MICRO-HISTÓRIA:
REFLEXÕES ACERCA DA POSSIBILIDADE DE USO DA MICRO-HISTÓRIA PARA ANÁLISE DE
PROCESSOS EDUCATIVOS
Ensinar história não é transmitir a história oficial contida nos
livros didáticos como se fosse à única e verdadeira versão dos fatos e acontecimentos
do passado. Ensinar história tem uma relação de percepção e ressignificação dos
conteúdos curriculares com a realidade do aluno que, por sua vez, problematiza
o presente e busca no passado dados para analisar a sociedade em que vive,
construindo conhecimento e desenvolvendo a própria visão de mundo, pois de
acordo com Cunha "tudo que é próximo, que é real para o aluno tem
significado maior" [1989, p. 110].
Segundo o documento da área de História dos Parâmetros
Curriculares Nacionais [1998] os objetivos do ensino de História são:
desenvolver capacidade cognitiva como estabelecer relações históricas entre o
passado e o presente; situar os conhecimentos históricos nas dimensões
temporais, passado, presente e futuro; reconhecer semelhanças, diferenças e
permanências, conflitos e contradições sociais nos mais variados contextos
históricos, dominar técnicas de pesquisa e fontes diversificadas, valorizar o
patrimônio sociocultural e a cidadania, respeitar a diferença cultural entre os
povos, dentre outros. Objetivos que estão distantes das ideologias e práticas
das escolas atuais, as quais permanecem ligadas a métodos de transmissão e
recepção de informações.
Portanto, a disciplina de História preocupa-se com a formação de
cidadãos. Os sujeitos não devem apenas saber interpretar historicamente o
mundo, mas terem a capacidade de pensar historicamente buscando experiências no
passado para solucionar os problemas do presente, transformando e construindo a
história. Assim, a pesquisa torna-se papel importante na busca de respostas aos
anseios e inquietudes do meio social.
A pesquisa é o meio pelo qual acontece a produção de novos
conhecimentos, os quais não devem permanecer “engavetados”. O conhecimento
precisa ser publicizado para que seja lido e relido, servindo de referência
para novas produções e gerando novos questionamentos e inquietudes sociais.
Para realizar-se uma pesquisa histórica de forma sucedida é preciso ter como
base uma pergunta motivadora, que não pode ser vazia de significado, deve estar
relacionada com os anseios da sociedade e com as necessidades de mudança, e que
ao ser respondida resulte em conhecimentos que contribuam para desenvolvimento
e para a construção de uma identidade local/regional/nacional e pessoal e que,
portanto, venham beneficiar a organização social por meio da solução de
problemas cotidianos.
Ademais, a história é feita a partir de uma leitura baseada nas
perspectivas do tempo presente conforme Michael de Certeau afirma:
“Ainda que isso seja uma redundância é necessário lembrar que uma
leitura do passado, por mais controlada que seja pela análise dos documentos, é
sempre dirigida por uma leitura do presente. Com efeito, tanto uma quanto a
outra se organizaram em função de problemáticas impostas por uma situação” [Certeau,
2011. p.86].
Portanto, é necessário ter conhecimento a respeito de pressupostos
teóricos e metodológicos de pesquisa para que seja possível o desenvolvimento
do processo de uma construção histórica consciente. As influências
historiográficas resultaram em paradigmas e vertentes sistemáticas que, por sua
vez, deram origem a escolas historiográficas como a Metodista, os Annales e a
Escola Marxista, surgindo diversos campos de pesquisa como a Nova História, a
História Econômica, História das mentalidades, História cultural, a
Micro-história e a Macro-história, entre outras, emergindo o interesse pelo
estudo de objetos como a bruxaria, a loucura, as festas, as danças, a
literatura popular, atividades humanas com aspectos subjetivos relacionadas a
estrutura e organização social construídas politicamente que não eram tratadas
pela história tradicional que enfatizava e selecionava apenas os grandes feitos
e personagens históricas.
Cada Escola e corrente historiográfica teve suma importância, de
cunho teórico e metodológico, na construção e no desenvolvimento da História
por meio da pesquisa, mas o presente artigo irá centra-se na micro-história,
pensando na perspectiva de como essa corrente historiográfica está presente na
história cotidiana dos sujeitos. Uma vez que a micro-história pode ter como
objeto de estudo uma prática social ou a trajetória de um determinado sujeito,
torna-se possível observar em escala reduzida as práticas pedagógicas de uma
sala de aula para atingir em ampla escala o sistema educacional de uma
sociedade, demonstrando os desafios a serem ultrapassados para alcançar-se uma
educação efetiva. Esse é o objeto de estudo desse trabalho.
Micro-história
A micro-história transformou a visão plural da história
tradicional que tratava dos grandes feitos históricos, mas sofreu a resistência
dos historiadores, sendo motivo de debates, desconfianças e críticas, como por
Brudel que tinha pouca estima pela micro-história, a qual ele identificava com
a “pequena história” ou com a história factual dos historiadores tradicionais
[Brudel, 2010, p.435]
A micro-história, segundo Levi é “essencialmente baseada na
redução da escala de observação, em uma análise microscopia e em um estudo
intensivo do material documental” [Levi, 1992, p.133] consiste em dar notoriedade
a elementos deixados de lado pela história tradicional que enfatiza apenas os
grandes feitos e personagens heroicos, e analisa a vida de pessoas comuns como
os camponeses, os escravos, os guerreiros da revolução Francesa, pois Napoleão
não venceu a guerra sozinho. A micro-história analisa aspectos culturais,
econômicos e sociais, por exemplo, de um povoado distante, isolado, para a
partir de histórias singulares alcançar histórias mais amplas, entrelaçando
contextos.
Um exemplo da micro-história pode ser visto na obra “Andarilhos do
bem: feitiçaria e contos agrários nos séculos XVI e XVII“ de Ginzburg [1988]
onde é retratada a mentalidade de camponeses a partir das crenças populares que
foram assimiladas como feitiçaria pelos sujeitos não pertencentes a essa
sociedade do final do século XVI, Na obra há relatos individuais de crenças que
são comuns a diversos indivíduos que vivem no campo, crenças que permanecem e
sofrem alterações ao longo do tempo, portanto, parte-se da história de uma
sociedade camponesa - micro - para tratar de um tema amplo que é o
comportamento das sociedades ao longo do tempo e espaço, a imensidão das
tradições. Ginzburg não apresenta apenas relatos de crenças de uma região
pitoresca da Itália, mas relatos de tradições que permanecem no ideário de uma
massa de indivíduos durante anos em um território vasto. A micro-história não
tem o estudo centrado em um ambiente físico delimitado, apesar de isso poder
ocorrer, o objetivo é reduzir a escala de observação para poder analisar e
compreender aspectos que passariam despercebidos se observados em uma escala
maior. Por meio da cultura não ortodoxa de camponeses, a qual vai sofrendo
alterações devido a opressão da igreja católica que atribui às crenças dos
camponeses o caráter de feitiçaria, a obra faz inferência a macro-história das
mudanças de atitude, do comportamento de uma sociedade.
A micro-história não deve ser confundida com a história regional
tampouco com estudo de caso. Na história regional o historiador está
interessado em estudar o espaço determinado por ele ou as relações sociais que
ocorrem nesse espaço, que não precisa ser um recorte geográfico, pode ser um
recorte cultural por exemplo. A região é um espaço de investigação instituído a
partir dos objetivos da pesquisa, sendo o recorte onde o historiador irá
encontrar as fontes históricas necessárias, os vestígios que serão
interpretados pelo mesmo. Para Barros:
“Sempre que toma estes objetos - micro localidade, prática social,
ocorrência histórica, trajetórias individuais entrecruzadas ou vida individual
- o micro historiador está no encalço de algo mais do que estes objetos em si
mesmos. A prática micro historiográfica não deve ser definida propriamente pelo
que se vê, mas pelo modo como se vê” [Barros, 2007, p 170].
A história é um processo de construção social do conhecimento que
não é pronto e acabado. O conhecimento histórico é construído por
representações feitas pelo historiador que observa e analisa as fontes
históricas com base nas próprias impressões e experiências, assim, por meio da
sua atividade cognitiva atribui valor e significado aos eventos e fatos,
produzindo, organizando e relacionando-os no tempo e espaço, e representando-os
de forma discursiva. Essa forma discursiva serve de referência a novas pesquisas
sofrendo alterações como novas interpretações e versões.
Ginzburg discorre no prefacio de Andarilhos do bem: feitiçaria e
contos agrários dos séculos XVI e XVII que “[...] é licito dizer que as vozes
dos camponeses chegam diretamente até nós...”, [Ginzburg, 1988, p.07] na
tentativa de buscar uma verdade para a história que relata, mas o próprio
discurso é repleto de inferências pessoais, pois ao entrevistar os camponeses,
os mesmos tem a capacidade de relatar os acontecimentos de acordo com o próprio
ponto de vista a respeito das crenças, além do poder de selecionar quais
crenças serão relatadas e quais serão ocultadas, revelando somente o que lhe é
desejado. O testemunho é uma metodologia da História Oral, a qual foi rejeitada
pelos historiadores, durante um longo tempo, pois os registros orais não eram
objetivos e neutros como, segundo os mesmos, um registro histórico deveria ser,
mas constituem-se de percepções sociais e características pessoais do emissor
como classe social, religião e a origem. "Testemunhar não é apenas dizer o
que viu ou ouviu, mas é também a construção de um discurso sobre o
factual" [Janoti, 2010, p.14].
Dessa forma, a fim de construir essas representações do passado, o
historiador faz suas investigações por meio de vestígios de atividades humanas
que podem ser elementos materiais como utensílios deixados por civilizações
antigas ou imateriais como as danças, rituais e crenças que sobrevivem em uma
cultura, por exemplo, os contos agrários dos camponeses retratados em
“Andarilhos do bem: feitiçaria e contos agrários nos séculos XVI e XVII”
[Ginzburg, 1988]. As informações não estão contidas em sua totalidade nas
fontes, pois ao analisá-las o historiador traz para essas as suas próprias
inferências culturais, competência de leitura, de organização de dados e a
capacidade cognitiva. Não há fontes naturalmente históricas.
As produções sendo construídas a partir das percepções do
historiador podem ser caraterizadas como únicas, pois mesmo havendo inúmeras
narrativas a respeito de um mesmo acontecimento cada uma apresentara
particularidades, que por menores que sejam, estão carregadas de informações
que são indícios a respeito do autor, da época em que a narrativa foi
produzida, das preferências do historiador entre outras. Seguindo nessa linha,
em “Sinais: raízes de um paradigma indiciário” [Ginzburg, 1989] é discutida a questão da importância dos
sinais para o historiador, através de uma analogia entre os métodos indiciários
do pintor Giovani Morelli, Holmes e Freud baseada na afirmação de um paradigma
indiciário juntamente à semiótica.
Na referida obra, Ginzburg mostra que o método de Morelli
utilizado para fazer a distinção entre as cópias e os quadros originais se
fundamenta na análise de caraterísticas por menores, lóbulos de orelha,
profundidade do olhar, contorno das unhas. Holmes por meio do método indiciário
faz a investigação de casos baseado em indícios imperceptíveis como uma pegada
na lama. Freud utiliza-se, por sua vez, da psicanálise para penetrar em
matérias ocultas por meio de elementos - sinais - pouco notados. Portanto,
ambos utilizam os indícios para construir significados e resolver investigações
sobre determinados acontecimentos. O conhecimento Histórico é indireto e
indiciário na medida em que os historiadores fazem a interpretação dos
acontecimentos fundamentados na arte divinatória a partir da observação e
interpretação dos vestígios humanos.
A micro-história está presente na história do cotidiano dos
indivíduos da sociedade moderna, não somente na história de uma aldeia distante
ou de uma sociedade da mesopotâmia, visto que é papel da mesma dar notoriedade
a sujeitos históricos que estão à margem da história oficial, mas que modificam
e constroem a história diariamente. Nessa perspectiva, ao analisar a história
de alunos que vivenciam a experiência de estudar história a partir de práticas
pedagógicas inovadoras parte-se da observação de uma escala micro, voltada para
o desempenho de determinados alunos de uma determinada sala de aula para uma
escala macro, por meio da interpelação de contexto, a fim de tratar-se de boas
práticas para o sistema educacional como um todo. Como afirma Levi [1992,
p.137] à redução de escala é um processo analítico, que pode ser aplicado em
qualquer lugar, independentemente das dimensões do objeto analisado.
O uso da micro-história e
os processos educativos
A micro e a macro-história podem ser utilizadas para diversas
pesquisas, não apenas para analisar e contar grandes eventos históricos. A
partir de indagações acerca da falta de interesse de alunos pela História e da
necessidade em renovar as práticas pedagógicas, apesar da falta de capacitação
de alguns professores em lidar com recursos tecnológicos e de condições
financeira das escolas para obter laboratórios de informática e acesso a internet,
há um movimento em buscar de integrar tecnologia em sala de aula a fim de
tornar as aulas mais atrativas e auxiliar o processo de ensino e aprendizagem
de história com base na aproximação dos conteúdos com a linguagem dos alunos
que vivem em uma sociedade cada vez mais tecnológica. A partir dessa reflexão,
surgem questionamentos como: De que modo se dá o processo de ensino e
aprendizagem da história a partir do uso de tecnologias? Que tipo de
aprendizagem é possível a partir do uso dessa nova linguagem no ensino de
História? As aulas com o uso de tecnologia são mais atraentes? O ponto de
partida para chegar-se a essas respostas pode ocorrer a partir da redução de
escala de observação até alcançar-se uma escala maior, por meio de indícios dos
alunos de uma determinada turma.
Hoje, por meio da internet, é possível ter acesso a uma “gama” de
informações de modo prático e rápido. Isso contribuiu para que a escola
deixasse de ser detentora do conhecimento e precisou passar por mudanças, não
há mais espaço para docentes transmissores de conhecimento tampouco para
discentes receptores de informações, agora, o professor ocupa o papel de
mediador do conhecimento desenvolvendo a docência baseada no diálogo, na
postura indagadora e curiosa, na relação de percepção e ressignificação dos
conteúdos de acordo com a realidade do aluno, tornando esse o protagonista do
próprio conhecimento. Portanto, houve a necessidade do professor trazer para a
sala de aula metodologias adaptadas as novas tecnologias que compõem um conjunto
de signos e significados partícipes da linguagem corrente entre os jovens.
Ademais, em ”O guru e o iniciador: transações de conhecimento e
moldagem da cultura no Sudeste da Ásia e na Melanésia” [Barth, 2000] é apresentada a coleta de dados de aldeias de
duas regiões etnográficas, o Sudeste da Ásia e a Melanésia, partindo da
pesquisa acerca de fenômenos culturais e sociais para tratar da questão macro
de como se dá a produção do conhecimento e como a mesma faz parte da construção
de uma cultura, a micro-história aplicada à observação e à análise do
desenvolvimento do ensino e aprendizagem por meio das tecnologias digitais -TDs
serve de indicio para o estudo da produção de conhecimento ligada a uma cultura
escolar moderna e da organização de um sistema educacional como um todo.
Ao abordar o uso das TDs em uma turma especifica não se pretende
mostrar o comportamento desses alunos diante o uso da tecnologia, mas o modo
como ocorre o processo de ensino e aprendizagem por meio de recursos
tecnológicos, quais tecnologias, temáticas e metodologias estão sendo
utilizadas, qual a necessidade de capacitação dos educadores, quais são as
potencialidades desenvolvidas pelo uso das TDs e, mais ainda, pensando-se em
uma escala macro, como se dá a organização de um sistema educacional de uma
sociedade tecnológica e como o ensino de história pode ser efetivo nesse
sistema.
Conclusão
A micro-história tem papel importante na construção da identidade
coletiva tendo em vista que ao estudar história a partir de uma escala menor,
considerando os mínimos indícios, consegue-se mapear as relações sociais e
culturais de uma sociedade em ampla escala. Nessa perspectiva, percebemos que o
estudo de um grupo de alunos submetidos à experiência de um ensino por meio de
recursos tecnológicos nos mostra que por meio de um recorte - um determinado
grupo de alunos - é possível traçar o modelo de cultura escolar do Séc. XXI.
A micro-história aproxima a história aos alunos, pois ao mesmo
tempo em que foca em trabalhar com micro escalas de observação busca uma
aproximação de certa realidade social, tendo como objeto de estudo pessoas,
situações, acontecimentos ou qualquer aspecto revelador de problemas sociais e
culturais que despertem o interesse do historiador, repercute em questões que fazem
parte de uma esfera maior, comum à sociedade.
É preciso um repensar pedagógico para que boas práticas sejam
inseridas nas salas de aula A análise de uma turma de alunos permite
visualizarmos a necessidade de adaptação dos conteúdos a novas linguagens,
novas metodologias e práticas de ensino para que o aluno tenha interesse em
aprender, o que é difícil quando os conteúdos oficiais são apenas transmitidos,
sem que os mesmo façam sentido algum aos alunos. Sendo que essa não é a
necessidade de uma determinada turma ou escola, mas de todo um sistema
educacional.
Referências:
Cleni Lopes da Silva é mestranda do Programa de Pós-graduação
Stricto Sensu em Ensino de História (PPGH) da Universidade Federal do Rio
Grande - FURG
BARROS, J. D’A. SOBRE A Feitura da. OPSIS, vol. 7, nº 9, jul-dez
2007.
BARTH, Fredrik. O guru, o iniciador e outras variações
antropológicas. Rio de Janeiro, Contracapa, 2000.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas,
SP: Papirus, 1989.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares nacionais: História/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília:
MEC/SEF, 1998.
BRUDEL, Fernand apud REVEL, J. Mcro-história, macro-história: o
que as variações de escala ajudam a pensar em um mundo globalizado. Revista
Brasileira de Educação. V.15, n45, set/dez. 2010.
CERTEAU, M. apud Matos, J. S. Aportes de Teoria e metodologia da
história: diálogos com a historiografia sul-riograndense. In: Teoria e
historiografia no Rio Grande do Sul: ensaios históricos. Rio Grande,
Universidade Federal do Rio Grande. 2011.
GINZBURG, Carlo. Os andarilhos do bem. Feitiçarias e cultos
agrários nos séculos XVI e XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
______________. Sinais, raízes de um paradigma indiciário. In:
______. Mitos, emblemas e sinais. Morfologia e história. São Paulo: Companhia
das Letras, 1989. (p. 143-179).
JANOTT, M. de L. M. A incorporação do testemunho oral na escrita
historiográfica: empecilhos e debates. História Oral, v. 13, n. 1, p. 9-22,
jan.-jun. 2010.
LÉVI, Giovanni. Sobre a. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da
história. Novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992. p. 133-161
Sabe-se que é garantido por lei a autonomia dos professores em sua aula. Como dito no texto, muitas escolas cobram o uso de tecnologia em sala, porém essa cobrança não fere a autonomia? E quando o professor não sabe manusear dos artifícios?
ResponderExcluir-Marcella Andrade Gomes
comentário para mesa errada.
ExcluirPoderia dar um exemplo temático de micro-história e outro para história regional?
ResponderExcluirassinatura: Marcella Andrade Gomes
Prezada Cleni,
ResponderExcluirA micro-história pode ser somente uma ferramenta para atrair a atenção e despertar o interesse dos alunos durante as aulas de História? ou pode ser algo maior, algo como uma reformulação dos métodos de ensino de História? Assim, entender o uso da micro-história não somente para “fisgar” os alunos para uma explicação que voltaria na mesma problemática da “transmissão-recepção”, mas a incorporar como método explicativo e de condução das aulas de História. Como você entende tal possibilidade? Seria viável?
Renan Silva Martins
A partir do próprio significado do papel do historiador enquanto docente, que não é meramente, como apontado no texto, transmitir uma História formal, fazer com que os alunos apenas conheçam determinadas personalidades ou eventos, mas sim fazer da ciência histórica um meio de transformação cognitiva do aluno, fazendo do mesmo um melhor entendedor do passado, como este influenciou o presente e assim melhor compreender o mundo a sua volta, gostaria de saber como a autora analisa a questão do olhar micro histórico do aluno, enquanto indivíduo histórico, e a possível percepção de que a estrutura social, econômica, política, cultural, religiosa, etc., na qual ele vive ignora em muito sua própria realidade? Em outras palavras, como fazer o aluno entender que o seu "micro" contexto é importante para entender sua própria história?
ResponderExcluirRodrigo Monteiro da Silva
Prezada Cleni. Você afirma em seu texto que os objetivos do PCN nao estão adequadamente cumpridos na atual pratica dos professores de História. Gostaria de saber como você chegou nessa afirmativa? Realizou observação de professores atuando? Pois mais adiante, também afirma houve necessidade do professor trazer para a sala de aula metodologias adaptadas, e concordo com isso, porém parece que existe uma contradição entre a primeira afirmativa e a segunda? Poderia deixar mais claro. Obrigada.
ResponderExcluirMaria Cristina Pastore
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pela bela explicação e teorização acerca da possibilidade do uso fa micro-história no ambiente escolar, e por trazae para o debate o carater das novas tecnologias, no qual incorporou de modo significativo o seu trabalho. Segundo, a título de curiosidade, como você incorpora os temas regionais, contidos em um contexto macro, para seus alunos em sala de aula?
ResponderExcluirAmanda de Oliveira Santos
Olá!
ResponderExcluirEntendo que a micro história pode ser uma ferramenta de sensibilização e identificação do estudante com o tema de estudo. Neste sentido minha dúvida é como atrelar a micro história com história geral? É ideal que haja uma contextualização previa, ou a correlação com o macro pode ser feita após o estudo de caso?
Karine Aparecida Lopatko
Olá,
ResponderExcluirA partir da proposta de pesquisa que você apresentou, em que a micro-história é usada para abordar o uso das TDs em um grupo específico de alunos, você acha que existe um ponto em que a micro-história acaba e a etnografia começa? Há confluência entre tais metodologias?
Agradeço desde já,
Victoria Katarina Cardoso Lima.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA proposta de utilizar a micro-história na prática docente é extremamente interessante, principalmente pelo ensino de história ser ainda extremamente eurocêntrico. Como você vê os limites entre essa história eurocêntrica (imposta de forma oficial) e o uso da micro-história?
ResponderExcluir