.
40, p. 227-249, dez. 2014.
Em seu texto você diz "inferioridade na história" será possível reescrever a história fora dos padrões eurocentricos? Como os professor pode fugir da obrigatoriedade dos conteúdos e trabalhar ativamente na história a cultura africana e sua importância na história do Brasil nos dias atuais?
ResponderExcluirOlá! Tatiana, obrigada pela contribuição.
ExcluirEscrever uma história fora dos padrões eurocêntricos é possível e inclusive vem sendo posto em pratica, mesmo com resultados não tão significativos. Atualmente existe uma proposta de um currículo Afrocentrado, onde a temática África estaria no centro da discussão.Inclusive uso como referência (SANTOS JÚNIOR, Renato Nogueira dos. Afrocentricidade e educação: os princípios gerais para um currículo afrocentrado. Revista África e Africanidades, Ano 3, n° 11, Nov/2010. ISSN 1983-2354.)caso queira aprofundar está disponível na internet.
Em seu texto você diz "inferioridade na história" será possível reescrever a história fora dos padrões eurocentricos? Como os professor pode fugir da obrigatoriedade dos conteúdos e trabalhar ativamente na história a cultura africana e sua importância na história do Brasil nos dias atuais?
ResponderExcluirTatiana da Silva Benigno
Olá! Tatiana, obrigada pela contribuição.
ResponderExcluirEscrever uma história fora dos padrões eurocêntricos é possível e inclusive vem sendo posto em pratica, mesmo com resultados não tão significativos. Atualmente existe uma proposta de um currículo Afrocentrado, onde a temática África estaria no centro da discussão.Inclusive uso como referência (SANTOS JÚNIOR, Renato Nogueira dos. Afrocentricidade e educação: os princípios gerais para um currículo afrocentrado. Revista África e Africanidades, Ano 3, n° 11, Nov/2010. ISSN 1983-2354.)caso queira aprofundar está disponível na internet.
Saudações Prezada Márcia de Nazaré Tavares e demais!
ResponderExcluirPrimeiramente quero parabenizar pelo texto, penso ser um ponto fulcral abordar esta temática do ponto de vista da análise da legislação e dos estudos da História africana e afrobrasileira.
Dito isto, e levando em consideração que você pouco contextualizou sua abordagem com uma metodologia de aprendizagem histórica voltada para públicos diferenciados (Educação Infantil, Ensino Fundamental anos iniciais e finais, Ensino Médio), gostaria de poder estabelecer um diálogo com você, para saber:
Como você entende a relação do Ensino da História e Cultura africana e afrobrasileira indígena (leis 10.639/03 e 11.645/08) com os pressupostos epistêmicos e didáticos da BNCC (2017) para os diferentes públicos alvos da educação básica brasileira?
Vamos dialogando,
Cordialmente, Wilverson Melo.
Olá,os estudos afro brasileiro e indígenas (leis 10.639-03/11.645-08) implicam que os professores estejam preparados para abordar tais temáticas. Sendo que há quase duas décadas se propõe estudos é formações, entretanto na prática são temas,ainda pouco difundidas no meio escolar e social. Levando em consideração a importância dos estudos, como exercer uma prática no cotidiano?
ResponderExcluirAt.te Lídia Viana dos Reis
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ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMárcia, parabéns pelo texto,
ResponderExcluirComo bem sabemos desde a criação das leis 10.639/03 e a 11.645/08, muitos materiais didáticos puderam receber incentivos para trazer à luz das discussões sobre essas temáticas. Tivemos enormes ganhos para a educação de nossos alunos, professores e sociedade em geral. Mas, algo ainda me intriga. Como vc mesma destaca a questão AFRO ainda parece ser um "tabu" e pouco disseminada junto a comunidade. Então, apesar de não existir uma fórmula mágica para fazer nossos alunos (rapidamente) compreenderem que os povos africanos que foram escravizados no Brasil e os povos indígenas nos ajudaram a construir a riqueza que é a cultura brasileira, lhe pergunto qual seria sua sugestão para combater essa "mentalidade enraizada pelo eurocentrismo"?? Sei que será um trabalho contínuo e permanente, mas essa difícil tarefa é somente do professor em encabeçar e direcionar os caminhos??
Jonathan Viana da Silva
Boa noite,Professora Márcia.
ResponderExcluirAs características Afrodescendentes sofreram bastante omissão sobre construções de civilizações que ao logo do tempo se transcreveram e se transcreve aos olhos até os dias de hoje,Quais as soluções para reverter o conteúdo que já foi dito,para que o estudo da História em salas de aulas sejam mais presentes?
D'angeles Andrade Elias
Vendo ao modo cultural, o Brasil se enraíza no contexto constante nas suas raízes africanas é nítido ver que o maior cenário é o Carnaval ,podemos viabilizar que é uma grande sala de aula no contexto histórico africano no Brasil,tornando um veracidade de fatos sobre nossos costumes,dialetos,cultura, podemos afirmar que esse contexto apresentado nos desfiles das Escolas de Samba servem como alicerces para difundir ainda mais sobre a verdadeira história do País?
ResponderExcluirD'angeles Andrade Elias
Márcia de Nazaré Tavares
ResponderExcluirBoa noite e meus parabéns pelo ótimo artigo, eu pessoalmente gosto muito do assunto.
Houve grandes avanços educacionais nas décadas de 70 e 80 nos livros didáticos,no ensino de história e temática da cultura afro-brasileira,pois" nossa cultura é marcada pela africana" essa cultura está em uma sociedade multicultural e não podemos negar que há dificuldades em lhe dar com esse assunto,mesmo que através de literaturas,temos um contexto histórico da presença negra, sua valorização e igualdade, como citado no artigo.nesse sentido como podemos combater o preconceito racial num olhar além do Atlântico?
Josemeire Alves Pinto figueredo.
Texto muito interessante. Muito importante de ser debatido e desconstruindo alguns estrotipos que foram feitos sobre a figura do indivíduo negro.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo construir temáticas que assumam o novo olhar para além do Atlântico?
ResponderExcluirÉ possível que aja interdisciplinar idade sem grandes atropelos?
ResponderExcluirComo conscientizar os seres humanos de seus valores de igualdade racial?
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