CONTRIBUIÇÕES DA HISTORIOGRAFIA DO ENSINO HISTÓRIA PARA
A PROBLEMÁTICA DO ENSINO DE HISTÓRIA NO AMAZONAS
Atualmente o campo educacional vem permitindo
diversos debates sobre o ensino, além das disciplinas escolares e a escola em
si, mesmo que tenhamos avançado neste campo de pesquisa os debates ainda
precisam ser repensados, pois trata-se de uma temática abrangente e dinâmica que
permite muitas possibilidades.
Em uma revisão historiográfica sobre o
ensino de história e a história da disciplina, podemos perceber que este campo
já nos permite uma longa discussão e contextualização acerca do assunto, pois
seguindo a temporalidade teremos em diversos momentos do ensino diversas
especificidades que devem ser pensadas e analisadas a finco, por exemplo; como
se deu o processo de institucionalização da disciplina nas escolas, como ela
foi encarada ao longo do tempo, o que ela representou em determinados momentos
históricos, entre outros aspectos.
A partir dos textos estudados, vimos que o
campo educacional quando posto em debate, seja em qualquer aspecto ainda
precisa ser explorado, mas pensando o campo histórico tendo como objeto o
Ensino de História ou a disciplina de História em diversos momentos teremos uma
representação diferenciada, pois a própria história por ter como objeto o homem
no tempo já nos traz a subjetividade humana e dependendo do ponto de vista e o
enfoque da pesquisa estará sempre aberto para novos estudos e discursos.
Em um balanço historiográfico sobre a História
e a Historiografia do Ensino de História, tivemos contato com os principais
textos voltados para a história do ensino e da disciplina de História, de um
modo geral e amplo, por isso se pensarmos em um contexto regional ou local teremos
então um amplo e diversificado campo de pesquisa, pois atualmente temos um
número pouco expressivo de estudos sobre a História do Ensino de História no
Amazonas, mas os textos, mesmo poucos, nos permitem ver
possibilidades em aberto para futuras pesquisas com temáticas voltadas para o
ensino no Estado, o que discutiremos mais à frente.
De início temos Chervel [1990], chamando a
atenção para a história das disciplinas escolares, iniciamos com algumas
reflexões, primeiramente, se a história das disciplinas faz algum sentido de
ser e de fazer? Quando se iniciou esse interesse? Além de pensar a própria
ideia inicial do significado de disciplina. No entendimento de Chervel, não
estaria atrelado a ideia do sentido atual, pois houve todo um processo em torno
da palavra antes de ter o sentido que conhecemos hoje. A contextualização
histórica sobre o termo “disciplina” ainda no século XIX gira em torno do
sentido de conduta ou mesmo comportamento.
A disciplina escolar nasce a partir da
necessidade de divulgar as ciências de referência de uma forma mais didática
dentro do âmbito escolar, onde foi necessário a partir das concepções
pedagógicas fazer as adaptações necessárias, ou seja, criar metodologias que
possibilitassem a apreensão dos alunos diante aos conteúdos mais complexos.
Unindo as ciências de referência e as disciplinas escolares temos um conjunto
de saberes que são úteis para a composição da escola em relação aos seus
conteúdos, que juntos fazem parte do saber escolar.
Um dos problemas que os autores levantam,
tanto no caso francês como o de Chervel, ou no caso do Brasil com Nadai, é o
fato da conservação dos documentos que resguardam as memórias da escola. Outro
fator também é que por muito tempo a História da Educação pensou a ser a
história das instituições, sem levar em conta as disciplinas ou mesmo os
conteúdos e as metodologias, pensando a produção escolar, ou seja, tudo que a
escola produzia.
Entretanto, fazendo uma breve reflexão no
caso do Brasil, essas pesquisas sobre História da Educação apenas se deu na
segunda metade do século XX, com a abertura dos cursos de Pós-Graduação e a
criação de Grupos de Pesquisas voltados para a Construção da História da
Educação, mas o que queremos falar aqui é que o caso francês não se difere
tanto assim do brasileiro, pois mais uma vez assuntos mais específicos e
delimitados, como a própria história das disciplinas se tornou um assunto que
só seria pensado mais tarde, em segundo plano, o problema foi que a falta de
preservação não permitiu o resgate de muita produção escolar ou dos saberes que
compõem a escola.
A finalidade da escola não foi tão pensada
quanto a história das instituições, essas produções vão ocorrer apenas depois
que já temos um vasto conteúdo voltado para temas mais abrangentes, esse campo
de pesquisa só será pensado com as mudanças de paradigmas, e da própria escrita
da história, pois anteriormente os textos oficiais foram os mais utilizados
como fontes de pesquisa, não que isso não seja o suficiente, mas a História
Cultural nos permitiu trabalhar e ver novas possibilidades de pensar a escola e
tudo que dela faz parte.
Com Viñao [2008], temos sobretudo um
contexto histórico sobre a constituição da história das disciplinas escolares,
descrevendo diversos processos para a consolidação. O autor, tem como base
teórica fundamental Chervel, com o contexto das disciplinas escolares e Julia
[2001] com o conceito de cultura escolar, ambos são tidos como percussores para
a compreensão destes processos na Espanha. O importante de todos esses autores
e suas pesquisas é que assim podemos pensar o mesmo processo no âmbito
brasileiro, não apenas fazendo comparações, mas articulando e analisando
discursos para compreender os processos históricos da constituição das
disciplinas no Brasil.
Todos estes textos nos abrem os caminhos para
pensarmos a constituição dos currículos e sua construção e sobre a
institucionalização das disciplinas e como elas se articulavam com as suas ciências
de referência, bem como pensar a cultura escolar como campo que designa tudo
que faz parte da escola e do saber escolar, levando em consideração as
intervenções externas e internas a escola. [Julia, 2001]
Um dado em comum tanto de Chervel e tempos
depois com Viñao é a pergunta referente ao sentido das disciplinas escolares. E
qual seria? No caso da disciplina de História, muito tem sido questionado e
pensado em diversas vertentes, desde a dificuldade de metodologias até sua
finalidade, e também de compreender seu papel social. Inúmeros trabalhos são
apresentados com intuído de avançar nesse sentido, mas o contexto educacional e
a forma como a disciplina de História no contexto brasileiro se deu pode
explicar um pouco sobre os motivos desses desafios que enfrentamos hoje.
E neste sentido podemos falar sobre as
contribuições de Nadai [1993], que na Revista Brasileira de História escreveu
sobre o processo de institucionalização da disciplina de História no Brasil,
desde seu início até a década de noventa. Importante pensar que mesmo que a
autora tenha feito esses estudos nesse período o tema ainda é contemporâneo,
pela amplitude que o campo de pesquisa alcançou.
Nadai discute sobre o lugar social da
História como disciplina escolar no Brasil, discorrendo sobre as crises e sua
função no decorrer dos processos sociais e políticos do Brasil. Conseguimos
perceber em seu texto claramente sua função no século XIX, quando ainda era
dada no Ginásio Nacional [Colégio Dom Pedro II] do Rio de Janeiro, neste
período a sua finalidade era constituir um sentimento de pertencimento, de
patriotismo, de nacionalismo, mesmo que isso custasse alguns equívocos da
escrita da história, como por exemplo, a falta da inserção dos índios e dos
negros como base da formação social do Brasil.
Com Nadai podemos entender o percurso da
disciplina de História, que surgiu na França com a ideia de laicização da
sociedade, e a formação das nações modernas, no caso Brasil não foi tão
distinto, e até as Escolas Normais que estavam voltadas para a formação de
professores, primavam por uma conduta exemplar que pudessem pensar a formação
de novos cidadãos.
O IHGB [Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro] foi uma importante instituição para o processo de organização da
memória nacional, e no ponto de vista de Schwarcz “por criar uma história para
a nação” [1993, p. 33], além da preservação dos documentos históricos, e até
mesmo do preparo de material didático para serem usados no Ginásio Nacional, e
que deveria servir de exemplo para os demais Estados. O Ginásio Nacional, ainda
no final do século XIX, antes da República funcionou como estabelecimento
padrão de ensino, datando a inserção dos estudos históricos na disciplina de
História a partir do ano de 1838, data de sua criação.
A disciplina se estabeleceu no ensino
secundário, voltado para o preparo seriado dos alunos para adentrarem no ensino
superior. O Colégio Pedro II, era bastante seletista em seus critérios
admissionais e primava pela formação dos futuros dirigentes do Estado. E como
era um modelo nacional seus programas e métodos eram seguidos em outras
localidades, como no caso do Gymnasio Amazonense, que tinha seus anseios de
equiparação ao Ginásio Nacional.
Se a partir disso pensarmos a constituição
do ensino de História no Amazonas ainda no século XIX, as dificuldades se
aproximam como nos lembrou Chervel anteriormente, estaríamos diante do problema
da conservação documental, não que isso impossibilite a pesquisa, mas que
teríamos uma documentações mais restrita para a produção de pesquisas.
Atualmente temos o CEDOC-CADPII [Centro de
Documentação do Colégio Amazonense D. Pedro II], que pode nos proporcionar um
bom acervo documental para pesquisa e a compreensão tanto no âmbito
institucional quanto do ensino e a constituição da disciplina de História no
Amazonas. São vastas as documentações, desde mensagens trocadas entre os
dirigentes da Província do Amazonas até os programas de todas as disciplinas
ministradas no colégio, mas que precisam ser preservadas e catalogadas por
profissionais especializados.
Em relação a historiografia do ensino e a
questão da cultura escolar temos um leque de propostas, porém ainda com
diversas lacunas que devem ser pensadas no Amazonas, e em várias temporalidades
temos diversas temáticas a serem estudadas, pois existe uma grande necessidade
de produções acerca do Ensino de História no Amazonas e no próprio campo
educacional. O próprio Gymnasio Amazonense seria um grande testemunho dos
processos históricos educacionais e das finalidades do ensino de História no
Amazonas no final do século XIX.
Tentaremos expor algumas possibilidades de
pesquisas a partir da documentação que temos conhecimento de sua existência no
CEDOC-CADPII, por exemplo: os programas de ensino usados na instituição; os
relatórios internos, os livros de registro dos alunos e dos professores
catedráticos; os documentos referentes ao Ensino Secundário e a Escola Normal
que funcionaram na mesma instituição; os processos de seleção de candidatos às
vagas do Gymnasio, dentre outras possibilidades.
Se pensarmos a partir do texto de Elza
Nadai, que pensou o ensino no Brasil atravessando o século XIX, a Era Vargas, a
Ditadura Militar, o Período de Redemocratização, teríamos aí um longo caminho a
percorrer no caso do Amazonas e o Ensino de História dentre muitos outros
aspectos.
O Próprio Gymnasio Amazonense como objeto
de pesquisa poderia servir de exemplo para todas essas questões, pois esteve presente
em todos estes recortes temporais. Foram muitas movimentações históricas que
este colégio presenciou e que também fez parte.
As produções de referência, em um balanço historiográfico
do campo educacional no Amazonas, poderíamos iniciar a partir da obra “A
instrução no Amazonas”, publicado em 1927, por João Batista de Farias Souza.
Consiste em um comemorativo do centenário da instrução a partir da Lei de 15 de
Outubro de 1827. Seus esforços se concentram em um aparato geral da educação no
Amazonas desde a criação da Província. Décadas depois temos Júlio Benevides
Uchôa com “Flagrantes educacionais do Amazonas de ontem”, publicado em 1966,
descreveu o sistema de ensino em vigor desde o primeiro decreto até a
Proclamação da República, pensando as diversas transformações educacionais
ocorridas no tempo.
Em outro momento temos a obra de Assislene
Barros da Mota, “A Escola Normal na Província do Amazonas [1880-1890], publicada
em 2012, trata de uma instituição específica, apesar de sua contextualização
histórica, sua ênfase se concentra na Escola Normal, instituição responsável
pela formação de professores para o ensino primário no Amazonas. Outro trabalho
que deve servir de alicerce é a tese “Clio em seu Artesanato Local: Culturas e
Saberes Escolares sobre História no Amazonas [1930-1937]” do autor Tarcísio
Serpa Normando [2014]. Seu trabalho é fundamental para pensarmos a cultura
escolar, o ensino de história, e a própria História da Educação no Amazonas.
Quando iniciamos esse texto falamos sobre a
História da Educação e como foram surgindo pesquisas sobre este campo no
Brasil, como vimos esteve alicerçada as produções de outros países que
influenciaram a escrita no Brasil. E muitos temas foram sendo desdobrados a
partir dos grupos de pesquisas que foram sendo criados, entretanto em se
tratando de Manaus ainda não temos tantas produções sobre a História da
Educação no Amazonas, e mais ainda sobre o Ensino de História, e boa parte
delas foram produzidas em temporalidades distintas.
E todos as possibilidades de pesquisa que
antes comentamos sobre o Gymnasio Amazonense servem para qualquer outra
instituição educacional no Amazonas, discutir sobre currículos, programas de
ensino, como se estabeleceu o Ensino de História em várias temporalidades, o
próprio Ensino de História do Amazonas, dentre outras possibilidades estão
abertas para estudo.
No caso do texto de Normando, temos
diversas discursões sobre o Ensino de História como objeto de estudo no
Amazonas, sendo pioneiro nessa temática, além de pensar a cultura escolar, as
disciplinas escolares, e as fontes para as pesquisas, trazem um vasto acervo e
muitos documentos que podem ser usados para futuras pesquisas no Estado, pois apesar
de seu pioneirismo, uma pesquisa não daria conta de toda uma discussão de um
amplo campo de estudo.
Seu recorte temporal se inicia na década de
trinta do século XX, mas não deixou de pensar nos primeiros processos de
institucionalização da disciplina de História no Amazonas desde o século XIX. Mais
adiante seu texto fala sobre o IHGA e sua relação direta com Arthur Cezar Reis
que foi muito importante para a construção de uma identidade amazonense. Como
já sabemos a própria disciplina de história foi considerada um vetor para este
tipo de discurso, principalmente por conta das políticas educacionais vigentes.
Por isso Normando diz que Arthur Reis foi
ambicioso, pois seu projeto era criar uma história local para que fizessem
parte do contexto nacional, e seu trabalho foi volumoso a fim de construir essa
história local, além de pensar em levar todos esses conhecimentos para dentro
dos muros das escolas do Amazonas.
A princípio seria necessário pensar como
esses conteúdos chegariam as escolas, pois no caso do Ensino Secundário, seus
programas eram extensos e o espaço para inserção de uma História local seria
bem difícil, mas o propósito deveria dar continuidade até o ensino primário,
entretanto uma das dificuldades era encontrar professores habilitados para
trabalhar esses conteúdos.
Muitos aspectos são trabalhados nesse
estudo sobre o contexto educacional no Amazonas na década de trinta, desde a
finalidade do IHGA, que foi fundado em 1917, e seu rompimento com os discursos
republicanos do final do século XIX, até a o Governo de Vargas, visando
demonstrar os aspectos próprios da educação no Amazonas nesse período. Outro
aspecto abordado por Normando, foram as teses para provimento das cadeiras de
História do Ensino Secundário, que de modo geral não estavam tão preocupadas em
falar sobre o contexto amazônico, ou mesmo sobre a região, poucas tem seus
esforços voltados ao que Artur Reis pensava e pretendia.
Por fim, deixaremos aqui nossas percepções
sobre a historiografia do ensino e da história da educação, bem como algumas
contribuições para pensarmos uma escrita de cunho local, que como podemos
perceber são muitas no âmbito da pesquisa histórica educacional, além dos desafios
deste campo, que dentro de uma temporalidade diversas lacunas históricas que
precisam ser estudadas, mesmo para a construção da História da Educação do
Amazonas quanto das outras vertentes voltadas para o ensino e as disciplinas
escolares.
REFERÊNCIAS
Márcia
de Nazaré Tavares é Professora de História na Secretaria de Estado de Educação
do Amazonas [SEDUC-AM], cursando Mestrado em História Social pelo Programa de
Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas [UFAM].
CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de
pesquisa. In Teoria & Educação, n° 2. Porto Alegre: Panorâmica Editora,
1990.
JULIA, Dominique. A Cultura Escolar como Objeto Histórico. Revista Brasileira de História
da Educação, n° 1, jan./jun. 2001.
NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista
Brasileira de História, São Paulo, v. 13, n° 25/26, set.92/ago.93.
NORMANDO, Tarcísio Serpa. Clio em seu Artesanato Local: Cultura e
Saberes Escolares sobre História no Amazonas [1930-1937]. UNIVERSIDADE FEDERAL
D AMAZONAS. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIEDADE E CULTURA NO AMAZONAS.
Manaus, 2014.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas,
instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das
Letras, 1993.
SOUZA, João Batista de Farias. A instrução no Amazonas. Primeira
parte, Manaós, 1927.
UCHÔA, Júlio Benevides. Flagrantes educacionais do Amazonas de
ontem. Série Euclides da Cunha. Vol. VII. Edições do Governo do Estado do
Amazonas, 1966.
VIÑAO, Antonio. A história das disciplinas escolares. Revista Brasileira de
História da Educação, n° 18, set./dez. 2008.
Márcia, gostaria inicialmente de parabenizar pelo seu trabalho e seu interesse em assumir um compromisso e responsabilidade tamanha sobre a história da educação no Amazonas, uma vez que até certo tempo e não faz tanto assim, a quantidade de aportes historiográficos era baixo e até mesmo desconhecido, no entanto, viemos acompanhando este discorrer e ampliando os alcances e possibilidades de pesquisa.
ResponderExcluirGostaria que você me respondesse, de que maneira o âmbito acadêmico de graduação poderia colaborar mais incisivamente com o ensino básico, mais precisamente no ensino de História do Amazonas?
Rodolpho Vieira
olá! Rodolpho, obrigada pela contribuição.
ExcluirAtualmente grandes esforços vem sendo direcionado para a pesquisa no campo da História da Educação, entretanto no Amazonas nosso quantitativo ainda precisa ganhar mais, não apenas em números mais também em especificidades. Neste sentido a História do Amazonas ganha muito com a pesquisa, novos estudos podem ser disponibilizados para os professores que atuam diretamente com o ensino.
Márcia de Nazaré Tavares
olá! Rodolpho, obrigada pela contribuição.
ResponderExcluirAtualmente grandes esforços vem sendo direcionado para a pesquisa no campo da História da Educação, entretanto no Amazonas nosso quantitativo ainda precisa ganhar mais, não apenas em números mais também em especificidades. Neste sentido a História do Amazonas ganha muito com a pesquisa, novos estudos podem ser disponibilizados para os professores que atuam diretamente com o ensino.
Márcia de Nazaré Tavares
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ResponderExcluirBoa Noite Márcia!
ResponderExcluirAntes de mais nada parabéns pela pesquisa sobre a História da Educação no Amazonas, tema que aprecio e quero conhecer mais ainda. No decorrer de seu texto, há muitas "deixas" de temas, você diz que há vários campos que precisam de investigações. O primeiro questionamento que me fiz foi por que o tema não é muito explorado pelos pesquisadores? Além do mencionado, que é precária conservação dos documentos. Segundo questionamento é de que maneira a investigação dessa área é incitada para que pesquisadores possam ter mais interesse, seja nas Universidades ou grupos de pesquisa? E sobre a História Regional como a História da Educação no Amazonas ampara esse tema?
Sara Moreira dos Reis.
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ExcluirObrigada pelas questões Sara! Vamos lá tentar esclarecer.
ExcluirQuando falamos em pesquisa no campo educacional no Amazonas elas obviamente existem e são vastas, no campo pedagógico, metodológico, e ainda feito por várias ciências, entretanto quando tratamos da História da Educação, como se configurou, desde a criação da Província, dentre outros aspectos mais específicos, tudo isso vai afunilando de tal modo que fica quase escasso ou disperso. Primeiramente que os arquivos do Estado precisam de melhorias desde o atendimento até a conservação ou catalogação. e isso afasta alguns pesquisadores, poucas produções exigem mais esforços na escrita, pois acabamos por nos deparar com escassos embasamentos teóricos. Os textos que temos para a História da Educação local observam temporalidades distintas e precisam ser revisados para surgirem novas publicações e assim chegaremos aos bons resultados. Espero ter ajudado!