Lia Raquel T. Brambilla Gasques e Laura Roseli P. Duarte


A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ENSINO DE HISTÓRIA NO MUSEU DE ARQUEOLOGIA DA UFMS NOS ANOS 2018 E 2019 – REINVENTAR-SE PARA SE APROXIMAR


Mato Grosso do Sul está no centro do continente, área que pode facilmente ser comparada ao coração do território sul-americano, uma região onde nascem duas das maiores e mais importantes bacias hidrográficas do continente. Local fundamental para o processo de expansão das populações humanas pré-coloniais pelo interior do continente, através de dados científicos já coletados, a chegada dos primeiros grupos nômades de caçadores/coletores à região nos remete a uma data de, pelo menos, doze mil e quatrocentos anos [Martins e Kashimoto, 2012].

Do ponto de vista da preservação do patrimônio cultural/arqueológico é importante considerar que a área em questão, assim como inúmeras outras regiões no estado, vem sofrendo constantemente ações humanas relacionadas às atividades econômicas que desde o século XVII, mas, com maior intensidade desde o início do século XX, acabaram interferindo na integridade dos sítios arqueológicos, comprometendo a preservação dos vestígios das primeiras ocupações humanas no Mato Grosso do Sul.

Assim, os trabalhos arqueológicos já desenvolvidos na região fornecem importantes dados científicos para compreender o panorama da arqueologia regional, sobretudo a cronologia da ocupação humana do espaço. Este território abrigou tanto bandos menores de grupos nômades, predadores dos recursos ambientais, como também povos que desenvolveram sociedades mais complexas tendo como base de sua economia a agricultura, associada ao desenvolvimento de técnicas de confecção de artefatos cerâmicos, fenômeno comum a todos os ambientes apresentados no território estadual [Kashimoto e Martins, 2005]. Desta forma, torna-se imprescindível para o conhecimento arqueológico entender os vários momentos da chegado do homem a esta região.

O Estado de Mato Grosso do Sul apresenta, até o momento, mais de 700 sítios arqueológicos cadastrados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [IPHAN], e provavelmente milhares de sítios ainda a cadastrar e desconhecidos da comunidade científica. Sob o benefício da Lei 3.924 [26/07/1961], todos os sítios são considerados bens patrimoniais da União e contam com proteção especial. Entretanto, ainda que sejam bens patrimoniais, os sítios arqueológicos continuam desprotegidos e sofrendo graves processos de depredação. Assim como em outros Estados do território nacional, em Mato Grosso do Sul, o IPHAN tem por objetivo assegurar que o patrimônio arqueológico seja protegido e utilizado como bem público. Contudo, sem uma participação efetiva da sociedade, o esforço é em vão.

No artigo 26 da Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que enfatiza a parte diversificada dos currículos dos Ensinos Fundamental e Médio é importante observar as características regionais e locais da sociedade e da cultura, dessa forma, abre espaço para a construção de uma proposta de ensino voltada para os estados e municípios, na divulgação do acervo cultural [Oriá, 2004].
Como já demonstrado, Mato Grosso do Sul apresenta um rico patrimônio arqueológico. Porém, a maioria da população desconhece a existência e a importância dos vestígios arqueológicos como também a situação em que se encontram.

A Arqueologia sempre foi tema de reportagens, filmes e documentários. No entanto, a mídia ainda se mostra ineficaz na difusão do conhecimento sobre Arqueologia e Ambiente/Patrimônio. Neste contexto, alunos das redes pública e particular de ensino de Mato Grosso do Sul apresentam deficiências relevantes relacionadas ao conhecimento de Arqueologia [Pacheco et al., 2004].

A divulgação dos resultados de uma pesquisa arqueológica não deve se restringir ao meio científico. Cientistas e educadores devem unir esforços para que as comunidades, sobretudo àquelas localizadas no entorno aos sítios arqueológicos, assim como a sociedade em geral, tenham acesso aos resultados das pesquisas científicas de maneira didática que é tocante às nossas produções em questão.

Dentro da visão apresentada, as descobertas arqueológicas devem ser reveladas para a comunidade por meio da Educação e da sensibilização sobre a relevância da preservação do Patrimônio Natural/Material como parte da história e do cotidiano dos cidadãos. Durante este processo, os atores sociais tornar-se-ão multiplicadores da ideia, sendo com que a divulgação da Arqueologia não terá apenas como produto o enriquecimento cultural dos alunos, mas também a apropriação de um conhecimento ambiental. Assim, o desfecho da divulgação da Arqueologia não será apenas como produto a alfabetização cultural, mas também a alfabetização ambiental. Para isso o Museu utiliza parte dos recursos conseguidos através de pesquisas/endossos para produção de material de divulgação e auxílio em Educação Patrimonial.

Apresentando as inovações dos trabalhos de Educação Patrimonial do MuArq dos últimos dois anos [2018/19], tem-se o contrato nº 1105170032 de Emissão de Endosso Institucional para Guarda do material Arqueológico oriundo da Implantação da UHE São Domingos e Linha de Transmissão de Conexão, realizado entre a FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA, AO ENSINO E À CULTURA - FAPEC e ELETROSUL Centrais Elétricas S.A., este proporcionou subsídios para continuar/inovar os trabalhos de E.P. divulgando a Arqueologia de Mato Grosso do Sul.  Uma das funções da salvaguarda de materiais é a de estimular o desenvolvimento de acervos e serviços abrangentes e acessíveis ao público, visando à aprendizagem, inspiração e satisfação de todos demonstrando o impacto de seu setor na vida social e mantendo o bem em segurança para que futuras gerações possam usufruir, pesquisando estes que estarão conservados. A divulgação dos resultados das pesquisas e os trabalhos de Educação Patrimonial são uma exigência do IPHAN, nesta 1ª fase foram produzidos materiais lúdicos (Totem) e instrumentos de compartilhamento (Tour virtual) para que esta exigência fosse cumprida
.
Com o Tour virtual - Acesso ao Tour 360º: https://tour360.meupasseiovirtual.com/06095/14262/muarq360/tourvirtual
/index.html e o Totem, utilizando a figura de uma preguiça gigante e seu filhote da Megafauna para que os visitantes em geral tirem fotos, são para o desenvolvimento e interação com os visitantes e educandos e a intenção é conduzir à construção de relações mais amplas e diversificadas com o espaço de memória que é o Museu. A necessidade da memória em se ancorar no espaço, no gesto, na imagem e no objeto, faz dos museus e dos próprios sítios arqueológicos, ao lado dos monumentos, seus lugares de manifestação. Partindo dos temas trabalhados com as crianças e adolescentes é possível estabelecer paralelos entre passado e presente, permitindo que os indivíduos se enxerguem dentro de um processo histórico que é construído pela coletividade. A problemática da preservação patrimonial extrapola a questão dos caçadores-coletores e ceramistas-agricultores, permitindo ao grupo uma reflexão mais aprofundada sobre as diversas categorias de patrimônio, da pré-história, bem como, as responsabilidades individuais e coletivas que todos temos sobre esses bens.

Fig. 1: Totem da Preguiça Gigante.

A segunda parte deste Projeto com a ELETROSUL, continuou proporcionando condições financeiras para que a programa de E.P. do MuArq continuasse se desenvolvendo. No ano de 2019, mais precisamente em setembro, foram instalados dois novos espaços que foram inaugurados: uma biblioteca para estudos com aproximadamente de 650 livros sendo estes de Arqueologia, Antropologia, Educação Patrimonial e Patrimônio Cultural e doados pelo Arqueólogo Gilson Rodolfo Martins, fundador do MuArq e um novo espaço Lúdico pedagógico, intitulado de “Na trilha do Passado Arqueológico de MS”, cujo objetivo é fazer com que as crianças “fixem” e interajam com o conteúdo apresentado pelos vídeos e apresentação da exposição de longa duração pelos acadêmicos da UFMS. Este espaço transformou-se em um jogo de tabuleiro, cujos piões são os alunos e estes só jogam o dado se acertarem as perguntas sobre Arqueologia de MS.  Estes projetos e parcerias são fundamentais ao museu, porque além das adequações, manutenções também subsidiam as bolsas para os acadêmicos da UFMS. A seguir, fotos de alguns dos programas de E.P. descritos anteriormente.



Fig. 2 e 3: Biblioteca para consulta pública e novo espaço Lúdico pedagógico: Nas trilhas do Passado.

Os acadêmicos/Bolsistas do Museu também auxiliaram na produção da caixa de escavação para o programa arqueologia Itinerante, Programa que se iniciou na 72º reunião da SBPC realizada na UFMS, e na produção de carimbos de pinturas rupestres de Mato Grosso do Sul.



Fig. 4 e 5: Caixa de escavação SBPC e produção de carimbos de pinturas rupestres feitas pelos acadêmicos da UFMS.



Fig. 6 e 7: Apresentação na exposição de Longa duração e Projeto Arqueologia Itinerante na Feira de Ciências da Escola Bionattus em novembro de 2019.

Neste artigo foi feito este recorte, 2018/2019 mostrando como foram gastos parte dos recursos de projetos desenvolvidos com parceria ELETROSUL, e como consequência a importância destes recursos, advindo de parcerias, para modernização e cumprimento da função do Museu, que é a aproximação do público ao passado pré-histórico de MS e valorização do patrimônio. Também as bolsas acadêmicas são de fundamental importância para que os projetos de E.P. sejam desenvolvidos e estes além de apresentar os espaços e realizar as atividades com os visitantes, também passar pelo trabalho interno que contempla a reserva técnica do Museu e sala de higienização de peças arqueológicas. Com estes recursos, foram pagas 12 bolsas para acadêmicos de História e Geografia da UFMS, bolsistas que são fundamentais para a aplicação e desenvolvimentos das atividades de Educação Patrimonial. Percebe-se que o número de visitantes, principalmente escolares, vem aumentando com o passar dos anos e a maioria das escolas volta anualmente, para isso deve sempre estar sempre atualizando as pesquisas, vídeos e procurando comunicar-se cada vez mais com o público.

O último vídeo a ser produzido pela equipe do MuArq foi feito em 2018 e baseado nos questionamentos que os alunos [de todas as séries, inclusive acadêmicos] faziam nas visitas. Os bolsistas foram anotando durante um ano e os questionamentos mais recorrentes foram transformados em um curta animado originando um vídeo de boas-vindas. Para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=piAfMyUT9qk&t=45s


 Fig. 8: 1ª parte do curta animado, whiteboard, de Boas-Vindas baseado nos principais questionamentos do ano de 2017.

É importante reforçar que as atividades de E. P. apresentadas foram colocadas em prática nos anos de 2018 e 2019. Anterior a estas, o MuArq ao longo de 11 anos vem desenvolvendo ações e projetos de E.P, como vídeos institucionais, exposições externas, visitas às escolas de todo o estado, espaço lúdico pedagógico com mini- escavação ao final das apresentações dos vídeos e exposição de longa-duração pelos acadêmicos, panfletos, e cursos de formações para professores da rede estadual e municipal de Campo Grande.

Aulas do curso de História da UFMS, da disciplina de Pré-História também são realizadas neste espaço museal. Para este artigo não se contabilizou a quantidade de visitantes avulsos que frequentaram o museu, pois estes apenas frequentaram a exposição de longa duração guiada pelos acadêmicos. Dessa maneira, apontamos a quantidade de alunos e instituições atendidas com os trabalhos de educação patrimonial nos anos de 2018 e 2019.

Tabela 1: Quantidade de grupos de visitantes, instituições, série, período, e quantidade de alunos que participaram do programa de E.P. do MuArq em 2018.




Tabela 2: Quantidade de grupos de visitantes, instituições, série, período, e quantidade de alunos que participaram do programa de E.P. do MuArq em 2019.


Considerações finais

O programa de Educação Patrimonial do MuArq vem se estendendo, modificando a cada ano, e essas adaptações procuram interagir cada vez mais com os visitantes. Analisando o número de escolas e visitantes dos dois últimos dois anos percebe-se um crescimento significativo [1946 alunos atendidos em 2018 e 2753 em 2019], e o retorno de várias instituições ao MuArq. Se isto ocorre pode ser um indicativo de satisfação do atendimento recebido e que a intenção de complementar o conteúdo de Pré-história brasileira nas escolas e academias está sendo cumprido. É importante frisar que os acadêmicos são fundamentais para o sucesso deste programa, pois são os executores das ações o que sem dúvida os auxiliará na vida carreira de professores. A observação e a manipulação da cultura material arqueológica deverão promover o conhecimento, a apropriação e a valorização da herança cultural pretérita. Assim sendo, a Arqueologia apresenta-se como elemento subsidiário na aplicação das diretrizes da Educação Patrimonial, uma vez que têm por objeto de estudo os vestígios da cultura material de sociedades pretéritas do contexto regional. Dessa forma, na perspectiva da Educação Patrimonial, do MuArq desenvolve a apropriação de métodos de ensino/aprendizagem das linguagens artísticas e da estética do cotidiano [contato com artefatos líticos de caçadores-coletores confeccionados entre 12.000 e 4.000 anos atrás, bem como com vasilhas cerâmicas de povos indígenas agricultores que viveram entre 1.500 e 300 anos atrás]. A finalidade dos projetos de E.P. do MuArq é a de enxergar a pré-história brasileira através de um viés sulmatogrossense. Os objetos e expressões do Patrimônio Cultural funcionam como ponto de partida para a atividade pedagógica, realizada por meio da observação, do questionamento e da exploração de todos os aspectos desses objetos e expressões, buscando levar crianças e adolescentes e os estudantes bolsistas a um processo ativo de conhecimento crítico, apropriação consciente e consequente valorização de sua herança cultural, o que possibilitará o fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania. Portanto, a metodologia da Educação Patrimonial é materializada através do estudo de objetos arqueológicos como estratégia de aprendizagem dos diferentes contextos socioculturais e ambientais do passado pré-histórico e pré-colonial, para subsidiar a ampliação do conhecimento acerca dos processos de povoamento regional, da percepção da pluralidade cultural e biodiversidade desde o passado longínquo, em prol da necessidade do respeito às diferenças individuais e coletivas, prática indissociável da conservação ambiental necessária à sustentabilidade das sociedades no futuro.

REFERÊNCIAS
Lia Raquel Toledo Brambilla Gasques é mestre em Arqueologia Pré histórica - Universidade Autônoma de Barcelona - UAB [2010]. Atua como arqueóloga em projetos, ocupa o cargo de coordenadora e Técnica em Arqueologia no o Museu de Arqueologia da UFMS, Doutoranda em Arqueologia Pré-Histórica pela UAB [2016 até o momento].

Laura Roseli Pael Duarte é Técnica de Laboratório em Arqueologia do Museu de Arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul [MuArq/UFMS], especialista em Educação Ambiental em Espaços Educadores Sustentáveis pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul [UFMS] e mestre em Antropologia da Universidade Federal da Grande Dourados [UFGD], doutoranda em Ensino de Ciências - INFI/UFMS com ênfase em Educação Ambiental.

MARTINS G. KASHIMOTO E.  Relatório final do Diagnóstico arqueológico na área a ser impactada pela implantação da PCH Areado, Inocência/Chapadão do Sul-MS. Campo Grande: Samorano Consultoria Ambiental/Atiaia Energia S/A, 2012a. [não publicado].
MARTINS G. KASHIMOTO E. 12.000 anos: Arqueologia do povoamento humano no nordeste de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: FCMS/Ed. Life, 2012.

ORIÁ, R. Memória e ensino de História. In: BITTENCOURT, Circe. [Org.]. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.
PACHECO, M. L. A. F. et al. “Concepção de estudantes de 8ª série de escolas públicas e particulares sobre conceitos e aplicabilidades de arqueologia na conservação de sítios arqueológicos de Mato Grosso do Sul”. In: VII Encontro de História de Mato Grosso do Sul, Anais...Universidade Católica Dom Bosco, n.7, setembro, 2004.




15 comentários:

  1. Levando em consideração que o Patrimônio cultural/material é importante para a noção de pertencimento da população Sul-mato-grossense, assim como para as demais regiões, os projetos de E.P. do MuArq são voltados especificamente para o público estudantil ou há algo voltado para a comunidade em geral? isso não ficou totalmente claro para mim!

    Mateus de Sousa Almeida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Mateus! Sim, este texto fala especificamente das inovações realizadas no campo de E.P. para escolas com o recurso obtido da ELETROSUL. Mas, o MuArq além da biblioteca e vídeos disponíveis, trabalha com visita guiada , para qualquer visitante e ciclos de palestras.

      Excluir
  2. Levando em conta que vocês falam de um museu e o fluxo e diversidade de pessoas é bastante distinto, qual foi as dificuldades percebidas para atrair e passar o ensino do patrimônio, para essas pessoas?

    Ass: Pedro Henrique Ribeiro Fernandes

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pedro, obrigada pela pergunta... A diversidade de pessoas é sempre distinta mesmo, para atender a qualquer grupo/pessoa que nos visite optamos pela visita guiada, assim podemos adequar nossa fala de maneira que o público presente entenda. As escolas são realmente o carro chefe de nossas visitas, pois trata-se de um publico consolidado, os visitantes avulsos geralmente são turistas e não locais. A nossa luta ainda é trazer o sul-mato-grossense para dentro do museu e para isso as redes sociais e eventos como Semana de Museus, Primavera de Museus promovidos pelo IBRAM são grande aliados. Estamos caminhando devagar... Mas não desistimos!

      Excluir
  3. Excelente trabalho! Gostaria de saber se além do público escolar a população da cidade também se envolve com esse projeto? E se vocês tem um treinamento específico para os professores, existe uma preparação anterior a visita ao museu? Como vocês organizam a devolutas das visitas, os professores informam sobre as impressões dos estudantes? Existe algum material específico para os professores, como por exemplo uma cartilha?
    Parabéns pelo trabalho
    Atenciosamente prof. Vivian Alkaim Salomão José

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Vivian! A população se envolve pouco, geralmente aparecem em exposições e eventos... Mas sobre os professores temos formamos parcerias com as secretárias Estaduais e Municipais de Educação e fornecemos treinamento quase todos os anos. Sobre as devolutas, os
      mesmos professores voltam várias no ano, com turmas diferentes. O rol de escolas e professores só vem crescendo. Quando são impossibilitados de ir, nós vamos até as escolas. Ainda não temos uma cartilha mas esta já está em execução. Temos videos institucionais e estão disponíveis no you tube, é só escrever Muarq - UFMS. Abraço.

      Excluir
  4. Parabéns pelo material apresentado, gostaria de saber quais são os mecanismos utilizados pelo museu para a divulgação da exposição? E se esse material de divulgação consegue atingir uma parcela significativa da comunidade?
    Luiz Gustavo Mendel Souza.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Gustavo!A divulgação é feita boca a boca (professores) e redes sociais. Atingem a comunidade acadêmica, escolar e uma pequena parcela da comunidade. Estamos fazendo parcerias com as subsecretarias LGBT, Afro, indígena, para criarmos programações juntos e atingirmos mais pessoas.

      Excluir
  5. Prezadas,
    Parabéns pelo trabalho! É sempre bom ver como o ensino de história é mais elucidativo por meio de atividades lúdicas e como estas podem ser desenvolvidas por instituições de pesquisa, guarda e comunicação da memória, alcançando não somente a comunidade escolar como toda a comunidade e auxiliando na construção de uma identidade própria e local.
    O texto também trouxe a importância de parcerias público-privadas para o financiamento destas estratégicas didáticas. Contudo, fiquei com uma dúvida: poderias explicar melhor como e por que se deu a parceria entre o MuArq, a FAPEC e a ELETROSUL? Foi por meio do Programa de Educação Patrimonial e Inclusão SOcial (PEP-IPHAN) para licenciamento ambiental?
    Agradeço desde já pelas reflexões propostas e aguardo um retorno!
    Abraços,
    Geovana Erlo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Geovana! Obrigada pela pergunta. O que ocorreu é que o Museu de Arqueologia da UFMS, salvaguardou o material oriundo de uma PCH feita aqui no estado, um projeto da ELETROSUL e estes necessitam de um trabalho de catalogação destas peças. Via fundação FAPEC, este trabalho foi cobrado e utilizado na manutenção do Muarq e retorno para sociedade. Não foi via IPHAN, apenas o relatório final deste projeto será encaminhado ao IPHAN-MS.

      Excluir
    2. Mas foi o licenciamento obrigatório que acabou gerando a de demanda, então o IPHAN está envolvido...

      Excluir
  6. Sou acadêmica de nutrição. E dentre as disciplinas que já conclui, estava inserida no currículo a disciplina de Antropologia da nutrição, portanto o assunto abordado neste texto condiz com a história da nutrição; abordando temas sobre patrimônio cultural, pois todo povo tem seu passado e precisamos de alguma forma retratar isso no presente e repassar para as geraçõe futuras. O trabalho que esses profissionais deste MuArq desenvolvem com a sociedade está de parabéns, pois é um resgate cultural em todos os aspectos. Espero que se algum dia eu tiver oportunidade possa realizar uma visita. Abraços: Professora Eliana Cristina Dias Bueno Nunes.

    ResponderExcluir
  7. Agradeço e a aguardamos para visita. Inclusive abrimos estágio para estagiários de Nutrição, pois consideramos o reconhecimento da Arqueologia e potencial arqueológico do estado muito importante para esta profissão. Um abraço!

    ResponderExcluir
  8. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  9. Parabéns pelo trabalho! Sou professora da Educação Báscia e já tive a oportunidade de visitar o MuArq com turmas de 3º e 4º anos do Ensino Fundamental. Foi muito pertinente pois na época havia um grande diálogo entre a proposta de história para os referidos anos e a proposta disponibilizada pelo MuArq. Foi uma experiência marcante para nossos alunos. Lia, pergunto se há uma experiência que possa ser compartilhada com crianças da Educação Infantil (2 a 5 anos), ou se há algum projeto que estas possam participar?
    Professora Danielle Navarro

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.