Arnaldo Martin Szlachta Junior


ENSINO DE HISTÓRIA 3.0: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FRENTE A CRISE PELA PANDEMIA DO COVID-19


O isolamento social que atingiu metade da população mundial devido ao altamente contagioso Covid-19 neste ano de 2020, retomou um debate importantíssimo sobre o uso da educação a distância para todos os níveis de educação, por conta da necessidade de se evitar contato pessoal, crianças, jovens e adultos passaram a “ter aulas” através da internet ou até mesmo por sistema de televisão como foi o caso do estado do Paraná. E em meio a esse caos todo, percebemos a urgência de debate sobre metodologias ativas, práticas e atividades remotas, aprendizagem compartilhada e principalmente: não podemos ignorar o meio digital que vivemos, pois em situações como essa pandemia, acabamos sofrendo com atitudes desmedidas sem a devida reflexão sofre a efetividade do ensino-aprendizagem em História.

Ensino de História 3.0 é uma livre adaptação nossa do conceito “ Educação 3.0”, que ganhou bastante destaque na última década em produções acadêmicas, a referência 3.0 faz referência as transformações da web, que muitos a classificam como web 3.0 que promove uma interpretação semântica dos dados do usuário, garantido a ele uma experiência mais personalizada na rede [Isotani et al, 2008, p.786], os usuário utilizam a todo instante de sistemas digitais, e isso cria uma quantidade enorme de dados, sejam eles feitos de maneira intencional como um comentário numa rede social, ou sem intenção como por exemplo os dados de geolocalização que seu dispositivo móvel entrega a proprietário do app de GPS permitindo entregar informações do trânsito, os ambientes conectados demonstram que atualmente  “a internet é um cérebro digital global” [Santaella, 2013, p. 21].

O que percebemos quando há proposta de reflexão sobre do Ensino à Distância o que se destaca é o medo e a desinformação, como a substituição de professores por máquinas, o barateamento do sistema de ensino e consequente precarização, mercantilização de diplomas, formação insatisfatória dos aluno entre outras questões que são sim importantes para definirmos os caminhos das possibilidades do Ensino à Distância, mas devido a essas percepções, em várias situações, a possibilidade não é nem cogitada e outros aspectos importantes como acesso a formação as comunidades mais carentes, democratização do acesso e a possibilidade da chegada do debate científico a regiões de difícil acesso acabam, muitas vezes, sendo ignoradas.


La radio école no ano 2000, ilustração de 1899 de Jean-Marc Côté.

Entre os anos 1899 a 1910, o ilustrador Jean- Marc Côté participou junto com outras artistas de uma campanha intitulada “Em l´an 2000” eram ilustrações que vinhas atrás de caixas de charutos e cigarros que desafiava a criatividade dos artistas em pensar como seriam as atividades, profissões e espaços no ano 2000. Entre várias imagens muito criativas, mas que pouco acertaram, há aquela que representa a escola.

Na ilustração temos uma sala de aula com a disposição dos lugares bem semelhante ao que ainda encontramos hoje, os alunos todos sentados em silêncio, não possuem livros nem cadernos para anotação e usam fones de ouvidos com fio, que nos leva a entender que se conectam numa máquina mágica que transformam os livros em informação [ou melhor, conteúdo]. Outros detalhes que nos saltam os olhos é que a máquina é operada de maneira manual e o professor, ou equivaleria a ele nesse espaço de futuro imaginado, é de uma pessoa de idade bem superior que possivelmente possuía muito a ensinar. Outro detalhe importante, apesar da dificuldade de leitura é que esse homem mais velho segura um livro de História da Franca [Histoire de France], e está prestes a jogar na máquina para que as informações, assim como estariam no livro, sejam transmitidas.


Detalhe da imagem anterior com aplicação de alguns filtros destacando o título do livro “Histoire de France

O que a imagem demonstra, além da previsão não sucedida do ambiente escolar, é uma ideia do final do século XIX e início do XX sobre o Ensino de História, o professor detentor do conhecimento, munido de um livro, construído por intelectuais, que definem os aspectos científicos e culturais de uma sociedade. O que mais nos choca não são as previsões fora da realidade, e sim como essa escola, nas devidas proporções, é semelhante as concepções de Escola e Ensino de História que ainda temos em pleno século XXI, era da informação.

Diversas pesquisas sobre Ensino de História pensam a aula e o processo avaliativo destacando o aluno como sujeito ativo do processo de Ensino Aprendizagem. Entra alguns trabalhos destacamos a da professora Lana Mara de Castro Siman [2004], que apresenta a importância do trabalho de mediação cultural que o professor realiza nas aulas de história, evidenciando aspectos do cotidiano do aluno possibilitando uma aprendizagem significativa dos conceitos de história [Siman, 2004]. O pesquisador alemão Jörn Rüsen [2007], trabalha com o conceito de consciência histórica, ele apresenta a teoria que todos nós construímos consciências históricas independente da educação formal, seja ela de maneira crítica, tradicional ou exemplar quando chegamos na escola temos conceitos históricos advindos de nossas vivências na sociedade.

A pesquisadora Isabel Barca [2004], atribuí a nomenclatura de aula-conferência para esse modelo centralizado na figura do professor detentor dos conhecimentos, e propõe que a estratégia de aula oficina que consiste no professor em levar fontes de um determinado conteúdo para a sala de aula, e questionar o que os alunos sabem daquele assunto, a partir das análises dos estudantes das fontes orientado pelo professor, acontecem os debates sobre aquela fonte e como ela se relaciona com o processo histórico estudado, Barca ainda estabelece que a avaliação segue o modelo de oficina, sendo assim o professor  se utiliza de  “[...] todos os materiais produzidos pelos alunos, os testes os diálogos fossem produtos a serem avaliados pelos professores.” [Barca, 2004, p. 134]. E destaca ainda que o professor deve não focar nos conteúdos [como temos na representação da ilustração], mas sim nas competências que devem ser desenvolvidas como “os domínios da cronologia, conhecimento e compreensão de temas em âmbito e profundidade, interpretação histórica [interpretação de fontes] e comunicação” [Barca, 2004, p. 136].
  
Ao pensar a aula como uma mediação ou propor uma aula oficina, partimos do aluno como detentor de conhecimentos e sujeito no processo de Ensino, pois irá dialogas com diversas ideias e consciências históricas dos colegas, professores, sendo que não existiria uma Consciência Histórica certa ou errada, mas níveis diferenciados, não hierárquicos, de entendimento histórico [Rüsen, 2007, p. 44]. Pois, o saber histórico dos historiadores não é visto por Rüsen, como o único “válido” porque científico, e que por isso mesmo, não deveria ser reproduzido ou simplificado em sala de aula, o que ele denomina “didática da cópia” [2007, p.89].

Pensar que a ciência de referência é transposta para o universo escolar em sua forma “vulgarizada”, reduziria a questão da formação do professor de história “na profissionalização pedagógica como a mera obtenção de competência técnica em sala de aula, com o que os termos ‘aplicação’ e ‘mediação’ fazem sentido” [2007, p. 90]. Dessa forma, Rüsen critica o enquadramento do professor de história no campo da técnica e reivindica a supressão da “didática da cópia”, e, para isso, defende a necessidade de fundamentar o ensino de história na pesquisa e ser uma área que pertence ao campo da historiografia, sendo que a didática da história não deva ser entendida como mera técnica pedagógica de maneira universal. 

Nessa situação de pandemia do Covid-19, o que vimos com as propostas de Ensino à distância de escolas e universidade privadas, redes públicas estaduais e municipais foi um verdadeiro desastre na perspectiva do Ensino de História, e demonstrou que nossos dirigentes e governantes não possuem a real dimensão do que é um trabalho nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, ignorando concepções de desenho didático, instrucional e tecnológico [Sá; Silva, 2013], o que percebemos na maioria das vezes foram meras transmissões ao vivo ou não, que reproduziam a ideia do professor detentor de conteúdos que poderia transmitir remotamente.

Ao pensarmos num Ensino de História 3.0, estamos propondo essas que essas metodologias que se focam no aluno também, promovendo um processo de Ensino-Aprendizagem efetivo quanto aos conceitos históricos, utilizando a ubiquidade de maneira favorável as aulas, não sendo somente mais uma distração [Santaella, 2013]. Nesse sentido, trazemos as contribuições teóricas de Keats e Schimidt [2007], mostram quem graças as ferramentas advindas da web 3.0 é possível pensarmos ações tecnológicas que destaquem o papel do educando, mesmo com a distância.

Sendo assim, pensamos o Ensino de História 3.0 como interinstitucional e intercultural, pois os alunos ao interagirem trazem consigo diversos elementos de suas distintas vivências, somando cada um de sua forma,  para a construção de narrativas históricas escolares, ampliando ainda mais as trocas culturais com outros grupos da escola, como também, e bem distante dos muros dela, por causa das possibilidade de compartilhamento de informações, e pelas ferramentas de construção colaborativa, tão comum na web.

Construir esta educação é dialogar, quebrar fronteiras e distinções entre professores, alunos, instituições, disciplinas, artefatos, linguagens, territórios e pessoas em geral.  E o professor torna-se uma figura indispensável, um verdadeiro orquestrador da criação colaborativa de conhecimento [Keats; Schimidt, 2007] orientando a visão e os questionamentos sobre as fontes, como os alunos podem usar de recursos digitais como ampliação, busca de informações sobre um documento escrito, encontrar um arquivo MP3 com o discurso político ou importante aplicação de filtros numa imagem para melhor identificar uma escrita [como fizemos nesse artigo], deixa o acesso e o conhecimento histórico mais próximo da realidade deles, e muito mais vivo.

Muitos são os pesquisadores apontam a dificuldade de acesso à internet aos alunos e as escolas como um grande empecilho para a realização de atividades tecnológicas em suas aulas. De fato, o Brasil convive com regiões que ainda não dispõe de cobertura de internet seja a cabo ou com a tecnologia 3G e 4G, ou regiões que até possuem internet, mas com uma conexão tão ruim que dificulta muito o uso, mas não podemos transformar a dificuldade em empecimento, e deixar de lado as possibilidades. Há uma série de trabalhos que pensam ações com uso de equipamentos e software off-line, e assim depois enviar as informações, mas não podemos deixar de cobrar as autoridades governamentais para garantir acesso à internet, as tecnologias bem como realizar programas de letramento digital.

Numa outra perspectiva é possível perceber que a necessidade de formar novos consumidores, fez com que houvesse um grande investimento para que a internet mudasse suas velocidades e qualidade de conexão, bem como chegar em regiões antes excluídas, é notória isso quando assistimos a mudança da rede analógica para a digital, e a evolução da internet wap, para as bandas de tráfico rápidas e suas evoluções como a 2G, 3G e 4G chegaram a um número muito maior de pessoas.

Os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios [PNAD], realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE, 2018], mostram que de 2016 para 2017, o percentual de pessoas que acessaram à Internet através do celular aumentou de 94,6% para 97,0%, já o microcomputador, para essa mesma função, caiu de 63,7% para 56,6%. Enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail” foi a finalidade de acesso à rede indicada por 95,5% dos usuários da Internet.

Tentamos demonstrar nesse breve artigo que o Ensino de História 3.0 não é algo, ou conceito que venha a ser criado, trata-se de uma realidade que devemos enfrentar, e que a questão da Pandemia do Covid-19 somente escancarou nossos problemas, e evidenciou como nunca a necessidade das pesquisas, de um uma rede de educação à distância pública de qualidade, bem como a necessidade de cobrarmos das autoridades políticas públicas para o letramento digital de acordo com as perspectivas sobre Ensino de História.

O fantasma da tecnologia sempre estará presente nos debates educacionais, e atualmente está cada vez mais superado as concepções como o fim da escola ou a substituição do professor. Claro que as mudanças provocadas pelas TDICs geram inúmeros e intensos debates, pois a velocidade que essas novidades, aperfeiçoamento e transformações ocorrem mundo contemporâneo estão cada vez mais rápidas, e a cada nova possibilidade que a indústria apresenta, muito rapidamente, os sujeitos passam a utilizar esses aparatos tecnológicos tendo grandes influências na sociedade e suas instituições, principalmente a escola. Como aponta Perrenaud [2008], estamos formando a atual geração para as novas tecnologias, e segundo ele:

Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação [Perrenaud, 2000, p. 128].

Como o uso das tecnologias está cada vez mais associado à nossa vida cotidiana, e no geral há uma excelente aceitação dos alunos em relação a possibilidade de atividade remotas e de desenhos pedagógicos, o impacto de aprendizagem de conteúdos e conceitos históricos seria muito favorável, e a cultura escolar necessita da convergência das TDICs retirando, ou resinificando esse aspecto de inimigas do processo de ensino aprendizagem. 

Cada vez mais vemos as novas gerações trocarem os computadores pelos Smartphones, e como seu uso pode ajudar a democratizar o acesso à educação e ser um agente transformador no Ensino de História, promovendo uma eficiente e significativa aprendizagem, demonstrando que a Mobile Learning podem ser importante aliado para a prática da docência, colocando os aparelhos móveis como facilitadores da promoção da pesquisa histórica no âmbito escolar.

REFERÊNCIAS

Arnaldo Martin Szlachta Junior é doutor em História pela Universidade Estadual de Maringá e professor da Universidade Federal de Pernambuco.

BARCA, Isabel. Aula oficina: do Projeto à avaliação. Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação [CIED]/Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, p. 131-144, 2004.

BRASIL, PNAD-CONTÍNUA, IBGE. v. 13, 2018.

CÔTÉ, Jean-Marc. La radio école, ilustração de 1899, disponível em < https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/Fran%C3%A7oise_Foliot_-_La_radio_%C3%A0_l%27%C3%A9cole.jpg > acesso em 27 de março de 2020

ISOTANI, Seiji et al. Web 3.0- Os rumos da Web semântica e da Web 2.0 nos ambientes educacionais. In: Brazilian Symposium on Computers in Education [Simpósio Brasileiro de Informática na Educação-SBIE]. 2008. p. 785-795.

KEATS, Derek; SCHIMIDT, J. Philipp. The génesis and emergence of education 3.0 in higher education and its potential for Africa. First Monday, v. 12, 2007.

PERRENAUD. Formar professores em contextos sociais em mudança: prática reflexiva e participação crítica. Revista brasileira de educação, v. 12, n. 5-21, 1999.

RÜSEN, Jörn. Razão histórica. Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Trad. de Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001. _. Reconstrução do passado. Teoria da história II: os princípios da pesquisa histórica. Trad. Asta-Rose Alcaide. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.

SANTAELLA, Lúcia. Desafios da ubiquidade para a educação. Revista Ensino Superior Unicamp, abr. 2013.

SÁ, Helena; SILVA, Marco. Mediação docente e desenho didático: uma articulação complexa na educação online. Revista Diálogo Educacional, v. 13, n. 38, p. 139-160, 2013.

SIMAN, Lana Mara de Castro. O papel dos mediadores culturais e da ação mediadora do professor no processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos. ZARTH, PA et al. Ensino de história e educação. Ijuí: UNIJUÍ, p. 82-87, 2004.

124 comentários:

  1. Professor, excelente reflexão acerca dos desafios do ensino de História em tempos de isolamento social. De fato, tanto o uso de tecnologias em sala de aula quanto à Educação à Distância mostram-se como grandes desafios. Embora o acesso às tecnologias venha se democratizando no Brasil, há ainda muitas barreiras a serem vencidas. Infelizmente, grande parte dos estudantes ainda utilizam os smartphones apenas como meio de comunicação e acesso às redes sociais. Quando se propõe a utilização destes aparelhos como ferramenta de aprendizado muitos mostram-se “perdidos”, não sabem o que fazer, possuem medos e bloqueios. E isso se deve ao fato do smartphone ser ainda visto como um inimigo do ensino-aprendizado por parte de muitos professores. Penso que essa é uma discussão que deve estar cada vez mais presente nas escolas. É necessário discutir as tecnologias como aliadas ao processo de ensino-aprendizado, e nesse contexto o professor deve assumir uma postura mediadora entre o aluno e as ferramentas digitais. Sendo assim, não se trata de substituir o professor, mas de delegar a ele novas funções, mais condizentes ao mundo contemporâneo e pós-pandemia.
    Sendo este apenas um dos desafios, questiono: quais políticas educacionais em torno das tecnologias e do Ensino à Distância devem ser discutidas a partir do contexto em que vivemos?

    Diego dos Santos

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    1. Olá Diego, de fato a questão de trocar professor para a nova tecnologia é algo recorrente, foi assim com o cinema, a TV e agora como as Tecnologias digitais. Sobre as políticas educacionais, penso que deveríamos cobrar dos nossos governantes espaços adequados para a prática docente com a estrutura mínima para podermos propor espaços de aulas conectadas.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  2. A evolução tecnológica é, como você ressaltou, um elemento que não pode ser negligenciado em qualquer debate sobre ensino, e isso se aplica também ao ensino de História. Porém, a formação do professor de História continua dissociada dessa realidade. Boa parte de nossas universidades públicas segue o modelo de formação de futuros professores fundamentado em salas de aula semelhantes ao que vimos na ilustração citada em seu artigo, tendo o mestre como o grande detentor do conhecimento, onde o máximo de evolução tecnológica é o uso do data-show. É indiscutível que, depois de formado, o professor de História terá, necessariamente, que lidar com o fato de que seus alunos vivem em um mundo digital e que ele tem que inserir suas aulas neste universo para atingir a efetividade. Minha questão: Como superar, na formação do professor de História, a lacuna deixada pela ausência da abordagem da tecnologia como uma ferramenta útil e necessária nas aulas?

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    1. Olá Regina, penso que primeiramente precisamos incluir o debate do uso da tecnologia nas salas de aula no processo de formação de professores. Em relação aos professores já formados acredito que é possível com iniciativas simples, oficinas de formação nas semanas pedagógicas, que são obrigatórias inclusive, é possível pensar no sentido de compartilhamento de informações na qual professores mais habilidosos possam conduzir a formação dos professores que possuem mais dificuldades com aparatos tecnológicos.

      Um Abraço
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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    2. Muito obrigada pela resposta, Arnaldo. Grande abraço!

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  3. As reflexões do texto discutem questões pertinentes para a Educação no Brasil há muitos anos e a pandemia apenas evidenciou mais, as dificuldades da implementação das TDICs, principalmente nos sistemas públicos de ensino. Sabemos que ainda não é possível percebermos os efeitos a longo prazo desta pandemia na Educação brasileira, mas a minha questão é a seguinte: a partir da sugestão da criação de uma "Rede de Educação à Distância Pública de qualidade", de que maneira seria possível a implementação destas rede, principalmente observando o atual contexto de desvalorização da Educação e da Ciência na sociedade brasileira?

    Gustavo Cezar Waltrick

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    1. Olá Gustavo, com certeza precisamos pensar estratégias pós pandemia para termos uma dimensão de uma escola que trabalhe bem com as tecnologias e seja democrática e plural, para isso penso que podemos pensar o modelo de aulas-oficina saindo da perspectiva do professor como emissor único do saber, e infelizmente a noção do uso tecnologia que vimos nessa pandemia somente deu continuidade a essa visão.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  4. Agradeço pelo texto, pois ele nos faz refletir cada vez mais sobre o ensino à distância, suas causas e consequências.
    Gostaria de refletir junto com todos vocês que esta pandemia mostrou e ainda está mostrando o quanto que a educação brasileira está despreparada para um ensino à distância.
    É notório que os professores, em pleno século XXI, ainda precisam ser preparados e treinados para poderem manusear com eficiência e qualidade os meios tecnológicos e digitais para realizarem uma aula à distância ou até mesmo dentro da sala de aula.
    Percebe-se também que os estudantes e a sua família não tem um bom acesso a internet, ou seja, um aparato tecnológico que satisfaça a necessidade virtual.
    Mesmo com diversos motivos que impede a maioria do corpo discente brasileiro de ter acesso às plataformas digitais, em várias cidades e regiões pelo Brasil a educação à distância está sendo realizada, com muitas dificuldades e desgaste emocional, profissional e trabalhista tanto dos professores quanto dos alunos.
    Diante disso, poderiamos refletir: será que estas aulas a distância estão tendo ou terão um resultado pleno e eficiente na vida do aluno e também do professor ? Seria ou não um descaso dentro da educação pública e particular se passasemos à ter efetivamente aulas à distância? A relação professor-aluno deixaria de existir, uma vez que o contato virtual é diferente do presencial? As aulas à distância dariam mais resultados do que as presenciais ? Projetos e pesquisas seriam realizados com maior eficiência à distância ou presencial ?
    Deixo claro que a aula à distância não está sendo descartada nesse comentário, pois a cada dia as novas gerações estão mergulhadas no mundo virtual, onde a educação precisa se adaptar cada vez mais a isso também.

    LUAN DE SOUSA BATISTA

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    1. Luan, a pandemia evidenciou a calamitosa situação que já estávamos presenciando há pelo menos 2 décadas, entretando esse caos demonstrou a urgência dessas tecnologias na educação que por também era uma questão neglegenciada por muitos pesquisadores. Acredito que estamos entrando num momento novo sobre a temática, penso que a questão avançará e não podemos deixar de ser atores ativos desse processo.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  5. Excelente reflexão. No texto o autor destaca que: “Tentamos demonstrar nesse breve artigo que o Ensino de História 3.0 não é algo, ou conceito que venha a ser criado, trata-se de uma realidade que devemos enfrentar, e que a questão da Pandemia do Covid-19 somente escancarou nossos problemas, e evidenciou como nunca a necessidade das pesquisas, de um uma rede de educação à distância pública de qualidade, bem como a necessidade de cobrarmos das autoridades políticas públicas para o letramento digital de acordo com as perspectivas sobre Ensino de História.” Diante disso: Quais são as implicações do ensino à distância de História no desenvolvimento do pensamento crítico reflexivo em estudantes no cenário atual?

    Patrícia da Silva Fonseca

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    1. Olá Patrícia, creio que a criticidade é um dos elementos norteadores quando transformamos o aluno como sujeito do processo de ensino, o problema é a visão que os gestores ainda possuem sobre a questão, perpetuando o professor como agente total do conhecimento, por isso a minha proposta em trazer o debate da Educação 3.0 para o Ensino de História.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  6. Ao pensarmos num Ensino de História 3.0, estamos propondo metodologias que se focam no aluno também, promovendo um processo de Ensino-Aprendizagem efetivo quanto aos conceitos históricos, utilizando a ubiquidade de maneira favorável as aulas, não sendo somente mais uma distração [Santaella, 2013]. Nesse sentido, trazemos as contribuições teóricas de Keats e Schimidt [2007], mostram que graças às ferramentas advindas da web 3.0 é possível pensarmos ações tecnológicas que destaquem o papel do educando, mesmo com a distância. Quais são as ações tecnológicas que destacam o papel do educando no ensino a distância?

    Patrícia da Silva Fonseca

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    1. Penso que podemos adaptar as propostas de Aula Oficina, para os ambientes remotos, dando destaque ao aluno como sujeito ativo do processo de Ensino-aprendizagem.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  7. Pelo que foi discutido no texto , existem 2 grandes problemas para implementação de um sistema EAD público de qualidade no brasil, o primeiro a carência de acesso a internet em muitas regiões do país e o segundo problema envolvendo metodologia e pedagogia. Quanto ao segundo problema , temos que a educação brasileira ainda tem um foco muito voltado ao professor , que é tido como sujeito detentor do conhecimento ,e não valoriza o conhecimento e experiências do aluno ,um modelo ruim tanto num ambiente educacional físico quanto digital,seria a " educação bancária " como diria Paulo Freira. Partindo de todos os argumentos discutidos no texto a respeito dos benefícios de uma educação EAD e os desafios de implemetá-la de maneira eficiente , qual seria a causa de ainda existir uma certa relutância por parte de algumas instituições de ensino superior e de isntituições de ensino em geral em adotar meio digital de ensino-aprendizagem ?

    Nathan luiz Soares Coutinho Navarro

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    1. Nathan, venho refletindo muito sobre isso, e creio que seja uma soma de fatores que vão desde questões que envolvem aspectos geracionais até mesmo políticos, visto que muito pesquisadores entendem que as tecnologias poderiam ser instrumentos privatizantes na educação. Por isso é necessário estarmos atentos e sermos críticos as iniciativas governamentais.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  8. NO COMEÇO DO TEXTO FOI FALADO QUE A HISTÓRIA 3.0 É MESMA COISA QUE EDUCAÇÃO 3.0. PARA OS ALUNOS A HISTÓRIA 3.0 OU EDUCAÇÃO 3.0 NÃO ESTÁ ULTRAPASSADA?

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    1. Heinz, depende a perspectiva que se assume sobre o conceito, imagino que você coloca a questão pois há trabalhos sobre uma Educação 4.0, sobre o termo associado ao Ensino de História estamos pensando, assim como colocamos no texto, uma construção do conhecimento por meio da mediação escolar do professor usando a tecnologia.

      Abraço
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  9. COMO FAÇO PARA UTILIZAR A TECNOLOGIA EM LOCAIS ONDE AS CONDIÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA SÃO PRECÁRIAS, MUITAS O USO DE CELULARES E TELEFONES CONVENCIONAIS TAMBÉM NÃO FUNCIONAM? COMO FAÇO?
    HEINZ DITMAR NYLAND

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    1. Há alguns estudos sobre tecnologias desconetadas como o trabalho de Katja Pryscilla Cunha Martins-Augusto, que enxerga TICs na Educação do Campo, mas de fato um mínimo de estrutura é necessário ter.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  10. COM O COVID-19 COMO POSSO ILUSTRAR JOGOS PARA OS ALUNOS JÁ QUE AS MINHAS SÃO ATRAVÉS DO SISTEMA WHATS APP?

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    1. Há diversas formas, uma dica que sempre dou na formação de professores é aproveitar dos recursos de cada aplicativo, veja essa reportagem, por exemplo, de um professor que utilizou o Google formulários para fazer um jogo tecnológico de História.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  11. A implantação de ensino remoto no Brasil veio aliada aos interesses do mercado. No Paraná foram mais de 22 milhões destinados à empresas de Tv e tecnologia e isso não se converteu em qualidade do ensino. As aulas na tv são uma mera reprodução de conteúdo, que despreza a construção do conhecimento como uma produção social. Além de um intenso e histórico processo de exclusão digital. Como exigir autonomia do estudante frente ao uso de recursos tecnológicos, se a escola e suas instituições mantenedoras não dispõem desses recursos nos seus ambientes e não ensinou o estudante a desenvolver um processo de conhecimento autônomo? À mim parece uma grande incoerência. Parabéns pelo texto!
    Carla Martins de Oliveira

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    1. Carla, como minha família é do Paraná e tenho muito amigos por ai, acompanhei de perto essa farra que foi feito com dinheiro público. Trabalhei 5 anos como professor concursado da rede, e soube de projetos incríveis, mas que nunca foram pra frente. Não creio que a maneira como usaram a TV foi interessante, visto que mantiveram a figura no professor dominador de conteúdos. Seguimos na luta.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  12. Com a pandemia, foi evidenciado uma enorme dificuldade das instituições e dos professores em lecionar, mas outra discussão interessante seria em torno da aprendizagem do aluno. Apesar da maioria dos educandos possuírem afinidade com mídias sociais e tecnologias de comunicação, muitos ainda sentem dificuldade em assimilar o conhecimento.
    O problema estaria no método de aulas ou o aluno em si já possui uma resistência ao modelo EAD?
    Como superar estas dificuldade?

    Julio Cesar Alves da Silva Santos

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    1. A resistência por parte dos alunos, pelo percebi em vários trabalhos que abordagem isso, é que há uma percepção que o uso de tecnologias está associado ao lazer e entretenimento. É preciso buscar trabalhar que tais ferramentas podem ser utilizadas para possibilitar uma melhor relação de Ensino-aprendizagem. Creio que pós a crise dessa pandemia, muitos desses quadros vão se alterar.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  13. Interessante o seu posicionamento dado o cenário atual, no entanto, como resolver a demanda de alunos que por sua questão social não podem ter acesso a internet para acompanhar aulas que estão acontecendo, nas diversas plataformas tecnológicas?
    Uma vez que nosso Axis mundi (centro de mundo) em muitos casos, temos limitações da velocidade de internet, além de locais que não há se quer essa ferramenta tecnológica tão importante nos dias de hoje.

    Abraão da Silva Souza

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    1. Olá Abraão, há alguns trabalhos que destacam a tecnologia descontadas, mas mesmo assim precisamos continuar a cobrar do poder público escolas com estrutura adequadas, e nisso se enquadra possibilitar o acesso a internet.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  14. É sabido que os questionamentos nesse cenário pandêmico são muitos e pertinentes ao contexto atual.
    Já era percebida a grande necessidade de inserir à educação os meios midiáticos para facilitar o processo de ensino aprendizagem.
    Portanto, essa inserção das tecnologias está sendo cada vez mais evidenciada dado o cenário atual.
    Assim sendo, pergunto se já foi pensado numa formação na modalidade EAD para muitos docentes que não tem habilidade com o mundo tecnológico buscando instrumentalizá-los com os recursos, meios e técnicas necessárias para o pleno desenvolvimento das atividades e práticas docentes neste cenário?

    Abraão da Silva Souza

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    1. De maneira geral há muitos docentes que utilizam no dia-a-dia ferramentas tecnológicas, mas mesmo assim se dizem como indivíduos desconectados. Penso que deverá se constituir formações que possibilitem o compartilhamento de experiências entre os docentes.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  15. Para o momento da quarentena, foi necessário que o professor utilizasse as ferramentas da tecnologia, contudo, muitos não tinham aprofundamento nestes recursos. E agora no retorno a sala de aula, você acredita que terão mais formações na área tecnológica ?

    Abraão da Silva Souza

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    1. Não, a situação é grave quando pensamos no acesso a informação, há muitos professores reclamando dos usos das tecnologias, mas vejo que o saldo dessa imersão forçada ainda seja produtivo.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  16. De que forma, diante o atual contexto, a escola pode estimular as atividades que vão ao encontro da História 3.0, uma vez que, parte dos pais de escolas particulares resistem em participar como assistentes de seus filhos e para grande parte dos alunos de escola pública faltam recursos? Obrigada, Adriana Soares Estavarengo estavarengo@uol.com.br

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    1. Olá Adriana, vejo os pais reclamarem demais sobre terem que "aguentarem" seus filhos em casa, um fator positivo na percepção será o enfraquecimento da proposta de home schooling. Mas é necessário termos a dimensão que os alunos da escola pública não dispõem dos mesmos recursos das escolas privadas, mas nem por isso vamos priva-los das práticas.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  17. Acredito que primeiramente é considerável perceber a grande clareza com que o texto retrata a questão do ensino em história e faz esta importante ligação com as dificuldades do tempo presente em que se enfrenta uma pandemia. Já foi mencionado no texto e também em alguns comentários sobre a pertinência de se falar nesta necessidade de lidar com as tecnologias no tempo presente e de se buscar a superação das dificuldades. Acredito e concordo que faz-se necessário pensar positivamente sobre os métodos que vem sendo realizados e faço um questionamento a partir de um pensamento: nas salas de aulas, atualmente, se encontram grandes dificuldades de prender a atenção do aluno para com o conteúdo e principalmente sobre a necessidade de se estudar, será que na comodidade de casa ou até mesmo em meio aos trabalhos, tendo em vista que vários alunos passam por necessidades financeiras e estão buscando empregos temporários enquanto estão longe da escola, vão conseguir reter o conteúdo passado? Será que tal modelo não vai apenas servir para "mascarar" uma realidade complexa e delicada? E ainda caso seja produtivo, como uma família pode lidar com o problema tecnológico, uma vez pensando que podem lá ter 4 ou 5 filhos dependentes de um único aparelho para acesso a internet, ou nem ter acesso, tais crianças seriam prejudicas em relação as outras?

    Tobias de Oliveira Coelho.

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    1. Olá Tobias, de fato presenciamos muitas "maquiagens" como por exemplo o que algumas escolas privadas da elite faziam ao venderem programas inovadores de tecnologia e robótica, sendo que se tratavam de tarefas simples. Sobre a escola pública, a pandemia revelou que uma grande parte desses alunos não possuem acesso constante a internet e nem espaços adequados de estudos. Aqui na UFPE, vemos muitos alunos circulando no campus buscando exatamente esse espaço, e nas escolas que ocupam os prédios com turmas distintas nos três turnos. A pandemia evidenciou essas dificuldades pelo tema sensível que é o isolamento, agora com o Lockdown prevejo mais desses destaques ainda. Penso que precisamos sempre estar atentos e cobrar das autoridades públicas que nossas escolas sejam espaços de aprendizagem com estrutura adequada.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  18. Olá primeiramente gostaria de parabeniza-lo pelo artigo.
    O artigo traz uma realidade que o pais vive em época de pandemia do Covid-19, e consequentemente acabou afetando a educação. Sabemos que as tecnologias tem cada vez mais se desenvolvido, porém nem toda a população tem acesso, eu por exemplo moro no interior de uma cidade no estado do Ceará, faço faculdade a distancia, estou no penúltimo ano, por incrível que pareça usava internet 4G até ano passado, e este ano que eu consegui colocar internet via satélite, que não é muito boa, mais e melhor que nada, em resumo não é somente meu caso, mais de muitas crianças e jovens, e até professores. O ensino a distancia é uma realidade nova para muitos alunos e alguns professores também, ai eu me pergunto o seguinte, se o governo tivesse um programa de capacitação para alunos e professores a educação a distancia teria enfrentado tantos problemas neste momento?
    Maria Evilene de Aquino .

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    1. Olá Maria, primeiramente parabenizá-la pelo seu empenho nos estudos, aqui em Pernambuco pude acompanhar muitas história de gente guerreira como você. Penso que devemos sim cobrar atitudes dos estados e da união, assim como a escola se transformou como um local que disponibiliza alimentação para as crianças penso que deve sim disponibilizar o acesso a internet e todos os espaços. Uma coisa que poderia ter sido cobrado das operadoras de celular é a liberação dos dados de 4G para pesquisas escolares por exemplo. Sigamos na luta!

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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    2. Olá Arnaldo obrigada pelas palavras, bem gostaria de dizer que concordo com seu ponto de vista, e o exemplo que citou é uma ótima estratégia, o que falta realmente é uma atitude do governo.

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  19. Dentro do texto , há uma contraposição entre dois modelos de processo educacional . De um lado a educação bancária centrada no professor , que não valoriza o aluno e de outro a proposta de aula Oficina , na qual no lugar de ser centrado no professor e na transmissão simples e pura de conteúdo ,ha uma valorização dos conhecimentos dos alunos e o diálogo de ideias , pensando nisso , quais seriam as dificuldades e barreiras na implantação de um modelo de aula Oficina via educação a distância , se até mesmo em espaços físicos nas escolas é difícil de se promover esse objetivo ?

    nathan luiz Soares Coutinho Navarro

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    1. Nathan, as dificuldade são muitas, mas podemos seguir um modelos semelhante a olimpíada brasileira de História, que é promovida pela Unicamp. As propostas alí se aproximam muito com a ideia de aula oficina.

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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  20. Primeiramente gostaria de colocar que o texto é bastante oportuno pois permite que façamos reflexões sobre questões no campo da educação, ensino de História e tecnologia, a partir de um viés pautado na concretude imposta por um cenário que, há 3 meses atrás, seria impensável. O que percebemos é o uso da tecnologia, apesar de muito debatido e mesmo utilizado, está sendo "improvisado" neste momento de pandemia. É totalmente paradoxal, verificarmos que existe uma distância abissal entre o uso das TICs no ensino presencial, como ferramenta metodológica e a implementação de um ensino totalmente à distância. Nesse sentido gostaria que o senhor pudesse explorar um pouco mais sobre sua perspectiva teórica que alicerça a educação à distância: é possível pensar numa relação dialógica de construção do conhecimento ou estamos falando de educação baseada na instrução?

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    1. Uma das bibliografias pertinentes que eu conheço é as produções de Ademilde Silveira Sartori, que trata da questão de acesso de uma educação de massa através de estratégias dos chamados desenhos pedagógicos, que dialoga com que conhecemos como aula-oficina.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  21. Luiza Rafaela Bezerra Sarraff19 de maio de 2020 às 10:31

    Bom dia, acredito que a reflexão feita é fundamental nos tempos atuais e acho que ela traz reflexões muito importantes a quem está atuando em sala em tempos de pandemia e também lida com a pesquisa em ensino de história. Mas fico com uma questão: como é possível pensar o incremento das metodologias docentes e o desenvolvimento dos alunos em um período no qual a tecnologia foi lançada a nós a revelia em decorrência da pandemia? E mais, como pensar o desenvolvimento da prática docente considerando um quadro de exaustão mental dos professores, visto o aumento na carga de trabalho?
    Abraços.

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    1. Olá Luiz, penso que as estratégias estão em buscarmos ferramentas e aplicações que fazem parte do nosso cotidiano, para depois aprofundar em aplicativos que trabalham com tecnologias de realidade aumentada, virtual... Sobre a questão da carga de trabalho, de fato pesquisas demonstram que os professores estão com carga horária exaustiva, cabe a nós cobrarmos das autoridades do poder público que haja uma regulação sobre as práticas e os limites do trabalho remoto e EaD.

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  22. Olá Arnaldo! satisfação me ler seu texto, muito relevante para o período em que estamos vivendo. O "Ensino de História 3.0" é uma verdadeira experiência prática que estou vivendo nesse momento, porém percebo que os alunos carregam certas dificuldades ao utilizar seus smartphones para transformar a informação em conhecimento. Ou seja, eles ficam no estágio do levantamento de dados e informações, mas sozinhos não conseguem transformar isso em conhecimento, e pior: passam a considerar que as informações são mais relevantes do que a opinião ou posicionamento do professor. Aí nós professores (seja da educação básica ou ensino superior) precisamos mostrar que não é bem este o caminho.

    Gostaria então que respondesse qual é o o papel do professor nesse cenário e apontar uma estratégia que o professor pode utilizar para passar do estágio da informação para a produção do conhecimento histórico escolar na perspectiva 3.0.

    Abraços,
    Wilian Bonete

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    1. Olá Wilian, muito boa a sua pergunta. Pela perspectiva de Rüsen o aluno usa das suas vivências para construir a sua consciência histórica, sendo assim as vivências e até os "achismos" são importantes nesse processo, não há uma receita pronta em nossa área, mas acredito que seja possível pensarmos os caminhos a partir das perspectivas da história, e até mesmo da teoria da história, o que seria a idea de meta-história para Rüsen.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  23. Excelente reflexão acerca da educação a distância. A pandemia demonstrou como esse meio ainda é algo distante da nossa realidade tanto pelas falta de formação do professor quanto pela falta e dificuldade de acesso de muitos alunos. Dessa forma, como promover um ensino de história 3.0 de forma democrática em um país com desigualdades tão grandes e realidades tão distintas?
    Att
    Renata Maria de Souza Santos

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    1. Olha Renata, por mais que usamos da perspicácia e criatividade das tecnologias desconectadas, mas chega um momento que infelizmente esgotam nossas possibilidades, ai cabe a nós a cobrar das autoridades governamentais.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  24. Parabéns pelo trabalho e excelente reflexão, professor Arnaldo Martin. Falar de ensino aprendizagem à distância num momento como esse que estamos vivendo não é tarefa fácil. Além disso, sabemos da realidade em relação às desigualdades sociais. Há milhares de milhares de pessoas que não possuem o básico para sobreviver e que dependem de programas de governo para se manter. O acesso à internet está longe da realidade dessas pessoas. Pensando nisso, de que forma seria possível o ensino aprendizagem desses alunos nesse período de pandemia do covid-19?

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    1. Penso que um caminho é através do estado, creio que os governos deveriam instituir um mapeamento para reconhecer os jovens em idade escolar, e assim liberar sinais das rede internet móvel de maneira gratuita para a prática escola.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  25. Professor, o senhor destaca que “Ao pensar a aula como uma mediação ou propor uma aula oficina, partimos do aluno como detentor de conhecimentos e sujeito no processo de Ensino, pois irá dialogas com diversas ideias e consciências históricas dos colegas, professores, sendo que não existiria uma Consciência Histórica certa ou errada, mas níveis diferenciados, não hierárquicos, de entendimento histórico [Rüsen, 2007, p. 44].” Assim, como inserir na escola esse tipo de proposta, sabendo que ainda hoje, valoriza-se muito mais a questão dos conteúdos, principalmente quando pensamos no acesso desses estudantes ao Ensino Superior?
    Att.

    Renata Maria de Souza Santos

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    1. Renata, o "conteudismo" (termo muito comum utilizado pelos professores nas escolas) é uma cobrança constante das equipes pedagógicas e dos pais. O que eu fazia quando estive na educação básica era o mapeamento desses conteúdos de uma maneira que integrava os diálogos nas abordagens, conseguia associar vários capítulos do livro com uma fonte que dava conta das abordagens. Sobre conteúdo para Enem e vestibulares há algum tempo, as questões vem trabalhando a abordagens por meio de documentos, os alunos chamam de mera interpretação de texto.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  26. Parabéns pelo trabalho e excelente reflexão, professor Arnaldo Martin. Falar de ensino aprendizagem à distância num momento como esse que estamos vivendo não é tarefa fácil. Além disso, sabemos da realidade em relação às desigualdades sociais. Há milhares de milhares de pessoas que não possuem o básico para sobreviver e que dependem de programas de governo para se manter. O acesso à internet e o meio eletrônico está longe da realidade de muitas dessas pessoas. Pensando nisso, de que forma seria possível o ensino aprendizagem desses alunos nesse período de pandemia do covid-19?

    Att

    Edenilde da Silva Santa Fé

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    1. Já respondi na questão anterior.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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    2. Edenilde da Silva Santa Fé22 de maio de 2020 às 15:47

      Sim. Muito obrigada, professor Arnaldo Martin.

      Att
      Edenilde da Silva Santa Fé

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  27. Olá, professor.
    Importante alerta para necessidade de ampliarmos nossa atenção às reflexões acerca do ensino de História através dos meios digitais. Especialmente por se considerar um campo em disputa, cabe a nós, sujeitos desse campo, refletirmos cada vez mais e ocupar esse espaço. Nesse quesito, a preocupação que me atinge é: como cobrar o poder público mais políticas públicas para o campo do ensino digital/remoto, sem que comprometa o esforço por mais políticas públicas no campo da educação convencional/presencial. Levanto essa inquietação levando em consideração os ataques orçamentários que a educação pública já vem sofrendo (vide PEC 55), crescimento de conglomerados educacionais do setor privado que se apoiam no projeto de desmonte do governo etc. Mas também, ressalto a importância social das redes públicas de ensino de proporcionar, através do regime presencial, qualidade de vida às famílias que atendem; garantindo nutrição aos estudantes, tutela durante a jornada de trabalho de pais e mães, assistência psicológica, desenvolvimento físico-motor com modalidades esportivas e desenvolvimento da sociabilização.
    De já agradeço. Abraço.

    Luiz Vinícius Maciel Silva

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    1. Olá Luiz Vinícius, bem, primeiramente gostaria de deixar claro que não concordo no Ensino a Distância para alunos do Ensino Fundamental e Médio fora da condição em que vivemos. Nesse texto tentei fazer um reflexão sobre a fuga de muitos professores sobre o domínio das tecnologias, e como isso se faz necessário agora. Bem, creio que sempre precisamos defender a necessidade do professor em sala de aula, pois o Ensino a Distância como estamos vendo se trata somente de transmissão de conteúdos, e sem a idade de medicação e a composição de desenhos pedagógicos acabamos sempre caindo nessa terrível situação de improviso.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  28. Gostei bastante da reflexão proposta no texto,dessa possibilidade de usar a tecnologia a favor, como complementar, desfazendo-se da ideia de substituição, sendo visível esse bloqueio até entre graduandos atualmente, se torna uma questão importante, levando em conta que a geração atual é digital, que por meio desse avanço tecnológico alcança-se um nível de interesse e curiosidade maior entre os alunos, se bem usados os recursos em sala de aula também podem proporcionar um resultado positivo na construção do conhecimento, interessante que o texto não deixou de mencionar alguns problemas que precisam de mudança,como o acesso e a preparação para isso se tornar possível, principalmente pela situação atual de aulas online, que evidenciou mais a desigualdade social quanto ao acesso a internet, infelizmente algo que precisa avançar muito, também foi perceptível o despreparo dos alunos e professores com as ferramentas virtuais, notório que as aulas precisam do professor como auxiliador e com uma boa didática, mas a questão é que não parece bastar as mesmas condições de formação que existem hoje para professor, para que esse possua uma boa desenvoltura nos meios digitais, você acredita que seria necessário uma mudança na grade curricular ou um curso de especialização, alguma proposta nesse aspecto?
    Bianca da Silva Guimarães

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    1. Olá Bianca, creio que essa fase de que precisamos formar os professores para as tecnologias já é algo que não faz mais sentido, visto que nós, numa grandiosa maioria, já dominamos as ferramentas comuns da vida digital. Veja, todos estamos num evento postando perguntas, a esmagadora maioria domina o uso de um smarthphone e por ai vai... o Que quero lhe dizer é que devemos ter esse debate, precisamos levar essas práticas da escola e aplicar metodologias que já estão sendo debatidas na área de Ensino para o ambiente virtual. Talvez oficinas digitais nas formações pedagógicas seja um passo interessante. E precisamos, sem dúvida, é cobrar de nossos governantes uma estrutura melhor de trabalho.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  29. Prezado Arnaldo, parabéns pelo seu texto que nos traz reflexões extremamente pertinentes e necessárias para pensarmos o ensino de história no contexto atual. Destaco o trecho em que diz que “[...] entre outras questões que são sim importantes para definirmos os caminhos das possibilidades do Ensino à Distância, mas devido a essas percepções, em várias situações, a possibilidade não é nem cogitada e outros aspectos importantes como acesso a formação as comunidades mais carentes, democratização do acesso e a possibilidade da chegada do debate científico a regiões de difícil acesso acabam, muitas vezes, sendo ignoradas”, nesse sentido uma das maiores questões que se coloca é como pensar em democratizar o acesso a educação, neste caso especifico, uma educação por meio da tecnologia, em um pais tão desigual onde a pandemia só evidenciou ainda mais essas desigualdades. Nesse sentido, gostaria de saber de sua parte, quais caminhos seriam possíveis para pensarmos na efetivação de uma educação 3.0 onde a desigualdade social é latente e as condições de acesso as tecnologias para torná-la possível são tão díspares em nosso pais?

    Gerlane do Nascimento Mendes

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    1. Gerlane, infelizmente não temos respostas tão simples. O que devemos fazer sempre é cobrar as autoridades governamentais para nos darmos melhor estrutura de trabalho.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  30. A partir desse momento que estamos vivenciando, imagino que a didática da educação será vista com outros olhos, é preciso um grande impacto para haver grandes mudanças. Após esse novo modelo de ensino que nos foi imposto devido ao cenário, novas discussões serão desenvolvidas para se repensar nessa tecnologia necessária e pouco disponibilizada. Quais as consequências devemos esperar desse processo vivenciado pelas escolas publicas atualmente? Talvez uma maior preocupação das autoridades quanto a disponibilização de recursos tecnológicos, uma maior abrangência, e capacitação?

    Natalia Belinato Marques Silva

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    1. Penso que devemos cobrar ambas as situações, sem dúvida se faz necessário a presença do poder público.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  31. Olá, professor!
    Achei excelente seu esse artigo! Como foi abordado no texto essa pandemia pode mostra como o sistema de educação brasileiro tem um deficit gigante no que se refere a educação associada a tecnologia, nos mostra que é preciso melhorar essa estrutura, que caso fosse bem moldada seria um bom caminho para resolver os problemas que hoje o MEC e diverso alunos enfrentam em todo Brasil. Outro ponto super interessante é a que essa situação só reforçou que a didática trabalhada em sala de aula ainda continua de maneira arcaica. Enfim, foi apresentado o ensino de história 3G, que propõe solucionar e colaborar com o aprendizado do educando. Para o senhor esse método ira substituir o ensino presencial ou será usado apenas como algo complementar?
    Bianca Gabrielle Moreira Veríssimo

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    1. Olá Bianca, o professor é peça fundamental, visto que ele deve ser o grande mediador das ações dos alunos.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  32. Prezado Arnaldo Martins Szlachta Junior, muito obrigado pelas reflexões que trouxe em seu artigo. A imagem da sala de aula pensada para o futuro na ilustração “La radio école no ano 2000”, feita em princípios do século passado pelo ilustrador Jean- Marc Côté é assustadoramente atual, desde a disposição dos alunos em sala até a transposição didática, abominada por Rüsen, e a forma de comunicação transferencial que se estabelece com o professor inserindo o livro naquela engenhoca.
    Hoje, empurrados pela pandemia para o mundo digital, para uma educação 3.0, ainda assim a maioria das propostas de trabalho, como foi observado pela Patrícia R. Augusto Carra no artigo “O ENSINO DE HISTÓRIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19”, apresentado nesse simpósio, mantém os mesmos velhos métodos da educação que Paulo Freire denominou como “educação bancária”, em que os conhecimentos são transmitidos do professor para os alunos, mantendo-se o mesmo paradigma da comunicação que se estabelecia no ambiente escolar presencial, e que é representada na ilustração pela máquina que se conecta à cabeça de cada um dos alunos, transmitindo a informação em um só sentido.
    Em minha prática docente, mesmo promovendo aulas oficinas, levando documentos para criar o que Circe Bittencourt chama de situação-problema, noto que é difícil promover o diálogo com a maioria dos alunos. E, fazendo um comparativo com turmas diferentes. Em uma turma de EJA ou de alunos do 1º ano do ensino médio, que nunca tiveram contato comigo antes, não há diálogo. Por outro lado, com alunos de 3º ano do ensino médio, com os quais já trabalhei de forma presencial por dois anos, há intenso diálogo ainda que com um grupo pequeno de alunos. Dessa experiência concluo que uma educação dialógica, em que os alunos se sentem confortáveis para expressar um pouco da cultura histórica que trazem de casa ou de outros ambientes, só se efetiva quando é possível construir uma relação um pouco mais afetuosa com os educandos.
    Meu desafio, e o questionamento que lhe faço é: como estabelecer essas relações mais afetuosas com os alunos, que os encoraje a se expressarem, num modelo de educação à distância, não presencial, em que não há esse contato olho no olho? Como uma educação básica não-presencial pode ser exitosa? Pode-se promover a efetiva interação dialógica professor-aluno numa modalidade à distância?
    Grato,
    Leonardo Gallo Araujo Lima.

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    1. Olá Leonardo, de fato o artigo da Profa Patrícia e da Profa Aline (um antes do meu na postagem) se dialogam muito bem, inclusive achei incrível a sintonia nos textos e o fato de Aline ter feito uma outra Análise na mesma figura desse artigo. Bem, sobre empatia é um resposta bem complexa, pois isso envolve aspectos emocionais que nos fogem dos debates acadêmicos, mas veja, penso que podemos aprender e muito com os famosos youtubers, está ocorrendo muitas lives e além de serem famosos há algo na linguagem que ajuda-os na empatia... precisamos ficar atentos

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  33. Grata pela resposta, Arnaldo. Essa adaptação das Aula Oficina, tendo o aluno como sujeito ativo do processo de ensino aprendizagem, seria baseado no construtivismo, teoria da aprendizagem desenvolvida por Jean Piaget?

    Patrícia da Silva Fonseca

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    1. Patrícia eu já autores fazendo essa relação, mas penso que origem dos estudos seja outra.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  34. Prezado Professor,
    muito obrigada por compartilhar conosco reflexões tão importantes e oportunas sobre o uso das tecnologias, bastante acentuado no contexto atual devido ao isolamento social. São muitas as dificuldades, especialmente para instituições e docentes que não tinham experiência nesse uso. E, por outro lado, também temos os pais de crianças pequenas que se viram obrigados, pelas circunstâncias, a acompanhar e auxiliar os filhos nas atividades escolares. Vejo alguns ganhos efetivos para a educação, como a ampliação do uso de tecnologias no contexto educacional (aí teremos que avaliar o que de fato foi produtivo e beneficiou), bem como uma reaproximação da família com o que é trabalhado pela escola. Contudo, cabe ressaltar o grande fosso que existe no acesso às tecnologias, considerando condições socioconômicas e a pobreza que impede o acesso a esses conhecimentos. Precisamos ser capazes de fazer a crítica e autocrítica desse processo e olhar a partir de categorias bem definidas, considerando as diferentes realidades e possibilidades. Afinal, a escola moderna existe e resiste. Mas, qual seu futuro com o uso massificado das tecnologias?

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    1. Bem Márcia, penso que não teremos uma opção de escolha sobre as tecnologias pois eles estão ai, mudando o mundo na maneira de agir e pensar. Podemos aproveitar das ferramentas e associar com estudos sobre Ensino de História, ou podemos continuar um guerra perdida contra o uso das tecnologias... Sou adepto de tentarmos pensar seu uso em sala.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  35. Primeiramente, gostaria de agradecer ao Professor por dividir reflexões tão importantes, principalmente pelo contexto atual do isolamento provocado pelo COVID-19 , que impede o Ensino presencial. São inúmeras as dificuldades encontradas para a instalação do Ensino a Distancia, o que evidencia a extrema necessidade da elaboração de mecanismos para a sua efetivação. Porém, não podemos deixar de ressaltar as condições sociais e econômicas, que impossibilitam o acesso às tecnologias. Um exemplo atual no Brasil, é a discussão sobre o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio, justamente pelo não acesso de estudantes da classe média e baixa à aulas onlines. O fato, é que a concretização do EaD deve passar por configurações como a redução dos trabalhos, uma vez que há uma sobrecarga de atividades. Assim como, devem ser pensados conteúdos, que de fato, terão peso para a formação do aluno.

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    1. Olá, não defendo o EaD para a educação básica e nem a sobrecarga de trabalho para os professores. Penso que devemos incluir os debate do uso das tecnologias de uma maneira que possa integrar professores, pais e alunos.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  36. Primeiramente, gostaria de agradecer ao Professor por dividir reflexões tão importantes, principalmente pelo contexto atual do isolamento provocado pelo COVID-19 , que impede o Ensino presencial. São inúmeras as dificuldades encontradas para a instalação do Ensino a Distancia, o que evidencia a extrema necessidade da elaboração de mecanismos para a sua efetivação. Porém, não podemos deixar de ressaltar as condições sociais e econômicas, que impossibilitam o acesso às tecnologias. Um exemplo atual no Brasil, é a discussão sobre o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio, justamente pelo não acesso de estudantes da classe média e baixa à aulas onlines. O fato, é que a concretização do EaD deve passar por configurações como a redução dos trabalhos, uma vez que há uma sobrecarga de atividades. Assim como, devem ser pensados conteúdos, que de fato, terão peso para a formação do aluno.

    Att,
    KECIANNY ARAUJO SANTOS

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  37. Excelente reflexão, professor. Nesses tempos de crises devemos pensar meios alternativos de ensino, porém o que me gera dúvida é o acesso precário de tecnologias no Brasil. Vemos muitas escolas que muitas vezes não disponibilizam nem sala de informática para os alunos, minha questão é, como democratizar o acesso as tecnologias para assim o ensino a distância ser possível?
    Att, Julia Piovesan Pereira.

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    1. Para isso precisamos cobrar das autoridades governamentais melhores condições de trabalho para os professores e melhor estrutura para nossas escolas.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  38. Como todos os professores, principalmente da educação básica, fui pega de surpresa com as aulas virtuais e à medida que fui avançando no trabalho percebi que a Educação à distância exige o trabalho com metodologias ativas. Ao mesmo tempo, contraditoriamente, percebi que muitas das atividades e recursos que venho usando remotamente não teriam o mesmo sucesso ao utilizar nas aulas presenciais, visto que, como trabalho na rede estadual, não existe equipamentos suficientes para desenvolver aulas mais dinâmicas e digitais. Apesar dessa pequena reflexão inicial, minha pergunta é: a formação inicial e continuada de professores vem dando conta das novas metodologias educacionais digitais? De que maneira elas poderiam vir a agir de forma mais efetiva nesta questão?

    Ass. Lucimar Avelino da Silva

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    1. Ola Lucimar, as escolas públicas jamais terão equipamentos tecnológicos para todos, principalmente pela natureza da sua composição e pela morosidade dos gestores públicos. Sendo assim, precisamos pensar em formas de usar aquilo que temos em nossa realidade, e o uso de smartphones vem sendo uma proposta interessante. Sobre a formação, creio que a Universidade poderá contribuir mais, com as disposições da resolução 2 de 2015 do MEC, e como oficinas de formações nas escolas.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  39. Boa noite.
    Vivemos em um momento em que alunos e professores tiveram que se reinventar para o ensino e a aprendizagem dos conteúdos. O uso das tecnologias para o ensino, antes muitas vezes relegadas a segundo plano, mostraram-se essenciais para a continuidade do ano letivo.
    Frente a isso, muitos questionamentos surgem. As desigualdades sociais acabam atingindo em cheio a educação, onde muitos jovens não possuem computador ou acesso a internet em suas residências, aumentando ainda mais a distância entre o ensino público e privado. Fora isso, muitos professores não tem o conhecimento suficiente para utilização de tais tecnologias, o que acaba tornando as aulas ainda mais monótonas.
    Diante de tal situação, pergunto: Qual será a qualidade desse ensino ministrado em época de pandemia? E está acontecendo a aprendizagem?
    Muito obrigada.
    Ass. Patrícia Vieira

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    1. Olá Patrícia, de fato não estou tendo um retorno muito positivo das experiências, mas penso também que não podemos culpar os professores que tiveram que se adaptar de maneira forçada, muito inclusive tiveram que adquirir equipamentos caros pois usavam computadores das escolas para fazer suas atividades. Penso que independente de tudo estamos aprendendo, estamos observando que a tecnologia está presente e não podemos mais fugir desse debate.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  40. Marcella Albaine Farias da Costa20 de maio de 2020 às 21:07

    Prof. Arnaldo, parabéns pelo texto! Já havíamos trocado uma ideia sobre ele antes, acho que traz contribuições importantes para todos/as que estão pensando o desafio do digital.

    Gostaria de saber mais sobre como você pensa o ensino de História 3.0 relacionado à educação patrimonial, temática que também tem me interessado e sei que tens trabalho sobre isso também.

    Abraços e beijos,

    Marcella Albaine Farias da Costa.

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    1. Olá Profa. Marcella, sempre é um prazer o debate científico contigo. Bem, o que venho pesquisando sobre a questão patrimonial é o uso de aplicativos de realidade aumentada como por exemplo Pokemón Go, Ingress e Geocaching. Utilizamos a perspectiva de Mobile Learning, na qual tarefas são atribuídas aos usuários de acordo com as possibilidades dos aplicativos nativamente. Bem, tomamos como perspectiva a cidade como museu, e como esses elementos de representação e simbologias estão presentes.

      Grande abraços,
      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  41. Visto, a atual situação que estamos vivenciando, o texto colocar os aparelhos móveis como facilitadores da promoção da pesquisa histórica no âmbito escolar, mediante o exposto os aparelhos móveis as vezes não pode prejudicar no aprendizado do aulo? De qual forma os aparelhos móveis podem prejudicar a aprendizagem? Será mesmo que os aparelhos móveis se torno facilitador? Quais os pontos negativos e favoráveis dos aparelhos móveis?

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    1. Olá Thaynara, os aparelhos móveis possuí diversas ferramentas que podem ser utilizadas das mais variadas formas, de início nós professores acabamos por elencar somente os pontos de vista negativos, visto que estamos buscando uma melhor aprendizagem dos alunos em sala de aula. Claro que é possível utilizarmos os recursos de maneira proveitosa e tudo isso claro dependerá do apoio da equipe pedagógica da escola e do contrato pedagógico que o professor irá compor junto a seus alunos.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  42. Marcondes Gabriel Cardoso Pereira20 de maio de 2020 às 22:24

    Olá professor, excelente reflexão que trás uma utopia de um futuro incerto, a possibilidade de implantação ou substituição de professores por tecnologias, mostrou nessa ocasião que a produção de conhecimento não é eficaz, além disso deixou ainda mais visível a desigualdade social, me coloco nessa situação, no início da pandemia, acreditei que as aulas online funcionariam no meio universitário, porém foi um verdadeiro desastre, não superou as expectativas e com toda certeza não só os ensinos fundamentais e médio foram prejudicados, mas o campo universitário sofreu bastante com todo esse colapso social.

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    1. Olá Marcondes, até mesmo no campo universitário os resultados não foram interessantes, quem melhor se resolveu nessa situação foram as instituições que amplamente já utilizavam o recurso das aulas EaD.

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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  43. Olá professor, excelente reflexão que trás uma utopia de um futuro incerto, a possibilidade de implantação ou substituição de professores por tecnologias, mostrou nessa ocasião que a produção de conhecimento não é eficaz, além disso deixou ainda mais visível a desigualdade social, me coloco nessa situação, no início da pandemia, acreditei que as aulas online funcionariam no meio universitário, porém foi um verdadeiro desastre, não superou as expectativas e com toda certeza não só os ensinos fundamentais e médio foram prejudicados, mas o campo universitário sofreu bastante com todo esse colapso social.

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    1. Já respondi no comentário anterior

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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  44. Professor, excelente abordagem da relação entre a ilustração francesa e a escola atual, ainda muito focada no paradigma da educação bancária. Na educação, a tecnologia parece ser vista hora como um enorme inimigo ou uma espécie de salvação do cenário atual. Artigos como este são extremamente válidos para discutir essa questão.
    E considerando a iminência das novas abordagens na educação, de modo o senhor acredita que estas tecnologias alterarão nossa concepção de avaliação escolar? A avaliação escolar na educação 3.0 será mais contextualizada, "hiperlinkada" ou algo que apenas reproduz em meio virtual o nosso sistema atual de avaliação?

    João Otávio Tomazini Fardin

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    1. Olá João, de fato a educação bancária de Paulo Freire é um termo muito caro para nossa visão, e esses rótulos que muitas vezes são atribuídos a tecnologia como salvadora ou inimiga da educação, por isso insisto que o debate deve ser amplo envolvendo a academia e os professores para assim pensarmos em estratégias mais eficientes.

      Oi oi pessoal, hoje vamos ter essas duas palestras promovidas pela ação cá entre nós do CE

      Participem! Tem certificação e não precisa se inscrever previamente (informações na foto)

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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  45. Professor, achei bem interessante e muito pertinente a sua contribuição por meio desse texto, bem com a sua temática. Pergunto: A imagem que usaste para mostrar como possivelmente seria o contexto escolar nos anos 2000 nos trás a ideia de um ensino de história por meio da "memorização", tendo ainda o livro didático como um grande protagonista do conhecimento. Tudo isso muio típico do séc. XIX e início do séc. XX. Como desconstruir essa imagem antiquada de ensinar história? Uma vez que em pleno séc. XXI ainda existam professores e alunos que vislumbram história apenas como "memorização"?

    Att. Elielton Ferreira Corrêa

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    1. Penso que é através do debate e diálogo, um dado interessante é que os alunos de Estágio acabam na maioria das vezes buscando as referências nas memórias das práticas dos seus professores, e isso acaba por perpetuar a mesma maneira de trabalho. Não é comum encontramos nos relatórios de estágios expressões como: "Professor disse que as teorias da universidade são muito bonitas, mas não se aplicam a vida real" entre outras nesse sentido. Por isso eu insisto que devemos sim continuar a levar o debate e promover o diálogo com os professores da rede.


      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  46. O ensino da história vem sendo tão desmerecido ao longo do tempo, o senhor não acha que o ensino à distância dificulta ainda mais o aprendizado da história para os alunos, que muitas vezes não tem interesse em "conhecer o passado? "



    - Amanda dos Santos Costa

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    1. O desmerecimento vem de diversas formas como grupos que insistem na críticas na prática dos professores acusando-os de doutrinadores, de professores de outras áreas que desmerecem a história como ciência, de pais que não vêem sentido em aprender história, de grupo que questionam as abordagens sobre questões de gênero... O uso da tecnologia precisa ser pensado com aspectos metodológicos e teóricos para que não seja um mero atrativo na sala.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  47. Olá bom dia! sem dúvida que tá em sala de aula com os professores o ensino passado aos estudantes é melhor, acredito que para ambas as partes, mais com a pandemia que estamos vivendo isso já não é possível então surge aí o ensino EAD, que vem ajudando para que não venhamos ser prejudicados, mais percebo que apesar de vivermos em uma era tecnológica vejo que nem todos tem acesso a essa tecnologia, minha pergunta é: esses estudantes que não possuem internet em casa ou até mesmo que não tem um computador, como os professores podem está a ajudar esses alunos a não serem prejudicados com a pandemia existe alguma solução em meio a tudo isso que estamos vivendo para esses alunos ?
    -Liria Monteiro

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    1. Liria, é o que venho dizendo, por mais que possamos ser criativos e que existam tecnologias desconectadas é necessário um mínimo de estrutura para pensarmos ensino aliado com a tecnologia, pois isso defendo que temos que cobrar dos governantes condições de trabalho e estrutura em nossas escolas.


      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  48. Olá! Parabéns pela reflexão! Muito pertinente diante de nossa realidade social e educacional? Pensando os desafios que agregam e emanam dessa realidade, como pensar que ainda possa existir uma mentalidade de que, tanto o ensino de história, quanto a própria pessoa do professor de história, possam assumir uma errônea caracterização de "antiquados", de "ultrapassados" ou ainda que "vivem apenas do passado"? Será que isso auxilia no desenvolvimento das justificativas de que por isso é que , na área de história, possam ocorrer dificuldades de adaptações perante tanta metodologia tecnológica? Será que ainda hoje somos estereotipados dessa maneira?

    Desde já agradeço!

    Att,

    Henrique Alexandro Senderski

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    1. Olá Henrique, não penso que os historiadores vivam do passado, basta lembra a máximo de que os "Historiadores são homens no tempo" de Bloch. Já escutei de várias colegas essa justificativa que na minha visão não faz sentido algum. Defendo que temos que avançar nas leituras e nos debates.


      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  49. Olá, boa tarde!
    Parabéns, excelente texto crítico-reflexivo!
    É evidente uma discrepância em relação à escola urbana e rural ( em meio a desafios e perspectivas). Pois, o alunado do campo ainda vive o descaso e abandono por parte do Poder Público no que tange à ausência de políticas públicas em suas escolas. Sendo assim, eu lhe pergunto: Como ampliar e democratizar a rede de educação à distância pública de qualidade nos estabelecimentos de ensino da zona rural? Visto que, em grande maioria, sua realidade é precária, e ainda negligenciada pela classe governamental dirigente.
    Cordialmente,

    Maykon Albuquerque Lacerda

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    1. Maykon, não somente a zona rural mas também comunidades quilombolas, indígenas e assentamentos do MST. Precisamos cobrar das autoridades competentes.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  50. Em meio a todo esse caos causado pela pandemia, nos deparamos com um novo perfil de consumidor: focados em valor!
    Quando tudo isso passar, e esperamos que seja logo, qual a tendência de mercado que possivelmente irá prevalecer?
    At. Marcia de Oliveira Pinto

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    1. Márcia, ao trabalhar com tecnologia e principalmente envolvendo a questão o uso de aplicativos "grátis", estamos sujeitos a essas iniciativas de propagandas, por isso penso que devemos que orientar os alunos nesse sentido.


      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  51. Vimos que os alunos estão trocando cada vez mais ou computadores pelos aparelhos smarts. No entanto o professor digamos que não tenha como controlar o conteúdo que os alunos estão acessando, pelo menos em sala de aula. Ao mesmo tempo em que esta tecnologia poderia ajudá-los, pode também dispersá-los se a aula não for do seu interesse. Como otimizar o uso dos aparelhos smarts como instrumentos de aprendizagem?
    At. Marcia de Oliveira Pinto

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    1. Márcia, já vi iniciativas de contrato pedagógicos que colocam os telefones celulares em caixas, e depois utilizam em momentos específicos. Penso que essa seria uma boa saída.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  52. Ótima reflexão.
    Levando em consideração a dificuldade em se ter um ensino EAD, acredito que devamos nos atentar também para o despreparo e desconhecimento acerca da tecnologia de algumas famílias, mesmo aquelas que possui uma conexão em suas casas e materiais para o acesso, muitas vezes apenas usam tais meios para o lazer e possuem dificuldade na compreensão de aplicativos e vídeo-aulas. Da mesma forma, aqueles que possuem recursos limitados e uma conexão precária. Talvez este pseudo-EAD (no caso do Paraná) acabe por prejudicar o ensino e o psicológico do aluno, pois sem a troca de experiencias em sala de aula, a figura do professor e a rotina conturbada, pais despreparados, principalmente para crianças torna-se torturante.

    -Jessica Aparecida Lukavy

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    1. Sim, é preciso sempre pensar o EaD com desenho pedagógico, não é possível pensarmos aula á distância como mera reprodução de conteúdo.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  53. Primeiramente parabéns pela excelente reflexão sobre um momento que irá proporcionar grande impacto na educação pós pandemia. Mas em contextos atuais como o alcance dessa educação 3.0 vai contribuir para populações que muitas vezes não tem acesso a internet, luz e até muitas vezes não tem computador? Não seria esse um ano em que pode ter mais repetentes devido essa carência? Que tipo de implementações teriam que ser feitas para chegar até a população mais carente e por que não comove uma grande parcela da população para ocorrer de fato alguma mudança? É uma realidade que muitas vezes não é vista e até mesmo os professores ainda não tem formação adequada para lidar com as tecnologias em sala de aula, e até fora dela, como prosseguir se na graduação há uma carência de ensino? Como prosseguir com essas mudanças se os pais muitas vezes não entendem e não sabem como ajudar seus filhos na didática enviada? e na graduação, esse crescimento das aulas EAD se dão pelo valor dos cursos, mas cabe as outras universidades que são presenciais modificar seus métodos para um ensino que aparenta não ser tão "qualificado" quanto o presencial?

    -Eduarda Thaís dos Santos

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    1. Muitas perguntas Eduarda, bem vamos tentar dialogar a partir das suas reflexões. Bem, no país de fato há uma estrutura muito precário em algumas regiões e cabe a nós cobras das autoridades as iniciativas necessárias. Sobre os professores não dominares as ferramentas eu creio que isso é mais um mito do que uma realidade visto que a grande maioria já utiliza recursos como comunicadores, drives virtuais e outras recursos do cotidiano que já permitiriam alguma inserção tecnológica. Sobre o EaD, creio que é debate que seria muito extenso para esse espaço. Mas fico à disposição.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  54. Boa noite, Professor, excelente reflexão!
    Como você mesmo citou no texto, há uma grande aceitação do alunos em relação às atividades tecnológicas, porém sabemos que também há uma grande desigualdade no que diz respeito ao acesso à internet. Quais as possíveis medidas para acabar ou amenizar essa desigualdade?


    Loize de Souza Gama

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    1. Loize, precisamo cobrar das autoridades melhores estruturas nas escolas.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  55. Olá Prof. Arnaldo Martin Szlachta Junior
    Antes de tudo, gostaria de parabenizar-lhe pelas reflexões trazidas, são muito enriquecedoras para área/campo do Ensino de História, principalmente, nesse contexto de pandemia do novo coronavírus, onde professores tentam construir "aulas" utilizando tecnologias virtuais, muitos deles, é importante pontuar, também no contexto de pressão, tensão, medo. Muitos resultados estão aqui anunciados no texto - cópia de uma escola, um professor, um ensino de história do século XIX em pleno século XXI, contudo, mas problemática, porque ainda em muitas aulas de História se ensina o que se ensinava no século XIX. Tenho observado no trabalho formando professores e acompanhando práticas de ensino, a perda do sentido do ensino de História, também, da escola (isso é anterior ao covid-19), e relaciono a precarização do trabalho docente, a desqualificação das Ciências Humanas, a despreocupação com a formação do professor da educação básica (na graduação), despreocupação com a formação do professor da educação básica e do ensino superior (pós-graduação), relativo a conteúdos/conhecimentos/metodologias necessárias ao exercício da docência, magistério, dentre eles, apropriação/domínio das tecnologias digitais/virtuais, um debate antigo, como dito, que não é um problema/questão específica dos professores da educação básica, já que se manifesta também na universidade, nos cursos de formação de professores. Muitas escolas, comunidades, alunos e professores não têm internet, que permita desenvolver/realizar o trabalho docente/escolar (isto é muito diferente de ter acesso a um aparelho/plano de celular pré-pago!!!), como já pontuado, não têm sequer energia elétrica. Como podemos observar, trata-se de problemas históricos na história da profissão docente/formação de professores/do ensino/da edducação. Também omissão, negligência, abandono, descaso em relação a estrutura/arquitetura escolar/Plano de Educação por parte do Estado/Governo/Secretarias de Educação, que transferem suas responsabilidades - de pensar um projeto de escola, de educação, atento as especificidades, particularidades, diversidade de cada comunidade -, aos professores. Negando-lhes, inclusive condições materiais/emocionais para realização de um projeto de ensino e aprendizagem, de fato, significativo. Então, qual o teu olhar, teu entendimento, teu pensamento a respeito dessas questões por mim levantadas? É importante também destacar, o trabalho como documentos, o que tem produzido práticas, vivências e experiências interessantes. Para terminar, o que ensinar nas aulas de História hoje, agora, no contexto da pandemia, do isolamento, do distanciamento social? Que temas e objetos tratar nas aulas de História?
    Saudações!!
    Atte.
    Eliane Brito Silva.

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    1. Eliane, você trouxe uma série de reflexões que tentarei comentar. Bem sobre a precariedade das escolas não há receita pronta para isso, temo sim que cobras isso de nossas autoridade governamentais. Sobre a formação de professores eu discordo em parte, pois temos sim isso presente em certas instituição, falo isso com propriedade de causa da UFPE, mas concordo que devemos fazer uma expansão, mas penso que não devemos ensinar os professores a usar aplicativos pois isso já é recorrente e na maioria das vezes acontece de maneira instintiva, o que temos que fazer é propor um trabalho sobre as metodologias possíveis.


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior


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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  56. Boa reflexão prof. Realmente a situação do ensino à distância nos foi imposta de uma forma muito urgente nesse período de pandemia. Todos nós, professores e alunos , fomos surpreendidos e de uma hora pra outra, literalmente, tivemos que nos adaptar a uma nova situação. Nesse sentido lhe pergunto, se pela excepcionalidade do momento que estamos vivendo, o fato de estarmos nos adaptando a esse novo sistema de ensinar e de interagir , via internet, sem termos as ferramentas adequadas não acabará tendo um impacto negativo na aprndizagem? E os professores, que estão exaustos e sofrendo pressões de todos os lados, não ficarão mais reativos Ainda a incorporar novas tecnologias e formatos na sua forma de ensinar?

    Att,
    Mônica Karawejczyk

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    1. Olá Mônica, muitas dessas questões teremos respostas apenas após esse período, mas o que venho escutando na mídia é que o possivelmente o mundo não seja o mesmo pós essa situação. Sobre sobrecarregar professores, penso que isso é uma situação que já se agravando a décadas, entretanto vejo que a pandemia só escancarou mais ainda essa triste realidade.

      Att
      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  57. Professor, de fato não devemos descatar a tecnologia e seus benefícios. Como bem destacado no texto o Brasil ainda é muito retrógrado quanto a acessibilidade de internet nas classes sociais mais baixas. Mediante ao cenário atual do ganho de forças das aulas virtuais e do ensino a distância, acreditas que isto será utilizado como um fator de embasamento para os atuais governantes neoliberais justificarem e executarem um processo de desmonte ao ensino público gratuito e presencial?

    Att: Andrisson Ferreira da Silva

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    1. Com toda certeza Andrisson, precisamos estar atentos e não permitir um EaD que visa precarizar a educação, aliás pessoalmente eu não concordo em EaD para a educação básica, mas sim a aplicação de ações tecnológicas na escola.

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      Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  58. Estimado Prof,
    Em nome da Mesa de Ensino de História: Teorias e Metodologias, gostaria de agradecer por compartilhar o seu conhecimento conosco. O seu trabalho foi um diferencial em nosso evento. É perceptível o quanto as suas reflexões motivaram e incentivaram os leitores. Obrigado!

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  59. Arnaldo, relendo as discussões, coloco um questão: não deveríamos ampliar os aspectos levantados pelo seu texto a partir de um diálogo teórico com o materialismo histórico? Falar em acesso à tecnologia não perpassa por falar em luta de classes? obrigada

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