Aaron Sena Cerqueira Reis


A TEORIA DE RÜSEN E O ENSINO DE HISTÓRIA: POSSIBILIDADES DE PESQUISA A PARTIR DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA


Neste texto, propomos uma reflexão acerca da teoria da história de Jörn Rüsen e sua relação com o ensino de história. Mais especificamente, pretendemos vislumbrar algumas possibilidades de pesquisa no campo da história ensinada a partir do conceito de consciência histórica. Relacionado aos processos de construção do pensamento histórico, este conceito favorece a compreensão de memórias e identidades forjadas a partir da experiência humana no tempo, além de promover uma renovação nos estudos que tem a história e seu ensino como escopo.

Professor emérito da Universidade de Witten-Herdecke [Alemanha], Rüsen tem uma vasta produção no campo da História, Filosofia, Antropologia e Historiografia, “debruçando-se sobre as grandes linhas culturais do mundo contemporâneo – em seus contatos e seus estranhamentos” [Martins, 2010, p. 7]. De acordo com Wiklund [2008, p. 22], o pensador está relacionado a uma geração de intelectuais “que cresceu depois da guerra” e adotou “a perspectiva da modernização sobre o desenvolvimento social e cultural com uma interpretação essencialmente positiva da modernização e da racionalização”.

Considerando que o pensamento do teórico esteve alinhado à virada sociológica dos anos 1960 e 1970, Rüsen [2015, p. 26] enfrentou o desafio de, por um lado, não recusar radicalmente a tradição historicista que o influenciou, articulando, por outro lado, as “concepções analíticas pós-historicistas da história social com os modos neo-hermenêuticos de pensar”. Ou seja, para o intelectual, não obstante os apelos transdisciplinares que “desacreditaram as pretensões de racionalidade do conhecimento”, o historiador não deve eximir os resultados de sua pesquisa da “pretensão controlável de validade” [Rüsen, 2015, p. 27]. Esta ideia resulta da compreensão de que “razão” e “racionalidade” são “histórica e culturalmente situadas”, ponto de partida da sua teoria [Wiklund, 2008, p. 25].

No Brasil, o intelectual ficou conhecido, sobretudo, com a tradução da trilogia Razão histórica [2001], Reconstrução do passado [2007] e História viva [2007], obras que compõem seus Fundamentos de uma teoria da história, publicados originalmente na década de 1980. Desde então, houve uma crescente recepção do pensamento rüseniano nas pesquisas em história e seu ensino. Talvez por este motivo suas ideias e conceitos não devam ser ignorados, muito embora isso exija um olhar mais cauteloso por parte de pesquisadores/as, a fim de evitar apropriações, reducionismos e simplificações inadequadas de sua obra [Oliveira, 2012].

Sem desconsiderar as dificuldades impostas pelo pensamento de Rüsen, esperamos que esta reflexão possa contribuir com algumas lacunas observadas em seu trabalho, principalmente quando se busca a ideia de ensino de história, tais como “o caráter abstrato da discussão; a ausência de comentadores dedicados à propedêutica; o sutil distanciamento entre os conceitos, a exemplo de cultura, e de cultura histórica, formação, aprendizado e consciência histórica”, além da expectativa criada em torno da obra deste filósofo [Freitas; Oliveira, 2014, p. 230].

Como dissemos, a teoria da história de Rüsen suscita diferentes possibilidades de pesquisa, sobretudo na área de história e seu ensino. Após um trabalho de revisão de literatura acerca da recepção do pensamento deste teórico para os estudos desenvolvidos no Brasil, Barom [2015] sintetizou as contribuições de Rüsen em cinco aspectos: 1] articula o pensamento histórico regulado cientificamente com a vida prática, favorecendo à construção individual ou coletiva de orientação no tempo; 2] refuta a ideia de história como literatura ou ficção, embora reconheça a produção narrativa como meio de atribuição de sentido à experiência histórica; 3] abre espaço ao conceito de cultura histórica, permitindo, desse modo, o reconhecimento de outras formas de pensar a sociedade historicamente; 4] amplia a concepção de Didática da História; e 5] valoriza as ideias dos estudantes por meio do desenvolvimento da competência narrativa.

Tais premissas corroboram e sintetizam a opinião de muitos estudiosos/as [Saddi, 2016; Alves, 2011; Assis, 2010; Martins et. al., 2015; Cerri, 2011; Schmidt, 2014]. Segundo comentadores/as, os conceitos expressos por Rüsen apresentam-se de maneira imbricada, não obstante serem apropriados de maneira isolada, seja para fundamentação de pesquisas empíricas ou como objeto de análise. Dentre estes conceitos, o mais expressivo é a noção de consciência histórica [Oliveira, 2012; Barom, 2012]. Em estudos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros, este conceito apresenta diferentes tendências, dentre elas, poderíamos destacar: 1] uma prática textual que assume a consciência histórica como sinônimo de pensamento histórico; 2] a possibilidade de manipulação desta ideia no ambiente escolar; 3] a intenção de medi-la a partir da identificação de tipologias; e, finalmente, 4] a identificação prática destas produções de sentido via narrativa histórica [Barom, 2012].

Em pesquisa sobre a consciência histórica de estudantes dos ensinos Fundamental e Médio [Reis, 2019], entendemos este conceito como um dos elementos constituintes do pensamento histórico dos jovens. Neste sentido, valorizamos, sobretudo, o conjunto de ideias relacionado ao nível da vida prática, onde percebemos manifestações prévias de conhecimentos advindos da cultura histórica do grupo. Em nosso trabalho, não nos preocupamos em manipular ou dimensionar a consciência histórica por meio de tipologias, nos limitando, tão somente, a identificar os sentidos expressos em narrativas.

Não obstante à perspectiva que adotamos, é preciso reconhecer que a consciência histórica não tem exclusividade no pensamento de Rüsen. Para Gadamer [2003, p. 17], por exemplo, o conceito está relacionado a um tipo de “privilégio do homem moderno”, por meio do qual se adquire “plena consciência da historicidade de todo presente e da relatividade de toda opinião”. Nesta perspectiva, o sentido histórico é construído a partir da “compreensão” do passado em seu “próprio contexto”, operação que caracteriza as ciências humanas como uma prática reflexiva “com relação a tudo que lhe é transmitido pela tradição” [Gadamer, 2003, p. 18]. A concepção de Gadamer nos leva a entender que, a consciência histórica apenas existe mediante o desenvolvimento de orientações do tipo moderno. Rüsen, ao contrário, postula que:

“A consciência histórica não é algo que os homens podem ter ou não – ela é algo universalmente humano, dada necessariamente junto com a intencionalidade da vida prática dos homens. A consciência histórica enraíza-se, pois, na historicidade intrínseca à própria vida humana. Essa historicidade consiste no fato de que os homens, no diálogo com a natureza, com os demais homens e consigo mesmos, acerca do que sejam eles próprios e seu mundo, têm metas que vão além do que é o caso” [Rüsen, 2001, p. 78-9].

Ainda assim, este pensamento suscita divergências. Munakata [2015], por exemplo, revela seu incômodo em relação ao conceito de consciência histórica e critica o “dogmatismo” com que pesquisadores brasileiros se apropriam da teoria da história de Rüsen. Em seu olhar, o problema inicia com os fundamentos da ciência histórica que, embora sugira um “processo abstrativo”, não demonstra como o conhecimento histórico se constitui como “um processo genérico e elementar do pensamento humano”, nem como se extrai a “particularidade científica” do seu produto cognitivo. Deste modo, considera a ideia de consciência como uma “ilusão filosófica” e acusa a teoria de Rüsen de “máquina homogeneizadora”, em que não importam “os modos particulares com que grupos culturais distintos se relacionam com a temporalidade e suas narrativas, mas o fato de que todo e qualquer ser humano relaciona-se com o tempo e constrói narrativas” [Munakata, 2015, p. 73].

De fato, um relance sobre a obra de Rüsen pode nos causar um certo incômodo. Porém, um olhar mais acurado permite-nos enxergar o potencial do pensamento deste teórico para o principal campo de atuação dos/as historiadores/as. Conforme Cerri [2011, p. 16], a estrutura da consciência histórica está relacionada ao ensino de história na medida em que favorece a mobilização e manipulação do conhecimento sobre o passado “para produzir tais ou quais efeitos públicos e privados, coletivos ou individuais”. Por este viés, o/a professor/a de história deve ser considerado/a um protagonista, pois participa da “constituição das identidades dos outros” ao tempo em que constrói parte de sua própria identidade pessoal, política e profissional [Cerri, 2011, p. 16]. Em outras palavras, o/a professor/a de história é

“um intelectual capaz de identificar os quadros de consciência histórica subjacentes aos sujeitos do processo educativo – inclusive o seu próprio – e de assessorar a comunidade na compreensão crítica do tempo, da identidade e da ação na história” [Cerri, 2011, p. 17].

Para Lee [2004], a proposta de Rüsen surge como uma ideia capaz de “reconceitualizar” uma área de estudo e pesquisa acadêmica. Nesta perspectiva, a consciência histórica pode cobrir questões que dão suporte aos estudos da educação histórica, pois este conceito denota que a orientação no tempo não é um movimento opcional e, também, concebe o passado de maneiras “radicalmente diferentes do discurso metodologicamente explícito” [Lee, 2004, p. 5, tradução nossa]. Calcada nesse pressuposto, a educação histórica pode contribuir para que jovens em situação escolar construam sua própria estrutura do passado de uma maneira coerente, significativa e utilizável, entendendo que as narrativas podem ser abertas a modificações. Em outras palavras, com a perspectiva da consciência histórica, podemos evidenciar o passado utilizado pelos/as estudantes e, a partir de suas ideias, refletir sobre o que eles/as realmente sabem [Lee, 2004].

Embora evidencie “questões sobre o desenvolvimento de tipos de orientação para o passado”, a tipologia de Rüsen “não oferece um modelo de desenvolvimento das ideias dos alunos sobre a natureza da história como disciplina” que possa ser operacionalizado na educação histórica [Lee, 2004, p. 32, tradução nossa]. Para Lee,

 “isso não quer dizer que a tipologia seja incorreta ou inútil, mas apenas reconhece que na compreensão das concepções da história e do passado dos estudantes, precisamos ser capazes de buscar diferentes tipos de perguntas, as quais nos conduzirão a diferentes tipologias” [2004, p. 37, tradução nossa].

É o que evidenciam estudos como os de Alves [2011]. Ao comparar os processos de formação da consciência histórica entre estudantes brasileiros e portugueses, o pesquisador categorizou as diferentes formas de orientação, expressas em narrativas escritas, segundo a tipologia de Rüsen. Dentro deste quadro, houve uma subcategorização em que foram privilegiados conceitos meta-históricos como os de explicação, evidência, compreensão e significância históricas, denotando diferentes níveis de desenvolvimento do pensamento histórico.

No campo da didática da história, von Borries [2014] tem privilegiado estudos empíricos acerca da consciência histórica, buscando avaliar instrumentos de pesquisa e a competência histórica de estudantes de maneira a mitigar as lacunas entre teoria e prática. O pesquisador tem demonstrado a importância de trabalhos comparativos – interculturais ou não – que permitem conectar a consciência histórica a conceitos como os de identidade [valores individuais ou coletivos], competência [capacidade crítica de comparar as culturas históricas] e cultura histórica [meio de produção e recepção da história]. Por meio deste conceito, von Borries [2014] atribui à história um sentido amplo, cuja compreensão se baseia no diálogo de interpretações de experiências temporais e na exposição narrativa. Deste modo, a história pode ser vista como um meio de comunicação, questionamentos e negociações.

Como objeto de pesquisa, a consciência histórica pode revelar quem somos, sobretudo a partir dos elementos identitários que compartilhamos. Estudos quantitativos em larga escala evidenciam que, não obstante a importância do ensino escolar, é preciso considerar sobretudo o papel dos meios de comunicação de massa no ensino de história [Angvik; Borries, 1997 apud Cerri, 2011], ou mesmo, a distância entre a história escolar, a história oficial e a história vivida pela comunidade [Carretero, 2010]. Por sua vez, ao focar grupos menores, os estudos qualitativos viabilizam a compreensão de aspectos mais específicos da consciência histórica que, apesar da dificuldade de elaboração de modelos teóricos, apropriam-se de narrativas em que a operação mental do indivíduo é capaz de sugerir diferentes formas de atribuição de significado ao tempo, bem como de orientação da vida prática.

Ao enfatizar o caráter humano do fenômeno da conscientização histórica, Cerri [2011] aproxima a ideia construída por Rüsen ao conceito de “conscientização” proposto por Paulo Freire. Neste sentido, o pesquisador reforça a ideia de que “consciência” não se trata de “algo que se tem ou não se tem, ou que se tem do jeito certo ou errado, ou que possa ser doado de um sujeito para outro” [Cerri, 2011, p. 66]. Em ambas as perspectivas, as ideias de conscientização ou conscientização histórica devem ser entendidas como um processo dialógico, em que os indivíduos conseguem expressar seus interesses, tendo como contraponto o interesse do outro. Assim, caberá à disciplina de história, não apenas “ensinar coisas”, mas sobretudo, gerenciar as ideias postas em relação, contribuindo com o desenvolvimento da “capacidade de pensar historicamente” [Cerri, 2011, p. 81].

Corroborando com esta perspectiva, Schmidt [2011] destaca a importância do conceito de “cultura” para ambos, Rüsen e Freire. Conforme a pesquisadora, os intelectuais incorporam “a cultura numa totalidade, como resultado da condição humana universal, como um conjunto ou produto da experiência humana, como um processo da tradição seletiva e como a ação humana na vida prática” [Schmidt, 2011, p. 110]. Ao fazê-lo, atribuem à ideia de consciência [histórica] uma função prática, por meio da qual reforçam a identidade dos sujeitos e fornecem “à realidade em que eles vivem uma dimensão temporal, uma orientação que pode guiar a ação, intencionalmente, por meio da mediação da memória histórica e, portanto, da cultura histórica” [Schmidt, 2011, p. 115].

Nesta perspectiva dialógica, a história fornece sentidos aos conteúdos narrados e possibilita o debate e a complexificação da consciência histórica trazida com o estudante para o ambiente escolar. Conforme Cerri [2011, p. 117], é justamente isso o que a matriz disciplinar de Rüsen propõe, ou seja, uma “articulação efetiva entre o conhecimento e a ação, entre ciência especializada e o uso cotidiano da história pelas pessoas”. Por meio desta matriz, o conhecimento se articula às carências de orientação que o originaram em ciclos que se renovam constantemente. Este modelo pode explicar o resultado prático do ensino de história e contribuir com “o desafio de trabalhar as identidades para além de seu objetivo inicial, que era a formação da cidadania” [Cerri, 2011, p. 121].

Relacionado ao conceito de consciência histórica, na perspectiva da didática da história alemã, o ensino de história pode ser renovado e seu valor atribuído à formação da competência narrativa [competência de experiência, de interpretação e de orientação]. Contudo, isso não significa que, devido à valorização da experiência vivida, o estudo deverá ser pautado exclusivamente em fatores imediatos ao cotidiano dos alunos, pois “a contribuição da história na escola não é somente a compreensão da própria realidade e a formação da identidade, mas também a concepção e compreensão da diferença, da alteridade” [Cerri, 2011, p. 126].

Diante do exposto, reconhecemos a importância do pensamento de Rüsen para a história e seu ensino. Concordando com Freitas e Oliveira [2014, p. 233], acreditamos que a teoria deste historiador, “enriquece o debate a respeito das finalidades e dos meios da disciplina escolar História”, muito embora, também compartilhamos da opinião de que, isoladamente, ela não deva ser “elevada à categoria de novo documento oficial do ensino de História no Brasil”. Ainda assim, ressaltamos a necessidade de compreensão da teoria da história de Rüsen, haja vista o impacto que suas ideias têm causado nas pesquisas em ensino de história.

REFERÊNCIAS
Aaron Sena Cerqueira Reis é Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Tiradentes.

ALVES, Ronaldo Cardoso. Aprender história com sentido para a vida: consciência histórica em estudantes brasileiros e portugueses. 2011. 322f. Tese [Doutorado em Educação] – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

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ASSIS, Arthur. A teoria da história de Jörn Rüsen: uma introdução. Goiânia: Editora UFG, 2010.

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CERRI, Luis Fernando. Ensino de história e consciência histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

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REIS, Aaron Sena Cerqueira. Brasil em tempos de crise: um estudo sobre a consciência histórica de jovens estudantes. 2019. Tese [Doutorado em Educação] - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. doi:10.11606/T.48.2019.tde-03102019-163614.

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SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Hipóteses ontogenéticas relativas à consciência moral: possibilidades em consciência histórica de jovens brasileiros. Educar em Revista, Curitiba, n.42, p.107-125, out./dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/n42/a08n42.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2018.

WIKLUND, Martin. Além da racionalidade instrumental: sentido histórico e racionalidade na teoria da história de Jörn Rüsen. História da Historiografia, n.1, p.19-44, ago. 2008. Disponível em:
<https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/24>. Acesso em: 26 jul. 2018.

28 comentários:

  1. Bom dia prezado Reis,

    Parabéns pelo seu texto. Eu tenho uma pergunta em particular acerca do debate de "consciência histórica". Na sua obra, Rusen identifica três elementos (experiência, orientação e interpretação) para alcançar a "aprendizagem histórica". Como elencar esse três pontos no ensino de História nas salas de aula?

    Tenho alguns textos sobre o tema, segue: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/457

    Abraços,
    Danilo Sorato Oliveira Moreira

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    1. Olá, Danilo,
      Baseando-me na teoria de Rüsen, penso que o ponto inicial seria identificar as “carências de orientação” dos estudantes ou, conforme a linha da Educação Histórica, buscar compreender as ideias prévias do nosso público. Acredito que estas operações estão interconectadas, mas, seguindo a matriz disciplinar do historiador, poderíamos pensar na identificação de experiências e na promoção de interpretações que, por sua vez, fomentariam a orientação no tempo. De toda forma, acredito que não haja uma “receita” específica, este é um desafio imposto a nós, professores e professoras do ensino básico – e, como se não bastasse, temos de lidar também com os revisionismos que, cada vez mais, tornam-se empecilhos em nosso trabalho.
      Obrigado pela indicação do artigo.
      Abraços,
      Aaron.

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    2. Sem dúvida, caro Aaron. O revisionismo, de fato, tem sido um problema para os trabalhos em sala de aula. Penso que se os alunos tiverem esses três elementos (orientação, experiência e interpretação) acredito que possam evitar essas "interpretações não históricas" da História.

      Abraços,
      Danilo Sorato Oliveira Moreira.

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  2. Bom dia, Reis!
    Parabéns pelo texto! Eu tenho um questionamento a cerca do processo avaliativo amparado nas ideias de consciência histórica de Rüsen. Este pesquisador alemão fala que uma das formas de manifestação da consciência histórica do indivíduo ocorre por meio da competência narrativa. Na sua opinião, qualquer projeto em sala de aula, que tenha como base a formação da consciência histórica, necessariamente requer uma avaliação das narrativas dos alunos antes e outra depois para efeito de comparação?
    Grande abraço,
    Alexsandro do Nascimento Macedo

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    1. Olá, Alexsandro!
      Eu diria que, em uma situação ideal, sim. Afinal de contas, para compreender o que o estudante alcançou a partir do conhecimento histórico escolar, é necessário entender aquilo que ele já sabia. Porém, considerando a realidade das nossas escolas, isso nem sempre é possível, pois lidamos com uma série de demandas que, por vezes, nos impedem de promover uma avaliação mais acurada. Ainda assim, acredito que, com criatividade e, muito “jogo de cintura”, podemos compreender parte das ideias prévias da turma (a exemplo daquelas rodas de conversa que promovemos antes de iniciar um determinado assunto) para, em seguida, desenvolver atividades que fomentem a consciência histórica dos jovens. Diria ainda que, mesmo de maneira não intencional, o professor de História fomenta a formação da consciência histórica! E elas são as mais variadas: a produção de fanzines (recentemente li uma dissertação muito interessante a esse respeito, “O fanzine como dispositivo auxiliar na investigação da aprendizagem histórica” de Elaine Santos Andrade), o uso de moedas (“Cara e coroa: um roteiro para o uso de moedas no ensino de História do Brasil, de Paulo Roberto de Menezes rêgo), para mencionar alguns exemplos.
      Abraços,
      Aaron.

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  3. Bom dia!
    Gostaria, primeiramente, de agradecer o autor pelo texto, pois estou trabalhando em um projeto de pesquisa e a discussão me auxiliou a refletir sobre as possibilidades de pesquisa a partir do conceito de consciência histórica.
    Sobre o seguinte trecho:
    "Sem desconsiderar as dificuldades impostas pelo pensamento de Rüsen, esperamos que esta reflexão possa contribuir com algumas lacunas observadas em seu trabalho, principalmente quando se busca a ideia de ensino de história, tais como “o caráter abstrato da discussão; a ausência de comentadores dedicados à propedêutica; o sutil distanciamento entre os conceitos, a exemplo de cultura, e de cultura histórica, formação, aprendizado e consciência histórica”, além da expectativa criada em torno da obra deste filósofo [Freitas; Oliveira, 2014, p. 230]."
    Gostaria que o autor, se possível, explicasse brevemente a respeito dessas lacunas. Você, enquanto pesquisador, concorda com essa análise de Freitas e Oliveira?
    Grata,

    Mariana de Sá Gaspar

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    1. Olá, Mariana!
      Quando nos debruçamos sobre a obra de Rüsen, percebemos uma construção de ideias que permeia o campo da Teoria da História. Efetivamente, sua teoria contribuiu para a valorização e, mesmo, renovação do domínio que conhecemos como Ensino de História. Porém, como este intelectual não se propôs ao estudo das práticas docentes ou discentes no âmbito do ensino, por exemplo, nos deparamos com dificuldades no sentido de compreender e apropriar suas ideias. Particularmente, esta foi uma das minhas dificuldades ao longo do desenvolvimento de minha tese: Deveria classificar as narrativas dos estudantes (sujeitos da pesquisa que desenvolvi) segundo as tipologias rüsenianas? Além disso, outras questões também me inquietaram: Qual a diferença entre “pensamento histórico” e “consciência histórica”? Como podemos considerar a questão da cultura histórica em um estudo no ambiente escolar com alunos ou professores? Acredito que estas sejam algumas das lacunas observadas no trabalho de Rüsen (quando buscamos o entendimento da categoria de ensino de História). Ainda que novos estudos tenham surgido, fomentando a compreensão de diferentes aspectos da obra do historiador alemão - aqui neste evento temos exemplos muito interessantes, como a noção de consciência utópica, levantada pelo professor Barom, e a noção de identidade, abordada pelo professor Bonete – tendo a concordar com a análise de Freitas e Oliveira, sobretudo, no aspecto destacado na citação.
      Abraços,
      Aaron.

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    2. Agradeço pela resposta. Foi muito importante para minha reflexão.

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  4. Bom dia Dr. Aaron. Adorei seu texto, parabéns, hoje mais do que nunca o aprendizado critico de história é importante para preservar nossa democracia e diritos civis.

    Dito isto, como o senhor acha que a disciplina de história deve lidar com a tendencia atual das avaliações externas, principalmente o ENEM de negar a criticidade, de cobrar conhecimentos bancários e muitas vezes sem significado ao aluno? Sabemos que as escolas, principalmente nos anos finais do ensino médio focam todos seus esforços para preparar seus alunos para aprovação nessas avaliações e vestibulares.

    RAFAEL LEITE SOBREIRA VIANA

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    1. Olá, Rafael!
      De fato, apesar de relevantes, os processos de avaliação nacionais e internacionais deixam de considerar aspectos importantes do desenvolvimento cognitivo e sócio-emocional dos estudantes. Neste sentido, sistemas de avaliação como o ENEM tornam-se prejudiciais à Educação, sobretudo quando seu modelo converte-se em objetivos de aprendizagem. Tal situação só amplia, ainda mais, as desigualdades sociais, visto que, as disparidades entre as escolas (e não apenas na dicotomia pública X particular) são evidenciadas.
      Pensando na disciplina de História, acredito que não podemos negar a presença destes mecanismos de avaliação e, desta forma, precisamos buscar estratégias de enfrentamento que solucionem ou, ao menos, minimizem, seus efeitos nocivos para a Educação e a sociedade brasileira. Por um lado, devemos instrumentalizar nossos estudantes, fomentando a crítica a sua própria realidade social. Por outro lado, devemos, nós professores, efetuar esta crítica, seja por meio da pesquisa científica, por meio do fortalecimento sindical ou outros meios que elevem nossa voz e transmitam nosso pensamento.
      Estas não são tarefas fáceis, pois, afinal de contas, o próprio professor brasileiro lida com dificuldades que vão além dos baixos salários, mas também perpassam as condições (precárias) de exercício da profissão, as relações (por vezes) conflituosas no ambiente de trabalho e por aí vai.
      Tais estratégias deveriam ser aventadas por todos os profissionais, sejam eles vinculados a instituições públicas ou particulares, instituições “modelo” ou não, pois, afinal de contas, ao reconhecermos nossos privilégios (ou a ausência deles), poderemos contribuir com uma sociedade mais justa e equitativa.
      Abraços,
      Aaron.

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  5. Prezado Reis,

    Gostaria de parabenizá-lo pelo texto, seu levantamento bibliográfico e aprofundamento do debate dos conceitos de Rüsen são fundamentais para o ensino de História no contexto brasileiro atual. Tendo em vista essa afirmação, gostaria de perguntar ao autor qual seria seu entendimento sobre adesão massiva dos livros e artigos de Jörn Rüsen e seus comentadores nos cursos de ensino de História pelas universidades brasileiras?

    Luiz Gustavo Mendel Souza

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    1. Oi, Luiz!
      Devo-lhe confessar que tive uma relação de amor e ódio com a obra de Rüsen. Inicialmente, a adesão ao pensamento do filósofo parecia-me uma “moda”, pois parte das leituras que realizei buscava na teoria de Rüsen a solução para todos os problemas do ensino de História. Contudo, ao perceber que suas ideias fomentavam o diálogo com outras abordagens que não apenas teóricas, mas também metodológicas, passei a me interessar pelo seu trabalho. Acredito que seja isso o que ocorre no âmbito dos cursos de História, sobretudo nos mestrados profissionais de Ensino de História.
      Abraços,
      Aaron.

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  6. Bom dia!
    Seu texto é muito enriquecedor para eu refletir sobre meu projeto de pesquisa em curso. Estou pesquisando sobre o uso das narrativas vivenciais dos sujeitos históricos locais como aporte pedagógico para ampliação, complexificação da consciência histórica dos estudantes.

    “Neste sentido, valorizamos, sobretudo, o conjunto de ideias relacionado ao nível da vida prática, onde percebemos manifestações prévias de conhecimentos advindos da cultura histórica do grupo. Em nosso trabalho, não nos preocupamos em manipular ou dimensionar a consciência histórica por meio de tipologias, nos limitando, tão somente, a identificar os sentidos expressos em narrativas.”

    O trecho a seguir me chama atenção: "não nos preocupamos em manipular ou dimensionar a consciência histórica por meio de tipologias..." O senhor poderia falar sobre essa manipulação e as tipologias?
    Cristiana Romão da Silva

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    1. Olá, Cristina!
      As “tipologias” referem-se aos níveis de consciência histórica aventadas por Rüsen. Em seu modelo são definidas 4: tradicional, exemplar, crítica e genética. Muitos estudos realizados com estudantes ou professores, por exemplo, procuram classificar as narrativas destes sujeitos conforme tal escala. Outros, buscam efetuar um trabalho de mediação, fazendo com que o sujeito em situação de ensino possa modificar seu pensamento, passando de uma consciência histórica de tipo tradicional para crítico ou genético. Na prática, isto pode ser observado em estudos que, inicialmente, buscam compreender as ideias prévias dos sujeitos da pesquisa; em seguida, efetuam algum tipo de mediação (como uma aula) e; finalmente, aplicam um novo instrumento ou entrevista. Na pesquisa que desenvolvi durante o doutorado, acredito que tenha seguido a última tendência apontada por Barom (2012), buscando a identificação prática destas produções de sentido via narrativa histórica.
      Abraços,
      Aaron.

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  7. Caro Aaron fico grato por sua comunicação. Um ponto que gostaria de discutir sobre o caráter do pensamento rüseniano é a universalidade da consciência histórica e neste quesito uma dúvida surge quanto a definição do filósofo. Qual seria o papel da educação em Rüsen considerando que a consciência histórica não pode ser construída mas é própria do pensamento humano?

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    1. Olá, Claudivan!
      De fato, a consciência histórica em Rüsen é compreendida como um fenômeno inerente ao ser humano. Porém, ela não é entendida como um elemento fixo e, deste modo, está sempre em processo de construção. Analisando sua matriz disciplinar, percebemos que a consciência histórica surge a partir das carências de orientação da vida prática, atravessa as experiências temporais e produz novos sentidos. Deste modo, a Educação, ou mais especificamente a Didática da História em Rüsen, atua nos processos de formação histórica de sentido buscando desenvolver as atividades metais baseadas na experimentação, interpretação, orientação e motivação. Um texto do autor que me ajudou a perceber esta questão foi: “Formação histórica de sentido como problema da Didática da História”, no livro “Cultura faz sentido”.
      Abraços,
      Aaron.

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  8. Andréia de Arruda Machado21 de maio de 2020 às 15:32

    Muito bom seu texto, parabéns. Gostaria que argumentasse, já nos orientando, de que maneira poderíamos estar trabalhando em sala, para desenvolver essa consciência histórica nos alunos.
    Consciência, todos possuem, todavia, como podemos trabalhar para conseguir formar jovens críticos, que compreendam que são sujeitos históricos. Ainda mais no contexto político/histórico que vivenciamos atualmente, em que as opiniões parecem ter mais valor que o conhecimento científico.
    Obrigada!

    Ass: Andréia de Arruda Machado

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    1. Olá, Andréia!
      Este é um desafio e tanto! Porém, algumas abordagens do ensino de História, como a Didática da História e a Educação Histórica, nos mostram alguns caminhos possíveis. A pesquisadora portuguesa Isabel Barca, por exemplo, reforça a ideia de aula-oficina, por meio da qual, podemos desenvolver a autonomia do estudante através do trabalho com os mais diferentes tipos de fontes (escritas, áudio-visual). Mais acima eu mencionei algumas pesquisas com o uso de fanzines e moedas no ensino de História. São estratégias (baseadas na ideia de aula-oficina) que podem contribuir com o desenvolvimento do pensamento crítico, na medida em que desloca o estudante de uma postura passiva e o insere na produção do conhecimento histórico. Mas, repito, é um desafio, pois afinal de contas, quando tentamos sair do senso comum, precisamos lidar com alguns obstáculos, seja por parte dos alunos, da coordenação ou direção escolar (acostumados com um tipo de aula, digamos, mais tradicional).
      Abraços,
      Aaron.

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  9. Parabéns pelo texto. Peço algumas sugestões para relacionar a perspectiva da Educação Histórica com o ensino de História e cultura Afro-Brasileira. Diante disso, faço o seguinte questionamento: Como o campo da Educação Histórica pode ser utilizado para investigar as percepções de estudantes e professores em relação a História e cultura afro-brasileira?

    LUZINETE SANTOS DA SILVA

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    1. Oi, Luzinete!
      Em que pese a especificidade da temática (extremamente importante, diga-se de passagem), acredito que não haja uma abordagem específica no campo da Educação Histórica para o trabalho com a percepção de estudantes e professores sobre a História e Cultura Afro-Brasileira. Acredito que um estudo com este foco possa, talvez, evidenciar o desconhecimento e, mesmo, o preconceito de parte dos participantes (estudantes e/ou professores) da pesquisa. Neste sentido, uma contribuição interessante pode estar relacionada à produção de materiais didáticos com este foco, favorecendo a valorização e respeito à diversidade na nossa História.
      Abraços,
      Aaron.

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  10. Parabéns pelo trabalho e excelente reflexão, professor Aaron sena.Levando em consideração a consciência histórica como objeto de pesquisa, que elementos identitários que a consciência histórica pode nos revelar?.

    Att:

    Edenilde da Silva Santa Fé

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    1. Olá, Edenilde!
      A partir da consciência histórica, podemos compreender os sentidos que o indivíduo atribui às experiências no tempo e como ele se orienta nesta mesma dimensão temporal. Neste processo (de atribuição de sentidos), o sujeito revela aspectos daquilo que o constitui como pessoa, revelando traços de sua identidade. Como se trata de uma dimensão humana muito particular, variando de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo, podemos encontrar diferentes aspectos identitários. É isto o que nos possibilita, por exemplo, efetuar um estudo com jovens estudantes de mesma faixa etária e condições sociais e encontrar diferentes resultados, conforme a localidade dos grupos. Portanto, penso que são vários os elementos identitários que podemos identificar a partir da consciência histórica.
      Abraços,
      Aaron.

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  11. Parabéns pelo trabalho, professor Aaron Sena. Partindo da importância do pensamento de Rüsen para a história e seu ensino, que elementos identitários a consciência histórica pode nos revelar?

    Att.:
    Edenilde da Silva Santa Fé

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  12. Parabéns pelo otimo trabalho.
    Mas de acordo com suas teorias partidas do pensamento de Rüsen, o que vc pode categorizar como identitario na consciência histórica?

    Érica de Araújo Lourenço Morais

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    1. Olá, Érica!
      Sua pergunta segue a mesma direção da Edenilde. Complementando um pouco do que mencionei mais acima, a consciência histórica é resultante das experiências pessoais de cada indivíduo. Portanto, é possível identificar em ambos aspectos cognitivo, estético, político, moral e religioso.
      Abraços,
      Aaron.

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  13. Edenilde da Silva Santa Fé22 de maio de 2020 às 15:54

    Muito obrigado, professor Aaron Sena.
    Abraços,
    Edenilde

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